segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Capítulo 12:



Capítulo XII:

Joe levou as crianças na caminhonete, enquanto Demi levava Vera para o supermercado.

Joe teve uma reunião com os peões e explicou a situação do barranco, disse que Demi havia desenvolvido um projeto, e que eles teriam de construir o muro.
No dia seguinte, Demi estava animada com o muro e até Joe estava colocando a mão na massa e ainda aproveitou para arrancar uns beijos.
Passou uma semana, quando o muro estava acabado e Demi de coração partido. Era uma sexta-feira de tarde quando Demi passeava pela fazenda, querendo guardar um pouquinho dela na memória, já que planejava ir no domingo.
- Senhorita Demi. – Jorge chamou.
- Oi Jorge! Aconteceu alguma coisa?
- Não, quer dizer, vou me casar nesse domingo.
- Parabéns, Jorge! Isso é maravilhoso. Sua noiva deve estar radiante.
- Está mesmo e ela quer que a Senhorita vá.
- Eu? – Demi perguntou assustada.
- Sim, ela é professora de Maria Clara e como a pequena gosta tanto de você, ela gostaria que você fosse com Joe ao casamento.
- Eu adoraria.      
- Posso contar com a sua presença?
- Claro.

De volta na casa...
- Demi, fiquei sabendo que Jorge te convidou para o casamento. – Joe falou sorrindo.
- Sim, ele me convidou... Foi um gesto tão bonito. Mal conheço a noiva e ela me quer no casamento.
- Parece que as crianças falam muito de você, Demi. A cidade inteira comenta. – Vera explicou. – Eles até aumentaram algumas coisas. – riram já imaginando do que se tratava.
Demi aproveitou ao máximo cada minuto com as crianças e com Vera. Até “ensinou” Fernando a dirigir.
- Vera, está chegando o dia de eu ir. Penso em ir na segunda-feira.
- Demi, o que pode fazer você ficar? – Demi tinha a resposta na ponta da língua. Faltava só um pedido de Joe e ela ficaria.
- Acho que nada me faria ficar. – Demi mentiu. – Preciso mesmo ir.
- Ir onde? – Joe perguntou entrando na sala.
- Joe, eu vou embora nessa segunda! – Joe ficou chocado. Foi quando as crianças entraram, chegando da escola.
Daquele momento em diante, Joe nem falou com Demi ou Vera e até foi deitar mais cedo, quando passou na porta do quarto de Lucas e o ouviu cantar. Quando abriu a porta, Lucas arregalou os olhos assustado.
- O que está fazendo, Lucas? – Dali se desencadeou uma discursão.
Joe não queria que seu filho cantasse. Para ele, Lucas teria que ser fazendeiro como ele.
Demi, Vera e as crianças subiram assustados com os gritos de Joe e Lucas. Mariana como sempre tentava apartar.
- Você não vai virar cantor! Eu não admito isso!
- Papai, pare de gritar. – pediu Mariana.
- Eu vou ser o que eu quiser, a vida é minha. E quer saber? Quando puder eu saio dessa casa!
- Então saia agora! – Joe gritou sem pensar.
- Joseph! – Demi gritou quando ouviu aquilo. Joe estava expulsando seu filho de casa? – O que deu em você?
Nervoso Joe saiu de perto dali. Lucas estava com medo de realmente ser botado para fora de casa. Mariana e Pedro estavam chorando. Maria Clara e Fernando só estavam assustados. Vera não sabia o que fazer, nunca fez isso com Joe, por que ele estava fazendo com seu filho?
Demi foi atrás de Joe.
- O que deu em você? – disse séria. – Tem noção do que acabou de fazer?
- Claro que eu tenho! – Joe gritou.
- E acha certo? Ele tem um sonho, deixa o garoto seguir seu sonho, Joe!
- Não. Meu filho não vai virar cantor!
- Você é muito egoísta! Não é possível que nunca teve um sonho!
- Eu tive um sonho e meu sonho era ser fazendeiro.
- E se sentiu muito orgulhoso quando assumiu os negócios, não foi? Por que não deixa Lucas tentar seguir o dele? – Demi achou melhor deixa-lo pensar em seus atos sozinho. Foi atrás de Lucas que estava com a avó e seus irmãos.

- Lucas, meu bem, fique tranquilo, Joe não vai te colocar para fora de casa. – Demi e Vera confortaram ou tentaram confortar o garoto.
- Lucas, precisamos conversar. – Joe chegou da porta.
Demi não queria deixar Joe sozinho com Lucas ela estava com medo, pois quando os dois estão juntos, soltam faíscas. Até Vera estava com medo de deixar o quarto, mas infelizmente tiveram que fazer isso.
Ficaram na sala enquanto, Joe e Lucas conversavam.
- Pai, o que eu mais quero é cantar.
- Esse é um futuro incerto meu filho.
- Eu sei, mas eu quero arriscar. Meus amigos e eu estamos montando uma banda. Em seis semanas vamos ter o show de talentos do Estado e vamos apresentar nossa banda. Se nós ganharmos, nossa escola ganha dinheiro para reformas e nós o troféu e o prestígio. Temos tudo para dar certo. Nosso professor de música está nos apoiando. – Lucas respirou fundo vendo o olhar severo do pai. - Eu preciso do seu apoio, papai.
Joe desmanchou e abriu os braços para abraçar o filho.

No domingo...
Estava na hora do casamento, Demi e Vera arrumaram as crianças para o casamento. Estavam todos ansiosos, principalmente Maria Clara, que seria daminha.
Na hora do casamento, na igreja.
Demi estava com Vera e as crianças sentados. Joe estava no altar ao lado de Jorge que estava nervoso, Joe era o padrinho. Demi observava tudo, uma mulher elegante falou com Joe e ele olhou para Demi, enquanto ela falava, depois ele caminhou em direção a Demi.
- Demi, a noiva quer falar com você.
- Comigo? Impossível! Eu nem sei o nome dela, Joe.
- É Alice. – Joe carregou Demi até a noiva.
- Oi Alice! – Demi cumprimentou, um pouco receosa. Alice era morena e linda e ficava mais linda ainda naquele vestido de noiva.
- Oi Demi. Eu sei que mal nos conhecemos, não pessoalmente. Maria Clara fala tanto de você. Eu resolvi atender um pedido dela. Você seria perfeita para isso.
- Qual pedido?
- Joe seria meu padrinho junto com Bárbara, uma amiga minha, mas ela foi internada na noite passada.
- Oh, que triste!
- É ai que você entra! Gostaria de ser minha madrinha?
- Eu não posso tomar o lugar de sua amiga.
- Não é tomar o lugar, ela não se importou, eu já falei com ela.
- Por favor, Demi! – Maria Clara pediu.
- Oh, céus! Eu aceito! – Demi aceitou já se arrependendo de ter feito.
Logo estava de braços cruzados com Joe e entrando na igreja. Por um momento se imaginou naquele lugar, mas ela de noiva  e Joe a esperando lá no altar. Espantou os pensamentos utópicos da mente e continua a desempenhar seu papel de madrinha.
Durante a festa todos se divertiam e Demi até bebeu, coisa que raramente fazia. Estava tão nervosa de ir embora que resolveu aproveitar enquanto estivesse ali.
- Preciso ir ao banheiro! – Demi levantou da mesa animada.
Entrou no banheiro e viu sua imagem no espelho, depois de fazer xixi ela iria retocar a maquiagem. Assim que entrou na cabine, ela ouviu vozes vindas da janela que tinha ali.
- Mas ouvi dizer que ele só quer transar com ela. – Demi sabia que não devia ouvir aquilo, não era do seu interesse, mas alguns homens falavam alto demais.
- De quem vocês estão falando? – um homem distante perguntou.
- De Demi, a nova do Joe. – foi quando ela resolveu prestar mais atenção. – Acha mesmo que Joe levaria uma mulher novinha daquela para casa dele e não tentaria nada?
- Eu mesmo já os vi aos beijos.
- Não disse? Ele só quer leva-la para cama, meu amigo! Esse é o Joseph Jonas que conhecemos.
Demi não sabia o que fazer, nesse momento teve certeza de que iria embora o mais rápido possível.
Voltou para a mesa desnorteada, havia esquecido-se de retocar a maquiagem.
- O que aconteceu, Demi? – perguntou Vera.




http://lightweight-fanfics.blogspot.com.br/
 

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Capítulo 11:



Capítulo XI:
- Boa noite, Anjo. – Demi deu-lhe um selinho e ouviram risadas. – Eles estão nos olhando, e estão todos no quarto de Maria Clara, quer apostar quanto? – Joe sussurrou.
- Eu tenho quase certeza. – Joe correu e abriu a porta do quarto de Maria Clara, estavam todos lá com os olhos arregalados. Demi queria rir, mas a situação não era a melhor para isso.
- Demi, eu vou conversar com eles e depois eu te conto. – Demi assentiu e Joe fechou a porta com todos lá, inclusive Lucas.
- Vamos lá! Digam...
- Papai, a Demi disse que não era para contar, mas eu contei...
- Tudo bem, Pedro...
- Então, eu também estou desculpada, por que eu vi você e a Demi se beijando e caindo no barranco e contei.
- Está perdoada também. Eu sei que não viram por querer, mas estavam nos espiando, não é mesmo?
- É, mas a gente queria saber se vocês estavam namorando. – Fernando explicou. – Meu amigo da escola disse que a madrasta dele é legal e queríamos ter uma madrasta como a Demi, que é legal.
Com todos os filhos sentados na cama de Maria Clara, Joe explicou, ou tentou explicar, que ele e Demi eram amigos e estavam tentando descobrir coisas, mas eram apenas crianças e não entenderam muito bem, exceto Lucas.
Ainda naquela noite, Demi estava deitada, tentando dormir, pois seu corpo doía muito e ela sentia frio. Não queria acordar Vera e preocupa-la, ela já trabalhava o dia todo e merecia descansar a noite o mesmo era Joe. Então, Demi optou por ficar lá e tentar dormir. Só que ela tossia muito e mesmo tentando abafar as tosses, Joe escutou de seu quarto.
- Demi, o que houve? – perguntou quando a viu encolhida na cama.
- Ah, Joe, eu não estou me sentindo bem.
- Você está com febre, meu anjo .- Joe buscou cobertas para aquecê-la, pois tremia de frio. – Eu não sei o que fazer, anjo. Vou chamar a minha mãe.
- Não, Joe. – Demi segurou em seu braço. – Fique aqui comigo, eu prometo que eu melhorar.
Joe não sabia que podia ser perigoso, mas ficou com ela. Aliás, deitou ao seu lado e a abraçou para aquecê-la. Ele fazia carinho e dizia coisas graciosas no ouvido dela.
Ele realmente estava gostando de Demi, mas nem imaginava isso. Quando era casado com Ashley, era diferente, ele não a amava. Casaram-se, pois gostavam das mesmas coisas, eram melhores amigos e acharam que eram apaixonados. Descobriram mais tarde, quando tiveram a primeira briga. Quando Lucas ainda tinha três anos e Mariana um aninho. Desde então, viveram para cuidar de seus filhos, até que Ashley morre no parto de Pedro.
A febre de Demi passou, e ela acabou dormindo, logo em seguida foi Joe quem dormiu.

No dia seguinte...

Todos na casa haviam levantando, menos Demi que dormia como um anjo. Joe avisou a mãe o que aconteceu durante a noite e depois de ela brigar com ele, foi preparar o café da Demi. Preocupado, Joe foi atrás do médico. Maria Clara, turrona, foi para a escola.
- Bom dia, Demi.
- Bom dia, Vera! Que horas são? Eu dormi tanto... Sinto-me como uma atropelada.
- É a gripe querida. São apenas nove horas. Eu trouxe o seu café.
- Obrigada, Vera. Não precisava ter se incomodado. E as crianças?
- Foram todas para a escola. Inclusive Maria Clara. Brigou com o pai, pois queria ir e Joe não queria deixar, até que Joe cedeu.
- E Joe?
- Ele foi levar as crianças para a escola e depois traria o médico para cá.
- Não precisa de médico, é só uma gripe.
- Joe é muito preocupado, ele é cuidadoso. Demi, eu não devia me intrometer dessa maneira, mas sabe que eu adoro você. Esse tempo que você passou aqui foi mais do que uma hóspede para mim, foi como uma filha, uma melhor amiga. Você não disse nada comigo a respeito de você e Joe, mas eu já “saquei no ar”, como diria Lucas.
- Do que está falando, Vera?
- Eu vi, sem querer, você e Joe aos beijos. Eu não fui a única e também não foi a única vez. Eu não sei o que vocês têm, mas eu vi nos seus olhos que gosta de Joe. Eu não estou falando só de gostar, eu estou falando de amor.
- Está tão na cara assim?
- Sim, querida. Eu também sei que só não quer ficar mais tempo para não se machucar.
- Eu não sei o que fazer, Vera. – Foi quando Joe chegou com o médico, ele examinou Demi novamente, dessa vez receitou um remédio para ela.
Vera e Joe não deixaram Demi se levantar da cama, além do médico dizer que ela precisava de repouso, eles estavam preocupados com Demi. E foi assim durante três dias, até Demi melhorar.

Dois dias depois, Vera estava na cozinha preparando o café da manhã como todas as manhãs. Joe foi chamar seus filhos, como de costume.
- Bom dia, Vera! – Demi entrou sorridente.
- Querida, como se sente?
- Melhor e com vontade de me movimentar.
- Que bom! Posso abusar da sua boa vontade?
- Claro, Vera. O que foi?
- Eu precisava fazer as compras, mas não quero pedir Joe ou algum peão como faço sempre... Pode me acompanhar?
- Claro! Eu vou amar.
- Sabe, Demi ... Eu voltei para cá tem poucos dias. Estava morando na casa da minha irmã que estava doente. Havia três anos que ela estava doente e eu estava com ela, ajudando o pobre marido. Deixei Joe sozinho com as crianças.
- Imagino como ele deve ter ficado. Três anos sem a senhora! Sua irmã melhorou, Vera?
- Ela faleceu e depois disso eu vim para cá.
- Oh, desculpe! Meus pêsames.
- Bom dia! - Joe entrou na cozinha parando assunto.
- Bom dia! – Demi e Vera responderam. Joe roubou um selinho de Demi, enquanto Vera estava de costas.
- Como está se sentindo, Demi?
- Estou bem, Joe. Obrigada! Acho que já podemos começar com as obras no barranco, o que você acha?
- Acho uma boa ideia. Vou falar com os peões e coloca-los a sua disposição.
- Obrigada.
- Olha, podem se agarrar, eu vou ao quintal pegar alguma coisa e volto em poucos minutos. – Vera saiu deixando Joe e Demi perplexos.
- Está vendo? Isso que dá ficar fazendo as coisas escondido!
- Vamos aproveitar, porque agora não é totalmente escondido. – Joe se aproximou e beijou Demi, até escutarem um grito agudo. Com certeza era o grito de Mariana.
- O que foi isso? – Demi correu ao lado de Joe para o quarto de Mari. Ela estava no banheiro.
Joe bateu na porta, mas Mariana não respondia, só chorava.
- Mariana, por favor, diga o que está acontecendo.
- Eu quero falar com a vovó ou com a Demi! – Mariana gritou.
- A Demi está aqui. – ela abriu a porta só para Demi passar. Vera nem se preocupou, já imaginava.
Mariana já estava na idade, já era uma “mocinha”. E agora estava tendo a sua primeira menstruação.
Demi estava no papel de mãe naquela situação. Mariana estava desesperada e Demi tentava acalma-la explicando que era normal. Desde os sete anos a menina não via mais a mãe e por isso era difícil entender certas coisas. Na casa de Joe nem tinha televisão, ela sabia o que falavam na escola e o que algumas colegas falavam, mas não da maneira como Demi havia explicado.
Quando a menina se acalmou, Demi saiu do banheiro e logo em seguida a porta fora trancada e Mariana gritou.
- Não demora, Demi!
- O que aconteceu? – Joe estava apreensivo.
- Joe, não é nada grave. Eu vou buscar uma coisa e quando eu voltar te explico tudo.
Demi sorria como uma boba. Nunca imaginava explicar uma coisa dessas para uma garota que nem era de sua família.
Foi ao seu quarto buscou um absorvente para Marina e entrou no banheiro, entregou e saiu.
- Vem Joe! – Demi levou Joe para o quarto dela.
- O que houve, Demi?
- Joe, Mariana teve sua primeira menstruação. - O homem que estava em pé, caiu na cama sentando. Como assim, sua garotinha estava se tornando uma mulher? Isso não cabia na mente dele.
- O que eu faço agora? – Demi sorriu.
- Seria o trabalho de uma mãe agora, Joe. Ela estava assustada. Ninguém falava disso com ela?
- É claro que não. Ela é uma criança!
- É aí, que você se engana, Joe. Acho que já está na hora dela saber o que é sexo. – Joe a olhou assustado. – Ela vai acabar sabendo pelas amigas da escola, sabia? Eu já iniciei o assunto, agora é com você.
- Deus! – Joe mal sabia no que estava metido. – Eu vou ter essa conversa com Maria Clara mais tarde?
- Sim .- Joe suspirou preocupado.-  Agora, precisamos nos arrumar para ir ao centro. As crianças tem aula, se lembra? – Demi brincou quando Joe estava completamente em outro mundo.



Continua....