segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Capítulo 18: Amor Autêntico


- Joe, fique calmo. Eu estou indo para aí. – Demi desligou correndo o telefone.
- Como é? Vai onde?
- Joe está mal, Dougie.
- Agora, passou dos limites, Demi.
- Dougie, porque não terminamos de uma vez? Essa situação está horrível. Desde o dia que você voltou da viajem que não está dando mais. Eu não aguento mais fingir que estamos bem, porque não estamos. Ontem quando transei com Joe, não foi por vingança foi porque eu quis, porque talvez eu ainda o ame, entende?
- Eu não sabia que pensava assim.
- Pois é assim que eu penso.
- Então, está tudo acabado?
- Sim. - Demi trocou de roupa. – Pode sair da minha casa?
- Claro. – Dougie havia ficado sem chão, Demi devia ter pena do jeito que ele estava, mas ela estava muito preocupada com o ex-marido

Demi saiu disparada de carro, queria chegar o mais rápido possível na casa de Joe.
Assim que chegou, a porta estava aberta e encontrou Joe enrolado no coberta, ainda tremendo de frio. Não disse nada, ou pelo menos Joe não a ouvia.  Pegou o termômetro e percebeu que a febre de Joe estava mais alto do que deveria.
Sem pensar em outra alternativa, Demi levou Joe para o hospital. Estava nervosa e com medo do que poderia acontecer. Andava de um lado para o outro ainda dentro do consultório e com Joe delirando de febre.
- Não esquece nunca que eu te amo, tá Demi?
- Boa noite. – O doutor chegou e examinou Joe. Constatou que ele estava com pneumonia e ia precisar ficar internado um tempo no hospital.

Quando a febre de Joe já havia abaixado um pouco, já não delirava mais.
- Desculpe ter te atrapalhado.
- Não atrapalhou, até me ajudou.
- Como assim?
- Consegui terminar com Dougie graças ao seu telefonema. Quando eu contei que dormimos, ele disse que foi para quitar o que ele havia feito.
- Que bom... - Joe estava muito doente para fingir que não havia gostado da recente separação e ainda mais por ter sabido que o culpado era ele.
- Você precisa descansar, não pode ficar se esforçando. Vai dormir ainda é noite.
- Pode ir para casa, Demi. Não precisa ficar aqui comigo, eu sou bem grandinho.
- Eu sei que é grandinho, mas eu quero ficar aqui com você. Sua mãe me fez prometer.
- Não liga para minha mãe, ela só quer nos ver juntos de novo. – E isso não vai demorar a acontecer, pensou Demi. Não só porque ela queria, mas pelo jeito como as coisas estavam acontecendo entre eles, iam acabar essa história juntos.... Novamente.
- Eu vou ficar, Joe, não adianta implorar para eu ir embora. – Demi disse parecendo uma criança birrenta e mimada, sentando no sofá grande que tinha ali. Ela estava cansada, pois havia trabalhado o dia todo, mas não sairia de perto de Joe naquela noite.

Durante aquela noite Joe ficou incomodado por Demi ficar ali desconfortável. Levantou-se, pegou um dos cobertores que o cobria e colocou sob Demi. Ela que até aquele momento nem um banho havia tomado, estava exausta por tudo que aconteceu e ainda aceitado ficar sentada, desconfortavelmente, no sofá e tudo por um homem que havia feito mal a ela um dia. O mesmo homem que estava arrependido e queria uma nova oportunidade e faria de tudo para consegui-la.

Quando foi clareando, Demi acordou, estava com os músculos doendo pela noite mal dormida, mas percebeu que estava com uma cobertinha fininha, mas que a manteve quentinha durante a noite. Logo lembrou que aquela mesmo cobertinha estava com Joseph antes de ela pegar no sono.
Um médico entrou no quarto solicitando a atenção dela para uma conversa.
- Então, Senhora Jonas. – o médico quisera iniciar a conversa, mas parou quando viu a surpresa e o sorriso de Demi. Há muito tempo não era chamada assim e teve saudades.
- Não sou casada com Joseph, já fui. Hoje estamos separados.
- Posso me dirigir a senhora de que maneira?
- Demetria Lovato.
- Então, senhora Lovato, Joseph tem pneumonia. Está num estágio avançado, já que ele não procurou um médico imediatamente. Vamos deixa-lo no hospital em observação por uns dias e assim que eu achar adequado, eu o mando para casa.
- Sim, as despesas do hospital deixe tudo por minha conta.

Demi, assim que saiu da sala do médico, ligou para a mãe de Joseph, depois para Selly avisando que só passaria no trabalho mais tarde, mas para saber como tudo estava. Foi ver Joe no quarto, o mesmo médico que havia conversado com ela estava lá e terminou de conversar com Joe.
- Bom dia! – Joe disse para ela, que sorriu em resposta. – Parece que vou ficar no hospital por um bom tempo.
- É, eu já estou sabendo. Liguei para sua mãe, ela disse que vem para cá hoje. O seu pai está melhor e me parece que sua tia ficará com ele, enquanto a sua mãe reveza comigo no hospital.
- Não precisa fazer isso por mim.
- Precisar, realmente, não precisa, mas eu quero fazer isso. Eu quero muito ficar aqui com você. – Demi disse sincera.
Demi e Joe ficaram conversando a manhã toda até Denise chegar.
- Olá! – Denise deu um beijou em Demetria depois em Joe. – Meu filho, que susto deu na gente! Por que não se cuidou, menino?
- Mãe, por favor, vai me dar sermão na frente de Demi?
- Oh, Demi te conhece muito bem. – disse rindo. – Conversei com o médico e ele me disse com detalhes a sua situação, Joe. Demi, muito obrigada por ter ficado aqui com Joe, não sabe o quanto estou agradecida.
- Denise, não foi incômodo algum.
- Pode ir agora. Eu cuido do meu bebê.
- Eu gostaria de ajudar Joseph, Denise. E também não é justo para você ficar aqui no hospital o tempo todo, podemos revezar. Assim nós duas descansamos.
- Mãe e Demi, não sou um bebê que não pode ficar no hospital sozinho. Eu sou um homem de trinta anos, eu posso...
- Fique quieto, Joe! - disseram as duas juntas.
- Tudo bem, Demi. Faz assim, agora eu fico com Joe, quando quiser vem e trocamos de lugar.
- Tudo bem, eu vou para casa tomar um banho e para o trabalho, e quando estiver anoitecendo eu venho para cá.
- Está certo assim.
- Tchau, Joe. – Demi disse de longe.
- Ah, eu vou ficar ali fora para se despedirem decentemente. – Denise saiu.
- Sua mãe é uma figura! – Demi comentou.
- Chega mais perto de mim, Demi. – pediu Joe, abrindo os braços para que pudesse ganhar um abraço e Demi o fez, ganhando um beijo caloroso de Joe.
- Preciso ir. – Demi saiu um pouco atrapalhada, abobalhada.

- Joseph, Demi pode até voltar para você, mas se a machucar outra vez, eu juro, meu filho, que eu mesmo faço o favor de te matar por ela. – disse Denise num tom de brincadeira, mas que mostrava seriedade.

- Então, como está Joe? – perguntou Miley.
- Está melhor, mas terá que ficar no hospital por um tempo.
- Já voltaram? – perguntou Selly.
- Acho que não. Não houve um pedido para isso, mas nos beijamos algumas vezes. Joe está sendo o mesmo homem que ele foi quando estávamos namorando. Quando o que existia entre nós era o amor. Nada mais, nada menos que isso. Eu me apaixonei novamente por ele, quer dizer, eu acendi novamente a chama do meu amor. Porque eu nunca deixei de amá-lo, mesmo depois de tudo que ele fez.
- Será que seu amor por ele é suficiente para perdoar tudo que ele te fez? – aquela voz não era de Miley, muito menos de Selena, era Sterling, que ouviu tudo da porta e entrou.
Demi ficou sem ter o que responder, queria poder responder, mas o fato era que era Sterling quem estava perguntando.
- Demi, sei que houve muito entre nós no passado, mas vamos deixar isso tudo. Eu não estou magoado com você, muito menos fiquei magoado.
- Mas estava me tratando de um jeito diferente.
- Demi, ele estava assim com todos.
- Estava me focando em outros assuntos, por isso estava daquele jeito. Peço desculpas.
- Está desculpado.
- Então, seu amor é suficiente para perdoá-lo?
- Eu não sei, quando estou com ele eu esqueço tudo e quando estou longe penso se vale a pena continuar com isso.
- Demi, eu acho que quando a gente ama, vale a pena arriscar algumas coisas para conseguir o que queremos. Um dia você vai acordar se arrependendo de ter perdido essa oportunidade. Agarre-a, Demi.
- Sterling está dizendo isso tudo, por que ele está amando de novo, Demi.
- Verdade? Quem é a sortuda?
- A estilista nova.
- Nossa, eu não tive a oportunidade de conversar com ela ainda.
- Ah, ela é bem simpática. Já almoçamos juntas algumas vezes.
- Ela estudou comigo quando cursávamos a faculdade, ela tinha um noivo na época, mas pelo que parece, ela está solteira e...
- Querendo ficar com ele.
- E porque não fez nada para ficar com ela, Ster?
- Porque eu estou preparando uma surpresa para ela.

Depois que Demi saiu do trabalho, foi até o apartamento de Joe, ficou com a chave depois que o levou ao hospital noite passada. Arrumou o que estava fora do lugar e deu comida a Dê. Aproveitou e pegou algumas roupas para o Joe.
Estava cuidando de Joe, como se fosse a esposa dele. Agora ela queria essa oportunidade novamente, mas estava com medo de tudo voltar como era antes.

Os dias se passaram seguindo essa rotina, Joe saiu do hospital e Denise voltou para sua cidade depois que constatou que Demi cuidaria de Joe mais do que ela esperava. Joe, ao invés de ir para o seu apartamento, foi para a casa de Demi, mas não como namorado, como seu hóspede. Joe voltou a trabalhar aos poucos e mesmo assim, Demi cuidava dele e de sua gatinha, Dê.
Joe combinou com Demi, sem saber de que ela estava disposta a voltar para ele, que a conquistaria novamente, pois queria a oportunidade de ser seu novamente. Joe faria isso através de situações românticas. Já havia feito café da manhã, já mandou flores direto para seu serviço, já mandou bilhetes dentro do bolso dela, aliás, isso era o que ele mais fazia. Às vezes quando Demi colocava a mão no bolso da calça ou de sua jaqueta, lá estava um bilhete de Joe. Ele tinha capacidade de deixar bilhetes onde ela nunca suspeitava e nunca imaginara.
- Quero te levar para jantar essa noite! – disse Joe entrando no quarto de Demi, enquanto ela trabalhava em um vestido de noite.
- Essa noite está tão frio, Joe, pode fazer mal a você. – disse ela com medo.
- Não, eu vou bem agasalhado. Posso colocar uma touca e cachecol... Vamos Demi!?
- Tudo bem, Joe, espera meia hora enquanto eu me arrumo.
- Bom, como eu sei que você vai demorar, vou ficar por aqui mesmo, ok? Se eu ficar lá embaixo, posso ficar tediado e acabar dormindo.
- Sem graça, Joe! – Demi achou uma roupa em seu closet, boa para um jantar. Era um vestido que batia um pouco abaixo de seu joelho de manga comprida e era azul marinho, colocaria uma meia-calça preta com uma sandália fechada e de salto preto também. Para não sentir frio, pegou um casaco, que parecia um sobretudo vermelho, para quebrar as cores fortes um cachecol florido, mas bem suave. – Estou pronta! - disse e Joe se espantou, ela devia ter demorado somente vinte minutos.
- Acho melhor não sairmos mais. – Joe disse sério e o sorriso no rosto de Demi se desfez e ela teve vontade de soca-lo tamanho a ousadia do homem. – Pois vai chover! Você foi muito rápida!
- Seu cretino! – Demi tacou um estojo de maquiagem nele.
- Au! Doeu! Estava brincando! – Joe levantou da cama e beijou os lábios da mulher em sua frente. Quando ele disse que iria conquista-la, ele estava falando sério. – Está linda, Demi.
 - Obrigada! Podemos? – perguntou.

Chegaram ao restaurante e Joe já havia reservado uma mesa para os dois. O jantar foi perfeito, tirando o fato de Demi beber mais que o normal. Ela não entendia porque tinha essa necessidade de querer beber como estava fazendo, mas fazia sem saber.
Conversam a noite toda, eles podiam estar morando juntos, mas sempre tinham algo para falar. Era incrível como sempre tinham assunto.
Demi riu um pouco alto, logo após levou a mão a boca.
- Oh, acho que eu bebi mais do que devia, Joe. Devia me controlar.
- Estava tão linda, que não percebia a quantidade que bebia.
- Eu preciso levantar e ir ao banheiro, mas estou com medo de cair e dar um vexame.
- Faz assim, eu vou pedir a conta e quando eu pagar os dois levantamos, ninguém vai perceber.
O plano de Joe deu certo, quando Demi se levantou para ir ao banheiro, sentiu uma leve tontura, mas Joe estava perto e a segurou.
- Eu estou aqui. Consegue ir até o banheiro ou prefere chegar em casa?
- Não, eu consigo ir agora, se eu esperar mais é capaz da minha bexiga explodir. – disse rindo.
- Te espero no estacionamento.
- Sim.

Quando o carro estacionou na garagem, Demi teve uma súbita vontade de beijar Joe e não deixou isso passar tão fácil. Beijou-o quando iam sair do carro.
Não fez isso por que tinha ultrapassado os limites do álcool, fez isso porque queria. Joe já a havia conquistado há um bom tempo, desde que se conheceram e ela queria dizer isso há muito tempo, mas não conseguia em palavras, por isso teve a ideia de mostrar a ele, desse jeito.
O casal foi aos beijos entrando na casa, esbarrando em todos os obstáculos – lê-se móveis – no caminho até chegarem ao destino desejado – lê-se quarto.

O que aconteceu entre eles naquele quarto foi mais do que só um ato, era mais do que uma união de corpos. Era uma união de sentimentos profundos. Talvez selariam mais do que o amor de ambos.

- Bom dia! – Demi disse sorrindo quando viu que Joe  a observava.
- Bom dia, linda. – disse Joe sorrindo para a mulher ao seu lado.
- Estou atrasada? – perguntou fechando os olhos, sem olhar no relógio.
- Não, são quase nove... – Demi olhou assustada. – Mas da manhã de domingo e até onde eu sei, você não trabalha no domingo.
- Estou perdida no tempo! – ela disse se aconchegando mais a ele. – Não quero levantar!
- Também não! – disse ele abraçando-a mais.
Prosseguiram em uma conversa paralela até o telefone tocar.
- Atende para mim? Eu vou ao banheiro.
Enquanto ela levantou, ele foi atender.
- Alô!


domingo, 14 de fevereiro de 2016

Capítulo 17: Amor Autentico


- Não, Demi... Fique.
- Joe, são quase dez da noite... Daqui a pouco fica muito tarde, eu não... – Demi estava sentada na cama de Joe, virada para ele enquanto conversavam. De repente, Joe sentiu a necessidade de beijá-la e assim o fez. Levantou seu corpo da cama e a beijou. Há muito tempo queria poder sentir seus lábios de novo, desde o dia que ficaram presos na sala dela.
 - Desculpa, eu sei que... não podia ter feito, mas eu queria.
- Fica quieto, Joe! Não estraga! – Agora Demi tomou a iniciativa de beijar Joe e foi muito bem retribuída. Também queria ter feito isso mais vezes depois que Joe voltou a sua vida, mas negava com todas as forças que tinha. Força essa que não fez diferença nesse momento.
Ficaram um bom tempo só nos beijos, até que aproveitaram aquela noite para fazer o que já queriam há muito tempo. Queriam ter um ao outro de corpo inteiro, queria que aquela noite fosse para relembrar do tempo que eram casados.
Um tempo depois, Joe e Demi estavam satisfeitos e felizes. Fizeram o que queriam ter feito há muito tempo, ou melhor, o que não queria ter parado de fazer. Estavam naquele momento sem preocupações. Esqueceram de trabalho, casa, contas, doença, namorado... Só estavam aproveitando o momento que estavam passando juntos.
- Espero que isso não nos afaste. – Joe disse abraçado a Demi, fazendo carinho em seus cabelos como antigamente.
- Eu também. Por mim o que aconteceu aqui fica só entre nós.
- Até porque alguém aqui tem namorado, não é?
- Verdade. – Demi disse fechando os olhos, sinal claro de que havia se esquecido de Dougie. Claro que ele merecia, já que fez o mesmo com ela, mas Demi não era o tipo de pessoa que pagava tudo com a mesma moeda. – Preciso ir embora, Joe.
- Não, Demi, está muito tarde e eu ainda não estou bem.
- Claro que não. Sabe, estou começando a achar que essa doença foi só um pretexto.
- Juro que eu não fazia ideia de que viria aqui, se eu soubesse já tinha passado mal antes. - riram.
- Continua safado!- Demi comentou, tinha que ir embora, mas não queria e também não iria. Aproveitaria mais ao lado de Joe.
- Fica?
- Fico, mas... Dougie vai acabar descobrindo o que houve.
- E você aproveita para dar um pé na bunda dele, ele não podia ter feito com você o que fez na viajem.
- Como soube?
- Eu... Descobri.
- Ele não foi o primeiro, Joe.
- Eu sei o que fiz, sei que foi errado e me arrependo de ter feito.
- Não adianta só dizer, Joe, não adianta. O que você fez está feito, não tem volta, entende? Eu já fui magoada e...
- Está querendo dizer que o que aconteceu agora, não vai fazer diferença depois?
- Joe, eu...
- Tudo bem, Demi. Eu já entendi, não vai passar de uma noite, foi só sexo.  – Joe disse triste. Tinha esperanças de que dali por diante Demi seria dele, mas ela nem pensava nisso, na visão dele.
- Agora eu vou embora. – Demi disse levantando dali, mas Joe segurou o braço dela guiando-a de uma maneira que ela se deitasse novamente. Assim a beijou e repetiu o que já haviam feito aquela noite.
Se era para ser só uma noite, teria que aproveitar para matar a saudade, pensou Joe.

No dia seguinte, um barulho acordou Joe e Demi ao mesmo tempo. Era o celular de Demi tocando dentro da bolsa, que estava na sala.
- Eu não vou atender.
- Deve ser Selena, são nove horas... Você está muito atrasada.
- Depois eu retorno. - ela se aconchegou nos braços de Joe. Tinha saudade de fazer isso.
- Bom dia, Lovato. - ele disse sorrindo para ela.
- Bom dia, Jonas. – ela disse sorrindo. Joe beijou os lábios da mulher em seus braços. - Há muito tempo eu não acordo tão bem assim.
- O senhor Poynter não dá conta do recado, não?
- Não foi isso que eu quis dizer.
- Preciso ligar para Liam, dizer que me atrasei.
- Não, você não vai trabalhar... Só pode estar louco!
- Eu estou melhor.
- Não quero que vá trabalhar.
- É a minha chefe que está mandando ou a Demi que veio cuidar de mim? – Joe perguntou, pois para ele as duas eram pessoas diferentes. Demi, a chefe, era uma mulher rancorosa e extremamente profissional que não deixava nada abala-la. Agora, a Demi que apareceu na casa dele na noite passada, era uma mulher cuidadosa, caprichosa, de sentimentos bons e muito sensível.
- As duas. – ela disse se levantando.

- Oi, Selly! – Esperou a pessoa responder. - Eu sei, hoje, eu vou trabalhar só a tarde hoje. – Esperou que Selena disse mais alguma coisa. – Não, eu estou bem, aliás ótima. – disse olhando para Joe. - Selly, faz assim, cuida de tudo aí e quando eu chegar eu cuido da minha parte. Eu realmente não vou agora, só depois do almoço. – ... - Tudo bem, pode passar para Jeany para mim, por favor? Beijos. – Esperou Jeany responder. – Jeany, pode ligar para Liam e dizer que hoje, Joseph não vai trabalhar por motivos de saúde? Obrigada.
- Demi, eu não vou aguentar ficar aqui a tarde toda sem nada para fazer.
- Vou dar uma passadinha na minha casa, tomar um banho e trocar de roupa. Eu volto para fazer um almoço descente para você.
- Por que não fica aqui e toma seu banho aqui?
- Porque não. – Demi saiu sem se despedir com beijos e carinhos. Estava ficando fria com ele de novo, mas não deixaria de cuidar dele como prometeu a Denise.
Só estava magoada com o que estava acontecendo, mesmo depois de tudo que ele fez, ela ainda o ama. Guardava fortes sentimentos da covardia daquele homem, mas mesmo assim o amava. Só não entendia porque não conseguia perdoa-lo, mesmo depois de ver que ele havia mudado muito.

Estacionou o carro, não na garagem, mas do lado de fora. A porta estava aberta, pois sua ajudante estava arrumando a casa.
- Demi, não foi trabalhar?
- Não, a história é complicada de explicar... Resumindo, Denise pediu que eu cuidasse de Joe e acabei dormindo lá, ou melhor, dormindo com ele.
- Isso é...
- Eu sei que foi errado, mas... Eu gostei. Não pode ser assim, eu o amo, mas é impossível perdoa-lo. Eu sei que tenho namorado, mas... Eu não resisti. Eu estava com saudades. Eu preciso conversar com Dougie. – Demi não conseguia dizer coisa com coisa, tamanha sua felicidade. Não mostrou para Joe, mas essa tinha a sido a melhor noite dentre anos. Estar com ele de novo foi maravilhoso para ela.

Demi tomou um banho rápido e quando saiu Dougie a esperava sentado na cama.
- Oi. – ela disse sem graça.
- Olá. – ele retribuiu com a voz fraca.
- Dougie, nós precisamos conversar.
- Eu já sei que não dormiu em casa, que não estava com Selly nem Miley.
- Isso, não estava. Eu estava com Joseph.
- Com quem?- Dougie perguntou, quase gritando e sem acreditar no que tinha ouvido. Seu raciocínio foi muito rápido, ela havia dormido com Joe.
- Dougie, nós precisamos conversar, mas eu não quero falar com você nervoso desse jeito, por favor.
- Está me dizendo que dormiu com Joseph e não quer que eu fique bravo? É ridículo isso.
- Dougie, podemos conversar depois...
- Não, estou aqui agora e quero ouvir da sua boca.
- Sim, eu dormi com Joseph. – Demi admitiu.
- Em qual sentido da palavra, Demetria? Você... Estava querendo pagar na mesma moeda, não é?
- Não, foi...
- Tudo bem, Demi... Eu te perdoo do mesmo jeito que você me perdoou. Eu prometo que não vou mais ficar bravo. Eu já compreendi.
- O que?
- Estou indo, preciso trabalhar... Depois eu volto para a gente conversar. - Dougie deu um selinho em Demi e sai a deixando sem chão. Não queria que Dougie tivesse feito isso, queria que eles terminassem, mas ele tinha que ser diferente e perdoa-la. Mesmo sabendo que ela havia passado a noite com Joe.

Com Joe foi bem diferente, no mesmo momento que ela saiu ela já estava sorrindo, quis que ela ficasse e quis passar o dia com ela, mas para ela foi só uma noite. Joe queria que aquela noite fosse o início de uma história deles juntos, mas percebeu que ela ainda estava magoada com o que aconteceu e com razão, ele pensou. Essa noite ele tinha sido somente um amante e, talvez, ela nem se lembrasse mais.

Demi estava no carro indo para o trabalho, mas flashes da noite passavam por sua cabeça e faziam ela sorrir igual uma idiota. Devia contar as amigas ou guardar segredo é a melhor escolha? Não, ela achou que seria melhor contar de uma vez, antes que Dougie fizesse isso. Eram sua amigas, iriam ajudar.
Assim que chegou, foi um bombardeio de perguntas da parte de Selly e Miley.
- Vou contar tudo, mas com calma... Querem os detalhes ou um resumo?
- Detalhes. – disse Miley, querendo saber de tudo.
- Ontem à noite, Denise me ligou.
- Quem? – perguntou Selly.
- Denise, mão de Joe, e ela disse que Joe estava doente e ela estava longe cuidando do marido que também está doente.
- E você aceitou? – perguntou Miley.
- Meninas, me deixem seguir com a história? Sim, Miley, eu aceitei. Não queria, mas eu nunca neguei nada para Denise e ela estava muito aflita no telefone. Peguei o endereço e fui para a casa de Joe. Ele estava pior do que eu pensava, estava muito gripado. Eu fiz uma sopa, verifiquei a temperatura e dei um remédio. Ficamos um bom tempo conversando e conheci a gatinha dele, a Dê, ela é muito fofa, ela se chama assim por causa do apelido que ele me deu quando namorávamos. Acabou que nos beijamos e por fim, dormimos.
- Está dizendo que transou com seu ex-marido?
- Sim, Miley. Eu dormi com meu ex-marido, aquele que eu não via há anos. Bom, eu odeio admitir isso, mas eu ainda o amo e eu não pude resistir.
- Por que não volta? – perguntou Selly. - Agora que tem certeza que o ama, volta para ele, Demi. Você merece ser feliz.
- O problema não é esse, Selly. Eu não consigo confiar nele como eu confiava, eu tenho medo disso ser só mais um teatro como da outra vez.
- Eu acredito que ele tenha mudado. – disse Miley. – Desde o início quando Liam disse que ele tinha mudado eu desconfiei, mas depois de vê-lo várias vezes, eu percebi que ele está diferente. Tanto que está mais bonito.
- Já falou com Dougie?
- Já, até contei que tinha passado a noite com Joe, ele ficou morrendo de ciúmes, mas depois disse que me perdoava e saiu todo estranho. Eu não entendi muito bem.
- O que você queria contando isso?
- Queria que ele terminasse comigo, aliviando o meu lado, mas ele fez o contrário.
- Só te resta terminar de uma vez, porque ele te ama e não vai fazer isso. Ele deve estar achando que você só transou com Joe para descontar o que ele fez com você quando foram no aniversário da sua enteada.
- É, foi isso que ele disse, mas foi natural... Ele que me beijou e eu retribui, eu senti necessidade de fazer isso, eu quis muito beijá-lo.
- E como foi? – perguntou Selly curiosa. – Digo, muitos anos se passaram e dormir com ele foi diferente?
- Foi, foi muito bom... Ele é... É o melhor com quem eu já dormi... – Demi  sorriu igual uma tonta. -É melhor eu trabalhar.
- Pense na oportunidade de voltar.

Demi apesar de ter chegado tarde, foi embora mais cedo do que previa. Queria ver Joseph, algo dentro dela queria vê-lo.
Estava terminando de juntar suas coisas espalhadas pela mesa, quando o telefone tocou.
- Sim.
- Demi, uma senhora quer falar com você no telefone, o nome dela é Denise Jonas.
- Pode passar, Jeany. – Demi esperou a ligação ser passada. – Oi Denise, como está?
- Ótima, e você?
- Muito bem.
- Liguei para agradecer. Eu liguei para Joe e ele parece bem melhor. Meu marido está um pouco melhor e amanhã eu vou ver o Joe.
- Eu vou para lá agora para saber como ele está.
- Demi, Joe está muito feliz pelo que houve entre vocês, ele me contou tudo. Eu sei que ele te fez muito mal e você deve ter ficado muito magoada com ele e mesmo assim está o ajudando.
- Eu não sou de guardar mágoas a ponto de deixar uma pessoa mal, Denise.
- Eu sei, como eu também sei que se amam. Não tente negar que o ama, pois está muito nítido nos dois. Preciso desligar, fique bem.

Demi seguiu para casa, não podia ir ao apartamento de Joe mais. Estava se sentindo uma adolescente apaixonada, Joe vai achar que ela quer sexo de novo, pensou Demi. Resolveu ligar para ele.
- Oi.
- É Demi, Joe. Como está?
- Estou bem, eu acabei de tomar o remédio como você havia me falado.
- Que bom, então, não precisa de eu ir até aí, não é mesmo?
- Bom, só se você quiser. Eu adoraria a sua companhia.
- Eu não posso ir, eu... Não posso. Preciso desligar agora, tchau.

Uma hora depois, Dougie chegou. Nem tocou no assunto de que Demi havia dormido fora. Estava todo dengoso com Demi e ela ainda estava seca com ele. Precisava terminar, mas não conseguia fazer isso e não sabia como.
Era quase meia noite, Demi estava lendo um livro e Dougie assistindo televisão. Estava aparecendo que eles eram casados, Demi estava odiando isso. Dougie dormia mais lá do que na sua casa.
Foi estranho o telefone tocar tão tarde, mas tocou.
- Alô. – Demi atendeu com medo, escutou uma voz fraca e muito rouca do outro lado da linha.
- Demi, eu não estou muito bem.
- Joe! – ela sobressaltou quando descobriu quem era.
- Eu preciso... Eu...
- Joe, fique calmo. Eu estou indo para aí. – Demi desligou correndo o telefone.
- Como é? Vai onde?
- Joe está mal, Dougie.




Mais um... Daqui a Pouco eu posto outro!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Capítulo 16: Amor Autentico



- Dougie me apresentou a mãe de sua filha, a mulher é louca por ele, chegou a me ameaçar dizendo que ele era dela. Ele dormiu na casa dela, ou melhor, com ela.
- Dormiu no sentido de...
- Sim, ele transou com a mãe da filha dele enquanto eu o esperava no hotel. Não é maravilhoso isso? O pior é que ele teve coragem de mentir. Primeiro fingiu que nada aconteceu e depois que eu perguntei ele começou a mentir.

Aquele dia passou normalmente, Demi não se deixou abater só pelo que Dougie tinha feito. Não o amava, mas mesmo assim sentia-se magoada pelo que ele fez a ela.
Recebeu uma mensagem dele dizendo que já estava na cidade, estava em casa e que queria conversar com ela. Demi nem se deu ao trabalho de responder, não o perdoaria por tê-la traído daquela maneira.

Quando passavas das duas da tarde, Jenny foi à sala de Demi.
- Senhora Demi, Doutor Joseph está aí e deseja falar com você. Disse que é algo importante.
- Sim, eu que marquei um horário com ele, mas para amanhã e não hoje. Pode pedir para ele entrar.
Um tempo depois...
- Desculpa, Demi. Eu sei que eu tinha marcado com você amanhã, mas um cliente muito importante pediu aquele horário e como eu soube que já estava de volta, eu passei aqui. Tem algum problema?
- Não, mas não sei o motivo desse encontro ainda.
- Bom, eu estava com algumas ideias, mas não queria esperar até a reunião geral para mostrar a você. Liam está por dentro de todo o assunto e ele que pediu que eu falasse com você.  – Joe disse todo empolgado e entregando os documentos à Demi. Ela lia o papel enquanto Joe estava sentado em sua frente. Estava difícil ter uma concentração com ele mantendo os olhos nela daquele jeito, Demi pensava.
Joe não estava só esperando uma resposta dela, também aproveitava para admira-la. Há muito tempo não podia olhá-la daquela forma, Joe estava mais do que apaixonada pela ex-mulher.
- Bom, Joe... Adorei a ideia inicial, eu acho que deve com...
- Demi! - Dougie entrou na sala dela sem ar. – Eu sei que deve estar querendo me matar, ou melhor, deve ter vontade de me mandar à China, mas me perdoa...? Eu estava inconsciente de meus atos. Não lembro o que aconteceu, eu só me lembro de acordar lá.. Eu juro que...
- Cala a boca, Poynter! Eu te perdoo, só que não é hora para conversarmos. Eu estou trabalhando.
Demi não queria ter feito aquilo, primeiro: ela não queria que Joe soubesse que Dougie tinha pisado na bola com ela, depois não queria tê-lo perdoado, mas o fez, porque Joe estava perto.
Dougie, sem pensar, foi perto de Demi e a beijou na frente de Joe. Talvez para provoca-lo ou só fez por alegria de ter sido perdoado.
Joe queria sair dali o mais rápido que podia, mas precisava da resposta de Demi antes de voltar ao trabalho. Não queria ter visto aquela cena, não queria ter visto o que viu, mas não podia simplesmente ir embora. Ele sabia que Demi tomaria providências.
- Dougie, eu estou trabalhando.
- Desculpe. - Poynter saiu sorridente da sala de Demi.
- Desculpe-me Joe... Não sei o que deu nesse homem!
- Quando estamos apaixonados não pensamos nos nossos atos. Somos capazes de tudo.
- O que eu estava dizendo é que essa ideia é muito boa e que podem colocar em prática quando quiserem. É só me avisar todos os passos, não precisa da minha aprovação.
- O problema é que Liam me disse que você tem muitos contatos. E queríamos a sua ajuda para pedir um apoio.
- Um patrocínio?
- Sim, bom, não sei se percebeu, mas não temos condições de bancar nada de graça.
- Claro, eu posso falar com eles. Inclusive alguns me devem favores. Vai ser moleza!
- Bom, era só isso que eu tinha que falar com você.
- Joe, conseguiu pegar o caso da mulher que foi agredida?
- Sim, é mais difícil do que eu pensei... Ela está querendo perdoa-lo. Se ela fizer isso, não vamos garantir o nosso objetivo.
-Entendo. Você estava na televisão semana passada. – Demi queria dizer que ele estava bonito, mas não conseguiu.
- Eu até recebi alguns e-mail com isso. Alguns um tanto agressivos, pois envolvia nudismo, mas eu estou bem. Sobrevivo até o fim desse caso.
- Quem sabe... Arranjar uma namorada? - Só Demi sabia o quanto doía dizer aquilo.
- Pena que a pessoa que eu quero, não tem olhos para mim. – Joe disse olhando profundamente para Demi, esperando algum tipo de sinal vindo dela, mas Demi desviou o olhar do dele. – Bom, preciso ir. Liam está mais ansioso do que eu para conseguir esse projeto e saber do caso.

E assim passaram a semana muito bem. Demi levou adiante a ideia de deixar tudo como estava em relação ao Dougie, mas estava tratando-o com indiferença. Não ligava mais para ele e não tomava nenhuma iniciativa.
Quase quatro meses se passaram arrastado, no último mês muita chuva e muito frio.
Era por volta das seis da tarde quando Demi chegou em casa, dessa vez, foi a primeira a sair. Estava muito cansada. Essa coisa de ficar trabalhando feito louca para dirigir as duas empresas acabava com ela.

Assim que terminou seu banho, o telefone tocou. Demi imaginava que era Dougie e já estava pronta para dizer não quando ele pedisse para passar a noite com ela.
- Alô!
- Oh, que bom que me atendeu, Demi. É Denise.
- Oi, Denise. Quanto tempo que não me liga! Amei o doce que me mandou, estava muito bom. Obrigada.
- De nada, sabe, eu sei que eu quase nunca te ligo, mas eu preciso de um favor seu. Liguei para Joe e ele não está nada bem.  O pior é que ele não me diz o que tem e eu estou cuidando do meu marido, ele está doente também. Não posso ir hoje para aí, será que pode dar uma olhada nele?
- Dona Denise, eu...
- Sei que estou atrapalhando, mas Joseph só vai aceitar a sua ajuda.
- Tudo bem, me dê o endereço. - Não era nada fácil para Demi aceitar um desafio desse, mas nunca negou nada para Denise e, aos seus olhos, ir lá não ia fazer mal, ou ia?
Demi saiu depressa de casa.
Dougie poderia ligar a qualquer momento ou até mesmo aparecer lá, e como ela diria que vai à casa de seu ex-marido? Seria um pouco estranho. Então ela só mandou uma mensagem dizendo que não estava em casa e que ia demorar a chegar; geralmente quando mandava mensagens assim, Dougie não ligava de volta.

Assim que Demi chegou ao prédio que era do apartamento do Joe, subiu sem problemas. Ninguém a abordou na entrada, o que a fez pensar se esse prédio era seguro. O apartamento de Joe era o novecentos e nove, era no último andar.
No elevador, Demi ficou pensando no que dizer a ele quando chegasse. Ela nunca havia ficado tão nervosa para encontrar alguém doente como estava.
Apertou a campainha e de lá de fora ela pôde ouvir o espirro alto que Joe deu e a tosse em seguida.
Quando ele abriu a porta, sua expressão de doente cansado era bem visível. O nariz estava vermelho, os olhos caídos e também vermelhos eram um sinal claro de gripe. Uma gripe bem brava.
Demi olhou todo o corpo de Joe, percebeu que ele tinha os pés descalços.
- Joe, você não está nada bem! – Ela disse visivelmente brava.
- Como descobriu meu endereço? – Joe não conseguia pensar em nada, não porque estava doente, mas por ter Demi bem em sua frente fora do ambiente de trabalho.
- Posso entrar ou vamos bater papo aqui fora mesmo?
- Desculpe. – Joe deu passagem para que Demi pudesse passar. – Eu não estou muito bem mesmo. Acho que é uma gripe!
- Sua mãe me ligou, disse para eu vir ajudar você, porque ela está cuidando de seu pai e não pode vir.
- Oh, sim.... Ela me disse que arrumaria um jeito de me ajudar, mas eu não imaginava que o jeito seria tão bom. - Demi largou a balsa no sofá e levou Joe até a porta que ela achava que seria o quarto dele.
- Pronto, agora deite aí e não saia até eu mandar, tudo bem?
- Sim, senhora! – Joe disse com a voz fraca.

Demi voltou para a cozinha e procurou os ingredientes para preparar uma sopa, mas a única coisa que tinha na geladeira era pré-cozidos.
- Joseph, tem que se alimentar melhor. – Demi brigou brava novamente.
- Bom, minha mãe está na casa de minha tia há um mês e o que ela deixou já acabou há um tempo.
- Onde tem um termômetro nessa casa, Joe?
- Acho que eu não tenho termômetro. Da última vez que eu me mudei, perdi muita coisa.
 - Vou ao supermercado e na Drogaria que eu vi aqui perto e daqui a pouco estou de volta. - Demi saiu e voltou para o prédio sem ser abordada novamente.
Foi ao supermercado, aproveitou e foi à farmácia comprou alguns comprimidos e o termômetro para Joe.
 Assim que voltou mediu a temperatura de Joe.

- O que está sentindo? – ela perguntou um pouco preocupada com o corpo quente.
- Estou com dor na cabeça, tossindo muito, meu corpo dói um pouco também...
- E febre. – Demi disse quando consultou o termômetro digital e marca trinta e oito de temperatura. - deu a ele um analgésico para passar as dores e abaixar a febre, depois foi preparar a sopa.
- Obrigado, Demi. Eu já estou me sentindo bem melhor. - Joe disse quando saboreava a sopa quentinha que Demi preparou. - Você já conheceu a Dê?
Demi imaginou que “Dê”, fosse um apelido de alguma namorada de Joe. Se sentiu um pouco sem jeito, pois o que a namorada dele pensaria quando chegasse ali e visse Demi tomando conta da casa?
- Oh, não. Ainda não a conheci.
- Daqui a pouco ela aparece. Deve estar com medo de você.
- Como? – Demi não tinha intendido, como a namorada dele estava com medo dela?
- Dê! – Joe chamou e Demi continuava sem entender. – Olha ela ali! – Joe apontou a gatinha que não era mais um bebê, já era bem grandinha. Dê vinha toda manhosa e pulou na cama de Joe.
- Oh, que gracinha, Joe! - Demi se apressou para pega-la, a gatinha ao sentir o carinho de Demi se aconchegou mais em seu colo.
- Ela é muito mimada. - Joe disse reconhecendo.
- Imagino... – A gatinha possuía um lacinho rosa na cabeça. - Eu sempre quis ter um gatinho.
- Eu sei, mas eu dizia que dava trabalho. Continuo achando que dá trabalho, mas vale a pena. Eles são dóceis. Sem Dê eu ficaria completamente sozinho. Que bom que eu a tenho.
Um tempo depois...
- Por que colocou o nome da gata de “Dê”? – Não pensem que eles só falaram da gatinha. Eles conversaram sobre todos os assuntos possíveis.
- Por que era assim que eu te chamava e gostava de te chamar de “Dê”.
- É muito meigo da sua parte, Joe. – Demi se sentiu estranha depois desse comentário. - Eu preciso ir embora.
- Não, Demi... Fique.


ME DESCULPE PELA DEMORA!
DESCULPE !

MAS EU VOLTEI!