segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Capítulo 18: Amor Autêntico


- Joe, fique calmo. Eu estou indo para aí. – Demi desligou correndo o telefone.
- Como é? Vai onde?
- Joe está mal, Dougie.
- Agora, passou dos limites, Demi.
- Dougie, porque não terminamos de uma vez? Essa situação está horrível. Desde o dia que você voltou da viajem que não está dando mais. Eu não aguento mais fingir que estamos bem, porque não estamos. Ontem quando transei com Joe, não foi por vingança foi porque eu quis, porque talvez eu ainda o ame, entende?
- Eu não sabia que pensava assim.
- Pois é assim que eu penso.
- Então, está tudo acabado?
- Sim. - Demi trocou de roupa. – Pode sair da minha casa?
- Claro. – Dougie havia ficado sem chão, Demi devia ter pena do jeito que ele estava, mas ela estava muito preocupada com o ex-marido

Demi saiu disparada de carro, queria chegar o mais rápido possível na casa de Joe.
Assim que chegou, a porta estava aberta e encontrou Joe enrolado no coberta, ainda tremendo de frio. Não disse nada, ou pelo menos Joe não a ouvia.  Pegou o termômetro e percebeu que a febre de Joe estava mais alto do que deveria.
Sem pensar em outra alternativa, Demi levou Joe para o hospital. Estava nervosa e com medo do que poderia acontecer. Andava de um lado para o outro ainda dentro do consultório e com Joe delirando de febre.
- Não esquece nunca que eu te amo, tá Demi?
- Boa noite. – O doutor chegou e examinou Joe. Constatou que ele estava com pneumonia e ia precisar ficar internado um tempo no hospital.

Quando a febre de Joe já havia abaixado um pouco, já não delirava mais.
- Desculpe ter te atrapalhado.
- Não atrapalhou, até me ajudou.
- Como assim?
- Consegui terminar com Dougie graças ao seu telefonema. Quando eu contei que dormimos, ele disse que foi para quitar o que ele havia feito.
- Que bom... - Joe estava muito doente para fingir que não havia gostado da recente separação e ainda mais por ter sabido que o culpado era ele.
- Você precisa descansar, não pode ficar se esforçando. Vai dormir ainda é noite.
- Pode ir para casa, Demi. Não precisa ficar aqui comigo, eu sou bem grandinho.
- Eu sei que é grandinho, mas eu quero ficar aqui com você. Sua mãe me fez prometer.
- Não liga para minha mãe, ela só quer nos ver juntos de novo. – E isso não vai demorar a acontecer, pensou Demi. Não só porque ela queria, mas pelo jeito como as coisas estavam acontecendo entre eles, iam acabar essa história juntos.... Novamente.
- Eu vou ficar, Joe, não adianta implorar para eu ir embora. – Demi disse parecendo uma criança birrenta e mimada, sentando no sofá grande que tinha ali. Ela estava cansada, pois havia trabalhado o dia todo, mas não sairia de perto de Joe naquela noite.

Durante aquela noite Joe ficou incomodado por Demi ficar ali desconfortável. Levantou-se, pegou um dos cobertores que o cobria e colocou sob Demi. Ela que até aquele momento nem um banho havia tomado, estava exausta por tudo que aconteceu e ainda aceitado ficar sentada, desconfortavelmente, no sofá e tudo por um homem que havia feito mal a ela um dia. O mesmo homem que estava arrependido e queria uma nova oportunidade e faria de tudo para consegui-la.

Quando foi clareando, Demi acordou, estava com os músculos doendo pela noite mal dormida, mas percebeu que estava com uma cobertinha fininha, mas que a manteve quentinha durante a noite. Logo lembrou que aquela mesmo cobertinha estava com Joseph antes de ela pegar no sono.
Um médico entrou no quarto solicitando a atenção dela para uma conversa.
- Então, Senhora Jonas. – o médico quisera iniciar a conversa, mas parou quando viu a surpresa e o sorriso de Demi. Há muito tempo não era chamada assim e teve saudades.
- Não sou casada com Joseph, já fui. Hoje estamos separados.
- Posso me dirigir a senhora de que maneira?
- Demetria Lovato.
- Então, senhora Lovato, Joseph tem pneumonia. Está num estágio avançado, já que ele não procurou um médico imediatamente. Vamos deixa-lo no hospital em observação por uns dias e assim que eu achar adequado, eu o mando para casa.
- Sim, as despesas do hospital deixe tudo por minha conta.

Demi, assim que saiu da sala do médico, ligou para a mãe de Joseph, depois para Selly avisando que só passaria no trabalho mais tarde, mas para saber como tudo estava. Foi ver Joe no quarto, o mesmo médico que havia conversado com ela estava lá e terminou de conversar com Joe.
- Bom dia! – Joe disse para ela, que sorriu em resposta. – Parece que vou ficar no hospital por um bom tempo.
- É, eu já estou sabendo. Liguei para sua mãe, ela disse que vem para cá hoje. O seu pai está melhor e me parece que sua tia ficará com ele, enquanto a sua mãe reveza comigo no hospital.
- Não precisa fazer isso por mim.
- Precisar, realmente, não precisa, mas eu quero fazer isso. Eu quero muito ficar aqui com você. – Demi disse sincera.
Demi e Joe ficaram conversando a manhã toda até Denise chegar.
- Olá! – Denise deu um beijou em Demetria depois em Joe. – Meu filho, que susto deu na gente! Por que não se cuidou, menino?
- Mãe, por favor, vai me dar sermão na frente de Demi?
- Oh, Demi te conhece muito bem. – disse rindo. – Conversei com o médico e ele me disse com detalhes a sua situação, Joe. Demi, muito obrigada por ter ficado aqui com Joe, não sabe o quanto estou agradecida.
- Denise, não foi incômodo algum.
- Pode ir agora. Eu cuido do meu bebê.
- Eu gostaria de ajudar Joseph, Denise. E também não é justo para você ficar aqui no hospital o tempo todo, podemos revezar. Assim nós duas descansamos.
- Mãe e Demi, não sou um bebê que não pode ficar no hospital sozinho. Eu sou um homem de trinta anos, eu posso...
- Fique quieto, Joe! - disseram as duas juntas.
- Tudo bem, Demi. Faz assim, agora eu fico com Joe, quando quiser vem e trocamos de lugar.
- Tudo bem, eu vou para casa tomar um banho e para o trabalho, e quando estiver anoitecendo eu venho para cá.
- Está certo assim.
- Tchau, Joe. – Demi disse de longe.
- Ah, eu vou ficar ali fora para se despedirem decentemente. – Denise saiu.
- Sua mãe é uma figura! – Demi comentou.
- Chega mais perto de mim, Demi. – pediu Joe, abrindo os braços para que pudesse ganhar um abraço e Demi o fez, ganhando um beijo caloroso de Joe.
- Preciso ir. – Demi saiu um pouco atrapalhada, abobalhada.

- Joseph, Demi pode até voltar para você, mas se a machucar outra vez, eu juro, meu filho, que eu mesmo faço o favor de te matar por ela. – disse Denise num tom de brincadeira, mas que mostrava seriedade.

- Então, como está Joe? – perguntou Miley.
- Está melhor, mas terá que ficar no hospital por um tempo.
- Já voltaram? – perguntou Selly.
- Acho que não. Não houve um pedido para isso, mas nos beijamos algumas vezes. Joe está sendo o mesmo homem que ele foi quando estávamos namorando. Quando o que existia entre nós era o amor. Nada mais, nada menos que isso. Eu me apaixonei novamente por ele, quer dizer, eu acendi novamente a chama do meu amor. Porque eu nunca deixei de amá-lo, mesmo depois de tudo que ele fez.
- Será que seu amor por ele é suficiente para perdoar tudo que ele te fez? – aquela voz não era de Miley, muito menos de Selena, era Sterling, que ouviu tudo da porta e entrou.
Demi ficou sem ter o que responder, queria poder responder, mas o fato era que era Sterling quem estava perguntando.
- Demi, sei que houve muito entre nós no passado, mas vamos deixar isso tudo. Eu não estou magoado com você, muito menos fiquei magoado.
- Mas estava me tratando de um jeito diferente.
- Demi, ele estava assim com todos.
- Estava me focando em outros assuntos, por isso estava daquele jeito. Peço desculpas.
- Está desculpado.
- Então, seu amor é suficiente para perdoá-lo?
- Eu não sei, quando estou com ele eu esqueço tudo e quando estou longe penso se vale a pena continuar com isso.
- Demi, eu acho que quando a gente ama, vale a pena arriscar algumas coisas para conseguir o que queremos. Um dia você vai acordar se arrependendo de ter perdido essa oportunidade. Agarre-a, Demi.
- Sterling está dizendo isso tudo, por que ele está amando de novo, Demi.
- Verdade? Quem é a sortuda?
- A estilista nova.
- Nossa, eu não tive a oportunidade de conversar com ela ainda.
- Ah, ela é bem simpática. Já almoçamos juntas algumas vezes.
- Ela estudou comigo quando cursávamos a faculdade, ela tinha um noivo na época, mas pelo que parece, ela está solteira e...
- Querendo ficar com ele.
- E porque não fez nada para ficar com ela, Ster?
- Porque eu estou preparando uma surpresa para ela.

Depois que Demi saiu do trabalho, foi até o apartamento de Joe, ficou com a chave depois que o levou ao hospital noite passada. Arrumou o que estava fora do lugar e deu comida a Dê. Aproveitou e pegou algumas roupas para o Joe.
Estava cuidando de Joe, como se fosse a esposa dele. Agora ela queria essa oportunidade novamente, mas estava com medo de tudo voltar como era antes.

Os dias se passaram seguindo essa rotina, Joe saiu do hospital e Denise voltou para sua cidade depois que constatou que Demi cuidaria de Joe mais do que ela esperava. Joe, ao invés de ir para o seu apartamento, foi para a casa de Demi, mas não como namorado, como seu hóspede. Joe voltou a trabalhar aos poucos e mesmo assim, Demi cuidava dele e de sua gatinha, Dê.
Joe combinou com Demi, sem saber de que ela estava disposta a voltar para ele, que a conquistaria novamente, pois queria a oportunidade de ser seu novamente. Joe faria isso através de situações românticas. Já havia feito café da manhã, já mandou flores direto para seu serviço, já mandou bilhetes dentro do bolso dela, aliás, isso era o que ele mais fazia. Às vezes quando Demi colocava a mão no bolso da calça ou de sua jaqueta, lá estava um bilhete de Joe. Ele tinha capacidade de deixar bilhetes onde ela nunca suspeitava e nunca imaginara.
- Quero te levar para jantar essa noite! – disse Joe entrando no quarto de Demi, enquanto ela trabalhava em um vestido de noite.
- Essa noite está tão frio, Joe, pode fazer mal a você. – disse ela com medo.
- Não, eu vou bem agasalhado. Posso colocar uma touca e cachecol... Vamos Demi!?
- Tudo bem, Joe, espera meia hora enquanto eu me arrumo.
- Bom, como eu sei que você vai demorar, vou ficar por aqui mesmo, ok? Se eu ficar lá embaixo, posso ficar tediado e acabar dormindo.
- Sem graça, Joe! – Demi achou uma roupa em seu closet, boa para um jantar. Era um vestido que batia um pouco abaixo de seu joelho de manga comprida e era azul marinho, colocaria uma meia-calça preta com uma sandália fechada e de salto preto também. Para não sentir frio, pegou um casaco, que parecia um sobretudo vermelho, para quebrar as cores fortes um cachecol florido, mas bem suave. – Estou pronta! - disse e Joe se espantou, ela devia ter demorado somente vinte minutos.
- Acho melhor não sairmos mais. – Joe disse sério e o sorriso no rosto de Demi se desfez e ela teve vontade de soca-lo tamanho a ousadia do homem. – Pois vai chover! Você foi muito rápida!
- Seu cretino! – Demi tacou um estojo de maquiagem nele.
- Au! Doeu! Estava brincando! – Joe levantou da cama e beijou os lábios da mulher em sua frente. Quando ele disse que iria conquista-la, ele estava falando sério. – Está linda, Demi.
 - Obrigada! Podemos? – perguntou.

Chegaram ao restaurante e Joe já havia reservado uma mesa para os dois. O jantar foi perfeito, tirando o fato de Demi beber mais que o normal. Ela não entendia porque tinha essa necessidade de querer beber como estava fazendo, mas fazia sem saber.
Conversam a noite toda, eles podiam estar morando juntos, mas sempre tinham algo para falar. Era incrível como sempre tinham assunto.
Demi riu um pouco alto, logo após levou a mão a boca.
- Oh, acho que eu bebi mais do que devia, Joe. Devia me controlar.
- Estava tão linda, que não percebia a quantidade que bebia.
- Eu preciso levantar e ir ao banheiro, mas estou com medo de cair e dar um vexame.
- Faz assim, eu vou pedir a conta e quando eu pagar os dois levantamos, ninguém vai perceber.
O plano de Joe deu certo, quando Demi se levantou para ir ao banheiro, sentiu uma leve tontura, mas Joe estava perto e a segurou.
- Eu estou aqui. Consegue ir até o banheiro ou prefere chegar em casa?
- Não, eu consigo ir agora, se eu esperar mais é capaz da minha bexiga explodir. – disse rindo.
- Te espero no estacionamento.
- Sim.

Quando o carro estacionou na garagem, Demi teve uma súbita vontade de beijar Joe e não deixou isso passar tão fácil. Beijou-o quando iam sair do carro.
Não fez isso por que tinha ultrapassado os limites do álcool, fez isso porque queria. Joe já a havia conquistado há um bom tempo, desde que se conheceram e ela queria dizer isso há muito tempo, mas não conseguia em palavras, por isso teve a ideia de mostrar a ele, desse jeito.
O casal foi aos beijos entrando na casa, esbarrando em todos os obstáculos – lê-se móveis – no caminho até chegarem ao destino desejado – lê-se quarto.

O que aconteceu entre eles naquele quarto foi mais do que só um ato, era mais do que uma união de corpos. Era uma união de sentimentos profundos. Talvez selariam mais do que o amor de ambos.

- Bom dia! – Demi disse sorrindo quando viu que Joe  a observava.
- Bom dia, linda. – disse Joe sorrindo para a mulher ao seu lado.
- Estou atrasada? – perguntou fechando os olhos, sem olhar no relógio.
- Não, são quase nove... – Demi olhou assustada. – Mas da manhã de domingo e até onde eu sei, você não trabalha no domingo.
- Estou perdida no tempo! – ela disse se aconchegando mais a ele. – Não quero levantar!
- Também não! – disse ele abraçando-a mais.
Prosseguiram em uma conversa paralela até o telefone tocar.
- Atende para mim? Eu vou ao banheiro.
Enquanto ela levantou, ele foi atender.
- Alô!


3 comentários:

Oie, amores!
Espero que tenham gostado de " Amor Autêntico ". Escrevi com muito carinho e gostaria que registrassem o que acharam.
Posso contar com isso?
Amos vocês <3