terça-feira, 27 de novembro de 2012

Capítulo 18:


Joe Jonas

Quando eu cheguei da reunião, Divina e Val me abordaram na recepção e me disseram que Demi não estava bem. Disseram que Ashley esteve aqui e desde então ela não falava muito, só o necessário. E não saiu do seu escritório, o que não era normal. Demi gostava de sair de lá, arejar a mente.
Quando abri a porta do escritório dela, Demi estava debruçada na mesa chorando.
- O que aconteceu, Demi?
- Ele me enganou, Joe. – ela chorava. Eu a abracei e ela estava mole como uma massa, não tinha força nem para ficar de pé.
Esse “ele” só podia ser Wilmer, e se Ashley esteve aqui, ela já soube de tudo e pelo visto, era verdade.
- Demi, vai ficar tudo bem... Vem, vamos embora. – Ela queria parar de chorar, mas não conseguia. Ela não estava berrando, mas as lágrimas desciam incontroláveis pelo seu rosto e ela soluçava como uma criança.
Ela colocou os óculos e fomos. Ela segurava em mim, como um velho segura uma bengala. Estava tão triste, eu nunca a vi assim. Entramos no carro e tive que colocar o cinto nela, ela estava tão perdida.

- Por que ele fez isso comigo, Joe? – Agora já estávamos em casa, Demi estava deitada no sofá, já tinha parado de chorar. - Ela me contou tudo, Joe. Tudo se encaixa, ele me enganou esse tempo todo! Eu fui à despedida de solteiro dele, sem saber. Ele tem três filhos, Joe! Como ele pode ser tão insensível! Eu fui apenas um aperitivo, enquanto ele tinha o prato principal em casa. Eu era a amante, enquanto ele tinha a esposa perfeita em casa. Eu era uma distração da rotina dele, Joe.
- Fique tranquila, Demi.
- Não dá! Eu não consigo. Seria tão fácil se ele tivesse me contado tudo, eu estaria casada agora, não com ele. Eu estaria feliz com outro homem, o homem que realmente me merecia.

Depois de tanto chorar, Demi acabou dormindo no meu colo. Estava com pena da Demi, senti o mesmo que ela. Ambos fomos enganados e só tínhamos um ao outro, para mim devia ser assim para sempre.
Um ódio enorme tomou meu corpo quando soube, pela própria Demi, que Ashley que levou a esposa do Wilmer lá. Ela sabia o que podia acontecer, ela era tão má.
- Vai ficar tudo bem, Demi. – sussurrei para ela, que ainda dormia.

Quando o relógio se aproximava das oito, o telefone de Demi tocou, ela estava sentada na poltrona com os pés para cima, encarando o celular que estava em suas mãos.
- É ele. – ela disse quando eu a encarava.
- Vai atender? - perguntei curioso.
- Não. – ela jogou o celular na mesinha de centro e sentou do meu lado, deitando a cabeça no meu ombro. – Acho que devíamos nos casar mesmo.
- Nós vamos. – dei um selinho nela.
Sempre fazíamos isso na época da faculdade, por isso Miley e Selena sempre diziam que estávamos condenados um para o outro. Paramos de dar selinhos quando Demi começou a namorar Wilmer, ele era ciumento e não era ético fazer isso também. Agora, nada podia nos impedir.

Dois dias depois...

- Sabe o que devíamos fazer? Ir à uma balada, encher a cara e voltar de madrugada.- Demi sugeriu.
- Não foi você quem disse que beber não é a solução?
- Foi, mas isso era quando era com você, agora não vejo motivo para isso. – rimos. Eu sabia que ela estava brincando.
- Não Demi, você estava certa. Beber não muda nada, só o nosso fígado.
- O que vamos fazer?
- Você parece animada.
- Eu estou animada. Achou que eu ia chorar por causa dele a vida toda? Eu ainda o amo, mas... Não vale a pena, ele não vale nem uma lágrima. – Demi estava diferente. – Eu vou tomar um banho para a gente sair, tá?
- Onde quer ir?
- Ah, não sei... Você não quer encher a cara, vamos pelo menos jantar fora, mas BEM longe daqui. – Demi subiu. Ela parecia uma adolescente.
Fui para o meu quarto, tomei banho e troquei de roupa. Fiquei esperando Demi na sala.
- Joe. – ela desceu as escadas gritando. –  Eu não tenho roupa aqui, temos que passar no meu apartamento.
- Tudo bem, Demi.  Podemos ir então?
- Vamos.

Estacionamos em frente ao prédio, subimos juntos e Demi se enfiou no quarto e demorou mais uma vida lá dentro. Depois que ela achou a roupa “perfeita”, e era realmente linda! Aliás, Demi ficou linda naquela roupa. Era um vestido rosa que pegava um pouco a cima dos joelhos, ela vestia um casaco jeans e um salto prata que combinava com as joias, inclusive a pulseira que eu dei.
- Está linda, Demi.
- Obrigada, Joe.

Depois do jantar, que Demi não foi, Wilmer sempre a procurava, nunca pessoalmente, mas sempre ligava e claro, Demi nunca atendia. Para ela, ele foi um erro, assim como acho que Ashley foi para mim. Um erro e vai ser só isso. Um erro do passado.
Não importa o que eles digam sobre nós, o que eles sentem ou até mesmo, o que não sentem, nada vai passar daquilo. Podem ter marcado as nossas vidas com suas promessas e suas manias, mas agora não faz mais diferença para nós. Não precisamos deles, agora somos Demi e eu.
Estávamos conversando bem animados, ríamos muito como antes. As pessoas olhavam todo o instante para a gente e fazia uma careta. Estávamos felizes, e se eles tinham problemas e não sabiam superar, que ficassem quietos em casa. Tudo bem que eu não superei totalmente o meu problema, mas Demi estava me ajudando...
- Ah, Joe, foi muito engraçado! – ela ria muito com a taça de vinho na mão. - Nunca mais fale uma coisa dessas, Joe.
- Demi, é impressionante como tudo para você é alegria... – Demi ficou diferente de repente, eu não sabia o que tinha gerado aquele olhar dela, até olhar para trás.



Quem souber o que aconteceu? Deixe nos comentários.
Se acertarem, eu recompenso com dois capítulos. Amei os comentários!
Beijos.

domingo, 25 de novembro de 2012

Capítulo 17:


Demi Lovato

Na quarta-feira, Joe e eu fomos juntos para a imobiliária, mas Joe tinha uma reunião muito importante nessa tarde.
Olha, eu posso dizer que ele está melhor que domingo, mas não totalmente curado. Ele não fala nela e também não gosta que eu fale nela. Ontem queimamos todas as coisas que eram dela e que ainda estava na casa dele.
Wilmer Valderrama não me procurou ontem e acho que nem vai mais me procurar. Acho que isso quer dizer o fim.
- Demi? – Joe me chamou. Estávamos conversando sobre algumas mudanças e eu estava com o pensamento em outro lugar.
- Desculpe, Joe... Eu...
- Estava pensando no Wilmer, né?
- É, desculpe, eu... Não consigo, é inevitável.
- Por que não procura ele?
- Quem quis “pensar” foi ele, agora ele que me procure.
- Mas é você quem precisa da resposta.
- Dá para eu viver sem ela. - alguém bateu na porta.
- Entre. – era a Val, minha secretária
- Demi, o senhor Valderrama quer falar com a senhora no telefone. – Eu levantei correndo.
- Demi, vai dar uma de desesperada? – Joe perguntou.
- Não. – eu sentei de novo. - Val, diga que...
- Que Demi está em uma reunião importante e... Não pode atender agora, peça que ligue daqui a uma hora. – Uma hora? Joe só podia estar louco.
- Tudo bem. – Val disse e saiu.
- Uma hora, Joe?
- Em meia ele vai retornar. Podemos continuar?
- Vamos tentar.
Pelo menos eu ainda conseguia raciocinar e, como Joe disse, em meia hora Wilmer estava ligando de novo. Dessa vez ele me deixou atender.
- Oi. – disse como se não soubesse quem era.
- Docinho, é... Wilmer.
- Oi, Wilmer. Espero que seja importante, eu interrompi uma reunião e eu preciso voltar, então seja breve.
- Precisamos conversar.
- Então já pensou?
- Me desculpe pelo...
- Wilmer, é melhor nos encontrarmos e conversarmos pessoalmente.
- Concordo com você. Na sua casa, hoje à noite?
- Não, no restaurante perto da casa do Joe.
- Tudo bem, até. – deliguei o telefone sem me despedir.
- Joe, o que acha?
- Quer a verdade? – eu assenti - Bem, ele pode marcar um encontro para dizer que não quer mais ou para aceitar.
 Agora eu fiquei mais tensa do que já estava, Joe precisava ir para a reunião dele e eu ficarei só.
- Tem certeza que pode ficar?
- Joe, eu tenho. Pode ir.

Mais ou menos, meia hora depois que Joe saiu eu estava no meu escritório com a cabeça longe, quando Divina - secretária de Joe - entrou no meu escritório.
- Demi, desculpe entrar assim, mas você não sabe o que está acontecendo!?
- O que, mulher? Diga!
- Ashley está aqui, acompanhada de uma amiga e elas querem que Joe as atenda.
- Graças a Deus, Joe não está aqui. Deixa comigo, tem tempo que eu pretendia falar umas coisinhas para Ashley.
Fui com Divina até onde elas estavam, as duas conversavam como se fossem madames e cheias da grana, eu nem me importei com isso.
- Ashley, como se atreve a aparecer aqui depo...- ela me interrompeu.
- Demi, querida, essa é minha amiga Geovana. Ge, essa é Demi ela é melhor amiga de Joe. – eu estava perdida, essa mulher deve ser louca, no sentido concreto. – Demi, ela veio aqui, pois está precisando de uma casa nova e como eu conheço essa imobiliária há muito tempo, eu a trouxe aqui. Pena que Joe não esteja para atendê-la. – Que falsa!
- Pena mesmo, não é Ashley, querida? Como já sabem Joe não está aqui, ele não deve voltar ainda hoje. – menti. - É uma reunião muito importante e é fora da cidade.
- Será que você não poderia me atender? – A tal Geovana, pediu. – Eu preciso muito dessa casa nova, eu e meu marido estávamos com problemas, mas agora que estamos juntos de novo, precisamos de uma casa nova, não acha?
- Claro, mas eu não posso atender vocês.
- Por favor, Demi. – A falsa da Ashley pediu. - Sei que sabe muito bem, Joe me disse muitas vezes.
- Não faça desfeita. – Geovana, implorou e eu aceitei. Joe me mataria por aceitar, mas não consegui dizer não. Ela era muito convincente!
Entramos na minha sala, Geovana parecia muito contente, ela era uma madame mesmo. Agora a minha vontade de matar a Ashley era maior.
- Geovana, amiga, eu tenho que ir agora, mas sei que está em ótimas mãos. – Ashley saiu, fazendo caras e bocas para mim. Ah, se eu pego essa cobra!
- Seu nome é Demi mesmo, ou é apelido?
- É um apelido, meus amigos e conhecidos, me chamam de Demi, mas meu nome é Demetria Lovato. – Geovana riu.
- Desculpe, esse nome é diferente.
- Era o nome da minha Bisavó. Como é mesmo seu sobrenome?
- Oh, desculpe, eu não disse. Sou Geovana Cassia Valderrama.
- Valderrama? – perguntei, poucas pessoas tinham esse nome. Era um nome bem diferente naquela região.
- Isso. Meu marido que tem esse nome, ele é dono de uma empresa de doces muito famosa aqui na cidade. – Talvez, eu não quisesse ligar os fatos, mas eu sabia que ela estava falando do meu Valderrama.
- Sra. Valderrama, - pensei uma vez ser chama assim.- Aqui nesse site você pode ver algumas imagens de casas que estão a venda, esse site é nosso, aquelas que você gostar a gente pode visitar, só teremos que agendar, pois só Joe dá esse tipo de autorização.
- Oh, sim! Não me importo.
- Então, sra. Valderrama há quanto tempo está casada? – Não era do meu feitio fazer perguntas pessoais, principalmente para clientes da empresa, mas era uma coisa que eu tinha que saber, como se fizesse parte de mim.
- Há mais ou menos nove anos. Wilmer e eu tivemos alguns problemas, mas agora estamos mais firmes ainda. – Agora não tinha dúvidas, ela estava falando do meu Wilmer, que sempre foi dela.
Wilmer Valderrama, dono de uma empresa de doces era casado e eu não sabia. Ele estava comigo há mais tempo, mas resolveu casar-se com ela, porque amava a ela, e não a mim. Eu era apenas uma diversão do final do dia. Alguém que o fazia esquecer os problemas e como esses problemas já tinham terminado, ele não precisava mais de mim. Era isso que ele iria me dizer no telefone e eu interrompi, era isso que ele quer me falar hoje.
Uma vontade de chorar me tomou por completo, mas eu tive que segurar e a ouvi-la dizer sobre seu marido perfeito, sua família perfeita e sua felicidade completa.
Tudo encaixava e eu ficava cada vez mais desesperada, como ele tinha coragem de fazer isso durante tanto tempo? Como ele pode me enganar dessa maneira sem que eu percebesse? Como eu pude ser tão ingênua e não me dar conta que Wilmer era um fingido?

Continua...

Tudo foi descoberto por Joe e Demi, mas as descobertas não acabam por aqui. Joe e Demi ainda têm muitas aventuras pela frente. Comente para descobrir!

Meninas, desculpe a demora! Aí está o capítulo super empolgante! Espero que gostem!
Obrigada pelos comentários!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Capítulo 16:


Joe Jonas

Condenei-me  por dizer aquilo à Demi. Agora ela vai ficar colocando caraminholas na cabeça. Eu não devia ter dito.
Estávamos na sala assistindo televisão e eu não queria ir para o meu quarto, toda vez que eu entrava lá, eu me lembrava da cena lastimável que aconteceu, foi tudo lá. Até o perfume dela ficava no quarto me trazendo a lembrança novamente.
Eu poderia até dormir no quarto de hóspedes, mas Demi já estava lá, eu não ia tira-la só para o meu conforto.
- Demi, por acaso já se acomodou no quarto de hóspedes?
- Sim, por quê? – ela sorriu quando me fez essa pergunta.
- Bem, eu não quero entrar naquele quarto de novo, Demi. Eu não consigo. Toda a vez que eu entro eu me lembro daquilo e meu coração se aperta.
 - Vem cá! – Demi pegou em minhas mãos e subimos as escadas até a porta do meu quarto. – Feche os olhos.
Mesmo perdido no que ela queria, eu fechei. Não sabia o que estava por vir. Ouvi o barulho da porta sendo aberta, demos alguns passos e Demi me mandou abrir os olhos. Eu estava com medo do que eu podia ver, mas eu abri devagar.
- Uau! – foi o que eu consegui dizer. - Demi, o que fez aqui? Está tudo tão diferente!
Demi tinha mudado os móveis de lugar, trocado todos os enfeites do quarto, de alguma forma ele parecia vazio, mas eu não tinha a lembrança ruim.
- O que achou? – Ela estava sorridente.
Era engraçado como Demi sabia o que fazer, mas que mulher perfeita.
- Obrigado, Demi! Acho que eu não mereço uma amiga igual a você, sabia? Você é perfeita!
- Perfeita eu não sou. E aí? Acha que consegue dormir aqui, agora?
- Acho que sim, mas por via das dúvidas. Prefiro vir quando tiver com sono.
- Como quiser. – Ela sorria. Estava satisfeita com o resultado.
- Fez tudo isso sozinha? – perguntei me referindo aos móveis que foram arrastados e ainda me pergunto como não ouvi.
- Queria fazer uma surpresa para você, Joe.
- Você é perfeita mesmo.
- Pare de dizer que eu sou perfeita. – Ela disse com o rosto vermelho r os olhos brilhando, eu a abracei.
- Obrigado, Demi. Eu te amo, sabia?
- Se me abraçar desse jeito de novo, eu caso com você. – disse brincalhona.
- Até que não é má ideia. O que acha, hein? Depois que Wilmer te der um pé no traseiro você pode me procurar, tá?
- Pode deixar, Joe. Você me conforta tanto com essa proposta! – ela foi irônica e eu nem lembrava que o tal noivo não tinha dado a resposta a ela ainda.
- Não se preocupe, “docinho”. – imitei Wilmer e Demi  gargalhou.
Era tão bom estar com ela, eu ficava bem.
- Imitação perfeita, Joe. Agora fiquei dividida entre você e ele.
- Se eu fosse você ficava comigo, eu me caso amanhã se quiser.
- Falando em amanhã, você precisa ir para imobiliária amanhã, tá?
- Tudo bem, eu vou. Trabalhar faz bem para mim.

Assistimos um pouco de televisão, quando era quase uma da manhã, estávamos assistindo um filme meio sem graça e percebi que Demi não conseguia ficar acordada, ela estava cochilando o tempo todo. Devia estar muito cansada. Não é para menos, a aluguei o dia inteiro.
- Vamos dormir, Demi? – perguntei.
- Vamos. – ela levantou, eu desliguei a tevê enquanto ela foi ver se as portas e janelas estavam fechadas e logo me lembrei de que era Ashley quem fazia isso.
Subimos as escadas e no corredor do segundo andar, ela me deu um beijo de boa noite e entrou no quarto de hóspedes.
Entrei no meu quarto, quase recém-reformado, e aquela lembrança não invadiu minha mente como da outra vez. Arrumei a cama, apaguei o abajur e deitei.
Depois de uns vinte minutos virando e revirando na cama, fiquei pensando nas inúmeras vezes que Ashley conseguia me fazer dormir, ela passava a mão nos meus cabelos e eu dormia.
Eu tinha ódio dela, mas ela sempre estava na minha cabeça, o que me fazia ter mais raiva. Ela torturou a minha mente até as duas da manhã, foi quando eu levantei.
Eu queria mesmo era encher a cara para ver se ela saía da minha cabeça, mas quando cheguei à cozinha não tinha nenhuma bebida, Demi jogou tudo fora. Bebi água e eu não queria subir, eu não tinha sono. Acho até que eu não queria sonhar. Se ela já estava na minha cabeça, imagina nos sonhos?! Bem, infelizmente eu tinha que subir e tentar dormir, amanhã eu tinha que trabalhar.
Quando deitei na minha cama de novo tive a ideia de pegar um livro. Há muito tempo eu não lia e, veio a calhar agora. Incrível como eu não conseguia tira-la da minha cabeça, cansei de tentar ler o livro.
A única coisa, ou melhor, pessoa que me fazia esquecer Ashley era Demi.
Andei bem devagarinho até o quarto que ela estava, abri a porta bem devagar com medo de fazer barulho, me deitei ao seu lado, com muito cuidado para ela não acordar, envolvi meus braços na sua cintura, ela se mexeu pegou-os de uma maneira que eu pudesse abraça-la mais. Pense que ela devia ter sonhado com Wilmer ou coisa assim, mas...
- Não consegue esquecê-la, não é?
- É – sussurrei.
Demi se virou para mim, e me abraçou levando suas mãos para o meu cabelo, mas como ela sabia? Eu nunca contei que só assim eu conseguia dormir. Ela me deu um beijo na bochecha, mas como estava escuro, pegou perto dos meus lábios. Ela estava sonolenta de mais para se dar conta do que estava fazendo e eu também não ia contar. Essa proximidade já era muito grande, afinal éramos só melhores amigos.

Acordamos juntos com aquele relógio barulhento daquele quarto, na manhã de terça-feira.
- Se você não comprar outro relógio, eu juro que nunca mais eu durmo aqui. - Demi disse de maneira divertida.
- Eu prometo comprar, mas você tem que me prometer que vai dormir aqui essa noite.
- Prometo, Joe.
Eu estava ficando dependente da Demi.

Continua...

Oi meninas, desculpem por demorar!
Obrigada pelos comentários!
Hei, não esqueçam de comentar, eu quero postar mais capítulos para vocês, ok?


sábado, 10 de novembro de 2012

Capítulo 13, Capítulo 14 e Capítulo 15:


Demi Lovato
No dia seguinte, domingo...

Eu tinha até me esquecido de ligar para Joe, ele ia me matar. Nem sei porque lembrei dele nesse momento, mas lembrei. Como será que foi o pedido de casamento dele na sexta-feira? Liguei para ele, mas ele não me atendeu...
- Que foi, Demi?
- Joe não me atende!
- Ah, esquece o Joe, docinho. Temos tanto o que fazer hoje.
- Eu sinto que eu preciso falar com ele.
- Docinho, ele deve estar com noiva dele agora dormindo e você aí se preocupando à toa.
- Vou tentar só mais uma vez, ok?
- Então tenta mais tarde, pode ser? Agora, eu quero te levar num lugar maravilhoso que eu fiquei sabendo que tem e não é longe daqui, deve ser uma hora de distância só.
- Tudo bem, pode indo pegar o carro que eu vou ao banheiro.
- Ótimo. – Wil me deu um selinho e saiu do quarto de hotel. Tentei ligar para Joe mais uma vez e não consegui e quando achei que ele tinha atendido, foi a secretária.
- Olá, aqui é Joseph, provavelmente não estou em casa ou eu e Ash não queremos atender agora. Sabe como é, né? Deixe sua mensagem após o sinal, se for importante eu retorno. - ouvi um sinal.
- Joe, eu preciso falar com você. Eu sei que deve estar ocupado agora, mas assim que puder você me liga? Estou preocupada com você e... Me desculpa não ter te ligado. Te amo, beijos! Já sinto a sua falta. – fiz a voz mais chorosa que poderia para que ele pudesse me ligar.
Depois desci para o saguão do hotel.
- Nossa demorou, sabia?
- Desculpa, eu aproveitei para passar um batonzinho...
- Que batom?
- Eu não achei e para você não ficar me esperando, eu desci.

Wilmer me mostrou o lugar que ele queria e ele era lindo. Como ele mesmo havia dito, não era longe. Só que minha mente ficava em Joe o tempo todo, será que estava tudo bem com ele?
- Aqui é lindo! – Wilmer disse.
- Realmente, é perfeito!
- Docinho, você e essa cabecinha longe! Será que pode esquecer toda a nossa briga de sexta-feira e se focar na viagem? Eu sei que é um pouco difícil esquecer, mas tente não lembrar. Eu sei que sempre quis estar aqui, mas... Não estraga pensando nisso.
- Eu não estava pensando nisso. Estava pensando em Joe.
- Em Joe?
- É, estou preocupada com ele. Ele sempre atende ao telefone.
- Já disse para esquece-lo!
Ignorei meu noivo insensível e observei a cena. Era um lugar bem romântico, se ele se importasse comigo estaria me abraçando e dizendo com calma que tudo que eu estava pensando era uma bobeira, que logo Joe iria me ligar, iria me beijar, dizer que me ama, mas... Ele não fez nada disso. Isso me fez pensar que eu tinha certeza: Wilmer tinha outra e estava prestes a me largar.  Eu tinha que ser forte!

Voltamos para o hotel, já eram quatro da tarde.
- Demi, eu vou tomar banho, ok? Tente ligar para Joe e vai ver que era bobeira sua. – Wilmer disse de uma maneira irônica e prepotente que eu não gostei nem um pouquinho, mas eu o fiz. Liguei para Joe. Afinal, meus pressentimentos não eram bons.
- Alô. - finalmente Joe atendeu  o telefone, tinha a voz grossa.  Sabia que algo tinha acontecido!
- Joe, o que houve? – fui bem direta.
- Eu me... Estou me sentindo um lixo.
- Joe, me explique, por favor.
- Terminei com Ashley, Demi. – ele parou um pouco. Para mim, estava tentando controlar o choro. - Ela me traiu, ela me traia!
- Como... Como você descobriu?
- Eu a vi com outro na nossa casa ,Demi.
- Que vaca! - sussurrei.- Joe, fique calmo. Fique tranquilo, Joe... Eu... - antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, Joe desligou o telefone. Conhecendo-o bem, ele estava chorando e para eu não perceber, ele desligou.
Tinha medo que ele fizesse algo que comprometesse a saúde dele ou até se matar.
- Wilmer, precisamos ir!
- Ir para onde? Embora? Por quê?
- Joe precisa da minha ajuda e eu não posso ficar aqui de braços cruzados.
- Eu não vou cancelar a NOSSA viagem, só porque o SEU melhor amigo esta precisando de VOCÊ. – Wilmer estava visivelmente nervoso.
- Ótimo, eu vou sozinha!
- Não.
- Acha que é quem?
- O seu noivo.
- É mesmo meu noivo? Ou é apenas meu namorado? – disse me lembrando de todas as vezes que ele só dizia que eu era sua namorada. – Eu não tenho tempo para discutir agora, eu vou voltar.
- A cada dia você fica mais parecida com a Ge...
- Com quem?
- Com ninguém, DEMETRIA! – Wilmer disse furioso, começou a arrumar suas coisas também.
- Não quero que vá!
- Mas eu vou! – Terminamos de arrumar tudo em silêncio. Wilmer sabia que eu não mudaria nada.
Depois de tomar um banho rápido, me arrumei e fomos para o aeroporto. Wilmer conseguiu, por um milagre talvez, passagens de última hora. Durante o voo ficamos em silêncio, na verdade eu fiquei em silêncio. Wilmer havia gritado comigo e, eu ODEIO que gritem comigo, ele vai precisar de muito para me pedir desculpas. Dessa vez flores e sexo não vão mudar isso.
- Me deixe na casa de Joe. – disse a Wilmer assim que entramos em casa.
- Não. Vamos para casa, precisamos conversar.
- Não precisamos conversar, eu não quero conversar. Só quero ir à casa de Joe.
- Não vou te levar para lá.
- Então, saia do carro!
- O quê?
- Este carro é meu. Saia do carro, eu tenho pressa. – Já eram dez da noite e Joe estava sofrendo há muito tempo sozinho, ele precisa de mim.
- Você só pode estar brincando!
- Não estou, eu estou falando sério.
- Tudo bem, Demi! Vamos fazer assim: me deixe na sua casa para que eu possa pegar o meu carro e depois faça o que quiser com o seu carro.
Eu sei que estava sendo totalmente infantil com esse negocio de “meu” e “seu”, mas eu tinha que tentar impor alguma coisa.
Capítulo 14:
Joe Jonas
  O domingo inteiro e eu estava no mesmo lugar bebendo desde ontem. Depois da garrafa de vinho, busquei outras. Só não me pergunte quais, pois eu não conhecia nem a metade.
Dormi na sala mesmo e nem havia tomado banho ainda... Eu queria que aquela dor acabasse e que tudo só fizesse parte de um pesadelo.
A campainha tocou e eu nem me importei, pode ser o entregador, ou... Algum vizinho chato. Por fim a campainha parou de tocar, foi quando eu vi o reflexo da Demi na janela.
Eu devia estar muito bêbado, pois Demi estava numa viagem com o panaca do noivo. Levantei com muito dificuldade, abri a porta e me sentei de novo e... Não vi, ou não me lembro de muita coisa. Posso descrever algumas coisas, como água – muito - gelada caindo sobre mim e uma cama macia mais nada.

No dia seguinte, uma forte dor de cabeça começou assim que eu abri os meus olhos. Só sei que Demi estava na minha frente, com uma caneca na mão.
- Vou fechar a janela para você. Deve estar com dor de cabeça, não é?
- É. - foi só o que eu disse. Demi fechou as janelas e, de alguma forma eu conseguia abrir os olhos.
- Não devia beber desse jeito. – me entregou o copo com algo fervendo e amargo.
- O que tem aqui?
- Um café bem forte para levantar os ânimos e tentar voltar o seu sangue ao normal.
- Não lembro de você entrando...
- Dê graças a Deus que eu vim, tá? Você teria morrido de coma alcoólico. - Demi riu.- Brincadeira. Eu cheguei ontem à noite e você abriu a porta para mim. Estava completamente bêbado, não me espanto que não se lembre de muita coisa. Ah, espero que não tenha gastado muito dinheiro com aquelas bebidas porque eu joguei fora as que você não tomou.
- Era a única coisa que me confortava.
- Agora eu estou aqui e não precisa de bebida nenhuma. E por falar nisso, não me disse o que aconteceu.
- Ashley me traia desde quando começamos o namoro, ela e o amante só queriam o meu dinheiro. Sábado eu tive uma emergência e fui trabalhar e quando cheguei a vi com ele nessa cama. – disse me levantando, quando percebi que estava no mesmo local que eles.
- Joe, vá tomar um banho. Daqui a pouco a comida vai chegar.
- Comida?
- Já está na hora de almoçar.
Durante o almoço contei tudo a Demi ela estava um pouco triste com o que aconteceu, mas ela parecia estar triste com mais alguma coisa.
- ... E foi isso.
- Joe, acho que agiu certo em jogar as coisas dela. Pelo menos isso explica uma blusa na sua entrada. Será que tem mais coisas dela por aí?
- Não sei, Demi. Esqueci completamente da imobiliária.
- Você não vai trabalhar hoje. Liguei para Divina e disse que estava doente e que eu ia ficar para resolvermos assuntos daqui mesmo, mas se não tiver em condições a gente nem precisa falar na imobiliária.
- É melhor trabalharmos.
- Assim que se fala, Joe!

Passamos o resto da tarde discutindo e analisando tabelas. Demi sabia, quer dizer, ela sempre sabe o que é bom e melhor para mim. Ela mesma não tinha cabeça para analisar nada daquilo, mesmo assim ela tentou.
Fechei o notebook que ela tinha em mãos. – O que houve?
- Nada.
- Você não me engana.
- Eu sei... Cansei de tentar, né? Wilmer e eu brigamos.
- E...
- E que eu não sei mais se devo continuar. Vou dizer a ele que ou nos casamos, ou fim... De tudo.
- Concordo com você. – Eu não sabia se o que Ashley disse era verdade, pois eram só as palavras dela, mas com isso Demi saberia a verdade.- Se o amor é o que une vocês, se não há mentiras ficarão feliz juntos.
- É aí que mora o problema. Wilmer tem algum tipo de segredo, que não pode me contar disse que iria me contar na hora certa e que iríamos nos casar.
- Insista no casamento e deixe bem claro sua posição. Casamento ou nada. É o mesmo do que a Verdade ou o Fim.

Eram quase cinco da tarde...
- Joe, eu preciso ir!
- Demi, será que pode ficar? Não quero ficar aqui sozinho, essa casa me lembra dela e... Com você aqui eu esqueço de tudo.
- Tudo bem, então. Bem, vou passar em casa e pegar algumas coisas, pode ser?
- Claro! Posso ir com você?
- Pode.

Quando entramos no carro da Demi, eu vi uma mala lá. Logo lembrei da viagem, que eu com certeza estraguei.
- Desculpe ter estragado sua viagem.
- Íamos embora ontem mesmo, só adiantamos um pouco, Joe. Não se preocupe. Sem contar que nessa viagem, Wilmer e eu brigamos mais que tudo. Não foi uma viagem boa, sabe?

Chegamos em frente ao prédio da Demi.
- Te espero aqui, não demora, tá? – disse a ela.
- Tudo bem.
Saí do carro para respirar um pouco, mas não saí de perto do carro. Quando olhei para cima, a luz do apartamento de Demi estava acesa e Demi tinha acabado de subir. Será que ela esqueceu acesa esse tempo todo?
Ignorei esse episódio e passei a observar a rua.
 Capítulo 15:
Demi Lovato

Quando cheguei ao meu andar, vi a luz acesa por debaixo da minha porta. Será que eu esqueci acesa ou alguém entrou? Logo me lembrei de Wilmer, ele tinha vindo aqui ontem à noite.
Abri a porta e escutei um barulho de vidro se quebrando, levei um susto, mas Wilmer saiu da cozinha esbravejando.
- O que faz aqui? – perguntei.
- Demetria, eu liguei para você um milhão de vezes e você não me atendeu. - ele estava bravo.- Liguei no seu trabalho e aquela mala da sua secretária me disse que não tinha ido trabalhar.
- Wilmer, que bom que você está aqui. Precisamos conversar.
- Agora quer terminar? Por acaso está arrependida de ter transado com Joseph?
- Ah, eu não transei com ninguém!
- Pare de mentir.
- Pare você de inventar coisas, Wilmer. Não aguento mais! Não quero terminar.
- Então, o que é?
- Vou ser bem clara: ou marcamos a data do casamento, ou o fim é agora.
- O quê?
- É isso mesmo que você ouviu! Olha, eu não sei como se sente em relação a tudo isso, mas o tempo está passando e... Eu quero ter uma família, quero ter filhos e leva-los a escola, ter um marido para quando eu chegar em casa poder me chamar de meu amor, entende? Essa vida de namorada, eu não quero mais. Wilmer.
- Demi, você não pode... Demi!
- É isso e ponto.
- Tudo bem, me dê um tempo para pensar.
- Pensar em que?
- Demi, não é uma coisa simples. Precisamos...
- Com licença.

Fui para o meu quarto arrumei minhas coisas para dormir na casa de Joseph.
 - Onde vai com isso?
- Não interessa! Você não queria pensar? Então pense. – saí de lá furiosa.

Quando desci, Joe me olhou curiosa.
- O que houve? – perguntou.
- Wilmer estava lá e eu disse a ele o que queria. – entrei no carro, logo depois Joe entrou também.
- E ele?
- Disse que ia pensar.
- Pensar?
- Eu sei, Joe. Já estou dando isso como o fim. Foram dez anos da minha vida jogados fora.
- Tente pensar nas coisas boas, Demi.
Realmente Wilmer e eu tivemos muitos momentos bons, mas queria passar muitos desses momentos juntos, como uma família de verdade. Queria poder ter outros momentos com ele, como um filho, por exemplo.
Pensar em tudo isso me deixava muito triste.

Depois que chegamos na casa do Joe, eu fui tomar banho e como costumam dizer por aí: é lá que temos as melhores ideias. Eu tinha que ocupar a minha cabeça com alguma coisa. Quando terminei coloquei meu plano em prática sem Joe saber.

Na hora do jantar, Joe me revelou uma coisa.
- Ashley disse que nunca cozinhou, detesta cozinhar e comprava sempre as comidas.
- Jura? Me diz, então, o que ela tinha de bom?
- Nada, Demi. Ela me enganou esse tempo todo. Eu fui um completo idiota mesmo. Fiz tantas coisas para ela. Demi, eu ia pedi-la em casamento no sábado e quando cheguei ela estava com outro. Sabe, eu... Acho que eu não merecia isso.
- Claro que não, Joe.
- Eu tinha tantos planos para nós. Já estava planejando onde seria nossa lua-de-mel e até o nome dos nossos filhos eu já tinha em mente. Tudo nela era mentira e agora fico me perguntando se o nome dela era Ashley  mesmo.
Foi a primeira vez que Joe se abriu para mim sem chorar. Ele estava contando tudo, em seus olhos eu podia ver a tristeza e mágoa, mas ele parecia bem. Falava dela com ódio e ao mesmo tempo pena, só não sei é dela ou dele.
- Joe, eu acho que você não foi idiota, pode até se sentir com um agora, mas qualquer um teria caído nessa armadilha. Porque foi isso que ela fez, ela fez uma armadilha muito boa, Joe.
- Demi, posso te pedir uma coisa?
- Se eu puder fazer, eu faço.
- Quando Wilmer te disser se aceita ou não o casamento, e se a resposta for não, peço que investigue por que?
- Por que está me pedindo isso, Joe? Por acaso, você sabe de alguma coisa?
- Não, quer dizer sim, mas ... Eu não sei se é verdade, Demi. Eu não quero que saiba por mim. É uma coisa muito grave, mas eu não quero contar, pois não tenho provas.
- Joe, se é grave você tem que me contar.
- Se Wilmer aceitar, isso é mentira e eu não vou contar e se ele não aceitar, vocês vão separar mesmo e eu te conto, mas me prometa que não vai fazer nenhuma besteira?
- Prometo.
Eu fiquei com medo. Bem, pelo jeito como o Joe disse, alguma coisa me aguardava e eu não estava preparada. Várias coisas passaram pela minha cabeça, o que já imaginava e até o que nem passava pela minha cabeça.

 Continua...


Como o prometido, está aqui os três capítulos!
Girls, obrigada pelos oito comentários, eu amei cada um e perdoou os palavrões escritos, uma vez que eles foram com um destino que eu amei (para Ashley ksksk) Continuem comentando que eu tenho certeza que vão amar cada dia mais!
Bom, minha editora mandou que eu postasse até o vinte, então... eu prometo fazer isso o mais rápido que pudermos se vocês comentarem, como uma troca, sabe? Eu posto e escrevo e vocês comentam. Certo?
O que posso dizer para atiçar a curiosidade de vocês?
Bom, muita coisa ruim vai acontecer e isso vai fazer uma coisa boa surgir. Quem souber o que é comenta, menos a amiga.
Beijos....s2