domingo, 24 de março de 2013

Capítulo 50: (penúltimo)



Joe Jonas
Acordei Demi aos beijos.
- Eu te amo. - Ouvi as três palavras que eu mais queria ouvir em toda a minha vida.
- Ama mesmo? – perguntei olhando profundamente em seus olhos, queria saber se era verdade, ou coisa de momento.
- Eu preciso ir ao banheiro e tomar um banho. Precisamos buscar Selly lembra? – disse Demi, com sua capacidade de mudar de assunto rapidamente.
Eu soube que ela não queria falar sobre isso, mas será que ela sente algo por mim? Ou era só charminho dela e não quis dizer?

Ficamos mais de horas na casa de Selly conversando com eles. Estava muito agradável, falávamos de todos os assuntos, até sobre a faculdade de Arthur, o que era engraçado, já que o menino tem apenas dois dias de vida.
Miley e Liam estavam radiantes porque teriam um bebê, só eu e Demi que ficamos a ver navios. Ri com o pensamento.
Não que não fôssemos nunca ter um filho, mas não éramos nada para ter um bebê e teríamos que ter alguma coisa. Logo percebi que estava faltando atitude da minha parte.
Hoje ela disse que me amava e se minha Demi disse que me amava é porque ela me amava. Se não quisesse ficar comigo, nunca teríamos dormido duas noites seguidas juntos.
Eu a amo e a quero para sempre minha.

Desde aquele dia do nascimento de Arthur que Demi e eu ficamos juntos, não nos desgrudamos. Eu havia acabado de sair da casa dela, mas sentia-me incompleto e cheio de saudades dela, sentia o seu cheiro e ainda o seu gosto, mas não era o mesmo que estar com ela.
 Tudo que planejara dizer a ela naquela noite, não consegui dizer nem naquele dia e nem em qualquer outro. Já havia passado três semanas depois daquela vez e eu não tive coragem, ou quem sabe, tive medo. Medo de perdê-la de novo.
Depois de um banho demorado, eu tive uma ideia para dizer a minha princesa tudo o que eu sinto por ela.
Estava atrasado para busca-la em sua casa para vermos o bebê de Selly, então faria no caminho. No carro eu formulava as frases de minha declaração e quando parava no sinal vermelho, escrevia uma mensagem em meu celular.
Em frente ao prédio de Demi estava cheio de carros estacionados, parecia que tinha alguma espécie de festa em uma casa ao lado. Tive que estacionar um pouco longe, mais um ponto positivo a meu favor.
No caminho eu fui digitando. Estava terminando, passei na padaria que tinha ali perto e comprei um pão com doce de leite dentro, o moço me disse que se chama “sonho”, o nome eu realmente não sabia. Só sabia que minha princesa ama esse pão - se é que ele pode ser considerado pão.
Segurava o pacotinho com cuidado em uma mão, enquanto a outra eu segurava meu celular. Quando terminei de ler e considerei uma ótima declaração, mas como sempre os mocinhos da história sempre demoram para ter um final feliz... Algo aconteceu. Algo, não! Eu fui roubado! Ele roubou meu celular, roubou minha declaração! Roubou meu amor!
Foi tão rápido que eu não vi para onde aquela garotinha de aproximadamente quinze anos carregou meu celular. Fiquei chocado e olhava para os lados, quem sabe alguém me ajudava.
Ela estava com o meu amor escrito, porém a vizinhança de Demi sempre fora meio lerda. Tinha pessoas do lado de fora e, com certeza, viram, entretanto ninguém se  mexeu, ninguém quis segurar a garota.
Logo me lembrei de Demi ter me dito que já fora roubada naquela rua outra vez, tinha também me alertado sobre não andar com o celular, chave de carro ou qualquer item de valor nas mãos. Como eu me lembraria disso se eu só queria terminar de me declarar com as palavras?
Cheguei ao apartamento de Demi com as mãos vazias, me senti um inútil! Nem um tipo de declaração eu conseguiria fazer? Toquei a campainha, mas ainda estava transtornado.
- Joe, o que houve? – perguntou quando me viu suando por ter corrido atrás da pequena ladra.
- Meu amor. Ela roubou.
- O que? – perguntou, ela não estava entendendo. Será que eu não estava me fazendo entender?
- Eu escrevi tudo, mas ela passou rápido e não deu para eu pegá-la. Ela acabou levando meu amor escrito, levou tudo que eu tinha escrito para você. Estava tão perfeito, eu jamais vou saber escrever aquilo de novo. Escrevi o que sentia por você, escrevi até sobre meu coração que acelera quando te vê. Escrevi que te amo e sinto sua falta ao meu lado, que não sei viver sem você por perto, que sinto ciúme quando qualquer outro homem chega um metro mais perto de você. Que eu te amo como nunca amei outra mulher na minha vida, que preciso de você como minha namorada, esposa. Eu não vou conseguir escrever tudo isso de novo... Me perdoa por ser um idiota que não sabe... – Demi me beijou. Estávamos os dois em pé no meio da sala dela, eu estava falando o quanto fui um idiota por ter perdido o meu amor escrito a ela e ela simplesmente me beija.
Claro, eu estava tão transtornado de a garota ter roubado a minha declaração que não percebi que estava dizendo frente a frente, olho no olho, tudo o que sentia. Ela não é burra e conseguiu entender, por isso me beijou. Ela sente o mesmo por mim.
- Seu burro! Quantas vezes eu te disse para não andar com celular na mão assim? – ela brigou quando eu contei, agora com detalhes, o que aconteceu.
- Eu estava concentrado demais para me lembrar disso.
O celular de Demi tocou na estante, ela levantou calmamente e o pegou. Ainda parada e observando o celular, olhou para mim e sorriu. Continuou olhando o celular, parecia que lia algo, ela cada vez mais ria largamente até que seus olhos começaram a ficar marejados e ela abaixou o celular.
- Eu também te amo e não sei viver sem você, Joe. – pelo menos ela tinha mais coragem do que eu. – Eu recebi a sua mensagem. – ela virou o celular para mim. – Eu também não fui justa com você quando vim embora de sua casa, me perdoa por ter sido uma estúpida e não ter percebido que me amava. Me desculpa por ter te feito sofrer. Eu te amo e não quero ficar sem você mais nem um minuto! – ela me beijou. Ou melhor, nós nos beijamos. Sério, esse beijo foi bem melhor que os outros.
- Demi, quer... Quer... Ser... Minha... Namorada? – perguntei franzindo o rosto, com medo da resposta.
- Eu quero ser mais do que sua namorada, Joe. Eu quero ser toda sua! – ela disse e eu a beijei.
Acho que vamos nos atrasar para ver o pequeno Arthur ...
Chegamos à casa de Selly, ela estava com Arthur no colo dando mamá. Assim que entramos todos olharam para nós, estávamos de mãos dadas. Nick e Liam não perceberam, mas Mi e Selly logo disseram.
- Finalmente se acertaram! – contentes. Claro.
Isso, finalmente nos acertamos.

Dois corações que se machucaram muito, mas que agora estavam mais do que felizes juntos.

Um tempo passou e eu pedi Demi em casamento. Com outro anel, que dessa vez eu escolhi... Sozinho. Tudo bem, tive a ajuda da vendedora, mas eu que dei a palavra final! O mais importante é que Demi amou.
- Está fazendo o que? – perguntei para Demi que estava no banheiro. Eu sei, pergunta estranha, mas desde que estávamos juntos mal fechávamos a porta do banheiro e ela estava sozinha antes de eu chegar.
- Joe, por que quer saber o que eu estou fazendo? Estou no banheiro. O que acha que eu estou fazendo?
- Princesa, eu preciso te contar uma coisa, você vai demorar?
- Não, Joe!
Era impressão minha ou Demi estava nervosa, de novo? Há um tempo eu tenho notado que ela estava estranha. O humor então? Talvez fosse TPM, mas estava demorando para acabar.
- Pronto. – ela saiu do banheiro, como eu suspeitava, estava brava.
- Lembra daquela casa que ficou para a gente vender uma vez?
- Joe, já vendemos tantas casas!
- Não, Demi, aquela casa.
- Por favor, seja mais específico! – ela estava quase gritando.
- Aquela casa que você gostou e que disse que gostaria de ficar com ela, tinha um jardim maravilhoso e...
- Sim, agora estou lembrando... Você a vendeu tem quase seis meses, Joe.
- É essa mesmo e os compradores aceitaram vender a casa de novo...
- Por quê?
- Porque eu a pedi, para nós!
- Eu não acredito, Joe! Essa casa é linda!
- E é nossa! - nos beijamos para comemorar.
 - Joe, eu preciso te contar uma coisa. – ela disse de um jeito que a conversa devia ser séria, mas estava sorrindo. – Eu estava... – meu telefone tocou, eu ignorei a chamada e prestei atenção nela. – Bom, há um tempo eu estava... – meu telefone tocou de novo. – Parece importante, pode atender. – ela disse e saiu de perto de mim, me dando privacidade para falar a vontade.
Não era nada interessante, era só Nick me falando o quanto era estressante ser pai. Ele ficou horas contando as últimas do Arthur.
Nosso casamento estava chegando e Demi estava ficando mais estressada, faltava apenas uma semana. Ela tinha que fazer provas de vestidos, saber se o bolo daria para todo mundo e tinha a igreja e tudo mais. O que diferenciava a Demi das outras noivas, era que ela estava sem a ajuda da mãe e familiares, então chamei minha mãe para ajuda-la, quem sabe assim ela fica mais calma?





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Oie, amores!
Espero que tenham gostado de " Amor Autêntico ". Escrevi com muito carinho e gostaria que registrassem o que acharam.
Posso contar com isso?
Amos vocês <3