sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Capítulo 16: Amor Autentico



- Dougie me apresentou a mãe de sua filha, a mulher é louca por ele, chegou a me ameaçar dizendo que ele era dela. Ele dormiu na casa dela, ou melhor, com ela.
- Dormiu no sentido de...
- Sim, ele transou com a mãe da filha dele enquanto eu o esperava no hotel. Não é maravilhoso isso? O pior é que ele teve coragem de mentir. Primeiro fingiu que nada aconteceu e depois que eu perguntei ele começou a mentir.

Aquele dia passou normalmente, Demi não se deixou abater só pelo que Dougie tinha feito. Não o amava, mas mesmo assim sentia-se magoada pelo que ele fez a ela.
Recebeu uma mensagem dele dizendo que já estava na cidade, estava em casa e que queria conversar com ela. Demi nem se deu ao trabalho de responder, não o perdoaria por tê-la traído daquela maneira.

Quando passavas das duas da tarde, Jenny foi à sala de Demi.
- Senhora Demi, Doutor Joseph está aí e deseja falar com você. Disse que é algo importante.
- Sim, eu que marquei um horário com ele, mas para amanhã e não hoje. Pode pedir para ele entrar.
Um tempo depois...
- Desculpa, Demi. Eu sei que eu tinha marcado com você amanhã, mas um cliente muito importante pediu aquele horário e como eu soube que já estava de volta, eu passei aqui. Tem algum problema?
- Não, mas não sei o motivo desse encontro ainda.
- Bom, eu estava com algumas ideias, mas não queria esperar até a reunião geral para mostrar a você. Liam está por dentro de todo o assunto e ele que pediu que eu falasse com você.  – Joe disse todo empolgado e entregando os documentos à Demi. Ela lia o papel enquanto Joe estava sentado em sua frente. Estava difícil ter uma concentração com ele mantendo os olhos nela daquele jeito, Demi pensava.
Joe não estava só esperando uma resposta dela, também aproveitava para admira-la. Há muito tempo não podia olhá-la daquela forma, Joe estava mais do que apaixonada pela ex-mulher.
- Bom, Joe... Adorei a ideia inicial, eu acho que deve com...
- Demi! - Dougie entrou na sala dela sem ar. – Eu sei que deve estar querendo me matar, ou melhor, deve ter vontade de me mandar à China, mas me perdoa...? Eu estava inconsciente de meus atos. Não lembro o que aconteceu, eu só me lembro de acordar lá.. Eu juro que...
- Cala a boca, Poynter! Eu te perdoo, só que não é hora para conversarmos. Eu estou trabalhando.
Demi não queria ter feito aquilo, primeiro: ela não queria que Joe soubesse que Dougie tinha pisado na bola com ela, depois não queria tê-lo perdoado, mas o fez, porque Joe estava perto.
Dougie, sem pensar, foi perto de Demi e a beijou na frente de Joe. Talvez para provoca-lo ou só fez por alegria de ter sido perdoado.
Joe queria sair dali o mais rápido que podia, mas precisava da resposta de Demi antes de voltar ao trabalho. Não queria ter visto aquela cena, não queria ter visto o que viu, mas não podia simplesmente ir embora. Ele sabia que Demi tomaria providências.
- Dougie, eu estou trabalhando.
- Desculpe. - Poynter saiu sorridente da sala de Demi.
- Desculpe-me Joe... Não sei o que deu nesse homem!
- Quando estamos apaixonados não pensamos nos nossos atos. Somos capazes de tudo.
- O que eu estava dizendo é que essa ideia é muito boa e que podem colocar em prática quando quiserem. É só me avisar todos os passos, não precisa da minha aprovação.
- O problema é que Liam me disse que você tem muitos contatos. E queríamos a sua ajuda para pedir um apoio.
- Um patrocínio?
- Sim, bom, não sei se percebeu, mas não temos condições de bancar nada de graça.
- Claro, eu posso falar com eles. Inclusive alguns me devem favores. Vai ser moleza!
- Bom, era só isso que eu tinha que falar com você.
- Joe, conseguiu pegar o caso da mulher que foi agredida?
- Sim, é mais difícil do que eu pensei... Ela está querendo perdoa-lo. Se ela fizer isso, não vamos garantir o nosso objetivo.
-Entendo. Você estava na televisão semana passada. – Demi queria dizer que ele estava bonito, mas não conseguiu.
- Eu até recebi alguns e-mail com isso. Alguns um tanto agressivos, pois envolvia nudismo, mas eu estou bem. Sobrevivo até o fim desse caso.
- Quem sabe... Arranjar uma namorada? - Só Demi sabia o quanto doía dizer aquilo.
- Pena que a pessoa que eu quero, não tem olhos para mim. – Joe disse olhando profundamente para Demi, esperando algum tipo de sinal vindo dela, mas Demi desviou o olhar do dele. – Bom, preciso ir. Liam está mais ansioso do que eu para conseguir esse projeto e saber do caso.

E assim passaram a semana muito bem. Demi levou adiante a ideia de deixar tudo como estava em relação ao Dougie, mas estava tratando-o com indiferença. Não ligava mais para ele e não tomava nenhuma iniciativa.
Quase quatro meses se passaram arrastado, no último mês muita chuva e muito frio.
Era por volta das seis da tarde quando Demi chegou em casa, dessa vez, foi a primeira a sair. Estava muito cansada. Essa coisa de ficar trabalhando feito louca para dirigir as duas empresas acabava com ela.

Assim que terminou seu banho, o telefone tocou. Demi imaginava que era Dougie e já estava pronta para dizer não quando ele pedisse para passar a noite com ela.
- Alô!
- Oh, que bom que me atendeu, Demi. É Denise.
- Oi, Denise. Quanto tempo que não me liga! Amei o doce que me mandou, estava muito bom. Obrigada.
- De nada, sabe, eu sei que eu quase nunca te ligo, mas eu preciso de um favor seu. Liguei para Joe e ele não está nada bem.  O pior é que ele não me diz o que tem e eu estou cuidando do meu marido, ele está doente também. Não posso ir hoje para aí, será que pode dar uma olhada nele?
- Dona Denise, eu...
- Sei que estou atrapalhando, mas Joseph só vai aceitar a sua ajuda.
- Tudo bem, me dê o endereço. - Não era nada fácil para Demi aceitar um desafio desse, mas nunca negou nada para Denise e, aos seus olhos, ir lá não ia fazer mal, ou ia?
Demi saiu depressa de casa.
Dougie poderia ligar a qualquer momento ou até mesmo aparecer lá, e como ela diria que vai à casa de seu ex-marido? Seria um pouco estranho. Então ela só mandou uma mensagem dizendo que não estava em casa e que ia demorar a chegar; geralmente quando mandava mensagens assim, Dougie não ligava de volta.

Assim que Demi chegou ao prédio que era do apartamento do Joe, subiu sem problemas. Ninguém a abordou na entrada, o que a fez pensar se esse prédio era seguro. O apartamento de Joe era o novecentos e nove, era no último andar.
No elevador, Demi ficou pensando no que dizer a ele quando chegasse. Ela nunca havia ficado tão nervosa para encontrar alguém doente como estava.
Apertou a campainha e de lá de fora ela pôde ouvir o espirro alto que Joe deu e a tosse em seguida.
Quando ele abriu a porta, sua expressão de doente cansado era bem visível. O nariz estava vermelho, os olhos caídos e também vermelhos eram um sinal claro de gripe. Uma gripe bem brava.
Demi olhou todo o corpo de Joe, percebeu que ele tinha os pés descalços.
- Joe, você não está nada bem! – Ela disse visivelmente brava.
- Como descobriu meu endereço? – Joe não conseguia pensar em nada, não porque estava doente, mas por ter Demi bem em sua frente fora do ambiente de trabalho.
- Posso entrar ou vamos bater papo aqui fora mesmo?
- Desculpe. – Joe deu passagem para que Demi pudesse passar. – Eu não estou muito bem mesmo. Acho que é uma gripe!
- Sua mãe me ligou, disse para eu vir ajudar você, porque ela está cuidando de seu pai e não pode vir.
- Oh, sim.... Ela me disse que arrumaria um jeito de me ajudar, mas eu não imaginava que o jeito seria tão bom. - Demi largou a balsa no sofá e levou Joe até a porta que ela achava que seria o quarto dele.
- Pronto, agora deite aí e não saia até eu mandar, tudo bem?
- Sim, senhora! – Joe disse com a voz fraca.

Demi voltou para a cozinha e procurou os ingredientes para preparar uma sopa, mas a única coisa que tinha na geladeira era pré-cozidos.
- Joseph, tem que se alimentar melhor. – Demi brigou brava novamente.
- Bom, minha mãe está na casa de minha tia há um mês e o que ela deixou já acabou há um tempo.
- Onde tem um termômetro nessa casa, Joe?
- Acho que eu não tenho termômetro. Da última vez que eu me mudei, perdi muita coisa.
 - Vou ao supermercado e na Drogaria que eu vi aqui perto e daqui a pouco estou de volta. - Demi saiu e voltou para o prédio sem ser abordada novamente.
Foi ao supermercado, aproveitou e foi à farmácia comprou alguns comprimidos e o termômetro para Joe.
 Assim que voltou mediu a temperatura de Joe.

- O que está sentindo? – ela perguntou um pouco preocupada com o corpo quente.
- Estou com dor na cabeça, tossindo muito, meu corpo dói um pouco também...
- E febre. – Demi disse quando consultou o termômetro digital e marca trinta e oito de temperatura. - deu a ele um analgésico para passar as dores e abaixar a febre, depois foi preparar a sopa.
- Obrigado, Demi. Eu já estou me sentindo bem melhor. - Joe disse quando saboreava a sopa quentinha que Demi preparou. - Você já conheceu a Dê?
Demi imaginou que “Dê”, fosse um apelido de alguma namorada de Joe. Se sentiu um pouco sem jeito, pois o que a namorada dele pensaria quando chegasse ali e visse Demi tomando conta da casa?
- Oh, não. Ainda não a conheci.
- Daqui a pouco ela aparece. Deve estar com medo de você.
- Como? – Demi não tinha intendido, como a namorada dele estava com medo dela?
- Dê! – Joe chamou e Demi continuava sem entender. – Olha ela ali! – Joe apontou a gatinha que não era mais um bebê, já era bem grandinha. Dê vinha toda manhosa e pulou na cama de Joe.
- Oh, que gracinha, Joe! - Demi se apressou para pega-la, a gatinha ao sentir o carinho de Demi se aconchegou mais em seu colo.
- Ela é muito mimada. - Joe disse reconhecendo.
- Imagino... – A gatinha possuía um lacinho rosa na cabeça. - Eu sempre quis ter um gatinho.
- Eu sei, mas eu dizia que dava trabalho. Continuo achando que dá trabalho, mas vale a pena. Eles são dóceis. Sem Dê eu ficaria completamente sozinho. Que bom que eu a tenho.
Um tempo depois...
- Por que colocou o nome da gata de “Dê”? – Não pensem que eles só falaram da gatinha. Eles conversaram sobre todos os assuntos possíveis.
- Por que era assim que eu te chamava e gostava de te chamar de “Dê”.
- É muito meigo da sua parte, Joe. – Demi se sentiu estranha depois desse comentário. - Eu preciso ir embora.
- Não, Demi... Fique.


ME DESCULPE PELA DEMORA!
DESCULPE !

MAS EU VOLTEI!

4 comentários:

Oie, amores!
Espero que tenham gostado de " Amor Autêntico ". Escrevi com muito carinho e gostaria que registrassem o que acharam.
Posso contar com isso?
Amos vocês <3