- Sim. – Demi esperou
ansiosa. – A porta está emperrada.
- Impossível, Joe. – Demi
também tentou, mas não teve sucesso. – Vou pedir a Jeany que a empurre. – Demi
ficou no telefone, ligando para sua secretaria, mas ninguém atendia. Enquanto
Joe tentava abrir a porta. – Que merda!
- Vai começar? Eu sei que
está nervosa, mas não vai ajudar falando palavrões. Me diz, por que toda vez
que fica nervosa tem que dizer “merda”?
- Joe, não é hora para
isso! Seja homem e empurra essa porta. Não deve ser tão difícil, ou esses
músculos são só fachada?
- Anda reparando, Demi. –
Demi estava nervosa e quando ficava nervosa, não pensava muito no que dizer.
- Vou ligar para Selly! –
pegou o telefone e discou. – Selly, estamos presos na minha sala. Quer chamar
alguém para abrir essa porta que o palerma do Joe não serve para nada.
- Está presa com o Joe? –
Selena riu.
- Por favor, peça alguém
que venha abrir essa porta? – Demi desligou.
- Desisto, Demi! Essa porta
é muito forte. Ela nem se meche.
- É desculpa sua, seu
fracote!
- Não sou fracote! Pare de
me ofender só porque está nervosa.
Demi se calou. Sabia que se
disse algo poderia se arrepender, estava nervosa demais para pensar em alguma
coisa. A ideia de ficar presa com Joe em sua sala não era as melhores. Sem
contar que tinha que receber a vista do homem das flores.
Alguns minutos se passou
que Selly foi procurar ajuda. Demi e Joe sentaram no sofá para esperar. Já
fazia quase três horas que ninguém fazia nada para tira-los dali. A porta
parecia que tinha colado no chão. Já era hora do almoço, estavam com fome.
- Acho que o doce da sua
mãe vai nos manter vivos. – Demi disse pegando o pote que estava sobre a mesa.
Pediu Joe que abrisse e depois degustou com o dedo oferendo a ele.
- Minha mãe gosta muito de
você, Demi.
- Eu também gosto muito
dela.
- Ela ainda está aqui. Ela
veio organizar a minha casa.
- Não acredito que ainda
não aprendeu a organizar tudo sozinho.
- Não. – ele riu. – Também
não tenho ninguém que faça por mim. – ele disse e o que Demi entendeu foi “ Não
sou casado”- Só a minha mãe.
- Pelo menos, você tem mãe.
- Seus pais...
- Não, Joe, e eu também não
quero vê-los tão cedo. Não faço ideia de onde estão. Eles não sabem que nos
separamos.
- Não, desculpe, mas eu
morei lá um tempo com meus pais e eles acabaram sabendo. Eu tive com eles
muitas vezes, eles estão...
- Joe, não quero que me
fale dos meus pais.
- Minha família quase me
matou quando soube.
- Deviam ter te matado. –
ela riu.
- Eles gostam mais de você
do que de mim.
- Joe, desculpe, mas você
fala como se nós tivéssemos separado por uma coisa boba, só porque descobrimos
que não nos amamos. Foi mais sério que isso.
- Eu sei. Eu não esqueci.
Se pensa que eu não me sei que o que eu fiz foi horrível. Eu estava cego de
amores por Ashley, por isso fiz aquilo. Quando descobri que na verdade amava
você e não ela, já era tarde... Você já me queria o mais longe possível da sua
vida e com toda a razão. Eu não queria ter me separado naquele dia, mas assinei
o divórcio por que você não me amava mais. – o silencio se fez. Essa era a
primeira vez que conversavam sobre o divórcio depois que se separaram. – Eu me
arrependo, todos os dias e todas as noites do que eu fiz. Se tivesse uma
maneira de me castigar eu já tinha feito.
- Já se castigou o bastante
deixando o seu sonho para trás.
- Meu sonho, agora, não é
mais uma empresa, Demi. Meu sonho agora, é você.
- Joe, por favor, não quero
falar disso. Nossa relação está ótima como está.
- Demi, precisamos jogar
limpo. Precisa saber que eu ainda te amo e eu sei que ainda sente algo por mim.
Não precisa dizer nada.
- Joe, por favor, por acaso está dentro de mim
para saber o que eu sinto? Por acaso, esta comigo vinte e quatro horas?
- Não, Demi, mas eu sei que
a imagem está presente na sua memória. A memória dos nossos beijos e das nossas
noites delirantes, principalmente. Pode dizer, Demi!
- Eu nunca senti falta de
nada disso. – ela estava nervosa e visivelmente tensa. Joe percebia a
quilômetros o nervosismo que ela sentia quando estavam perto, e quando ele
chegava mais perto ainda, ela ficava mais nervosa.
- Não vai me dizer que não
sente falta disso. – Joe estava nervoso parecia querer matar alguém e Demi
estava com medo. Nunca via o Joe daquela forma. Nem quando eram casados ele se
comportava dessa maneira. Ele segurou os braços dela com força, a colocou na
parede e a beijou.
De início o beijo era
violento, ele parecia querer machuca-la, pois Demi não correspondia, mas aos
poucos o beijo foi ficando calmo, pois Demi se entregou e não tinha mais
necessidade de Joe prendê-la daquela maneira, pois ela o abraçou por vontade. O
beijo estava tomando ritmo e os corpos já estavam em chamas, sem pensamentos e
sem necessidade de respirar. Não queriam se desgrudar, estava bom demais. Só
que, infelizmente alguém bateu na porta, quem sabe estranhando o silêncio
repentino que se fazia presente no local trancado.
Demi o afastou com muita
dificuldade, pois queria continuar agarrada a ele e atualizando a mente sobre
aquele beijo maravilhoso que há tempos já queria.
- O que é?
- Estão vivos?
- Muito vivos! – Joe
respondeu sínico. Demi queria mata-lo por ter descoberto seu segredo, que nem
era oculto, e também queria matar o seu corpo por tê-la traído daquela maneira
tão densa.
- Por enquanto! Selly,
chame alguém da segurança e manda arrombar essa porta! Eu só quero sair daqui.
- Essa porta é muito forte,
Demi. Ninguém vai conseguir arromba-la. Miley e Ster foram chamar um chaveiro.
- Vai demorar? Selly, me
tira daqui!
Demi ficou olhando pela
janela, tentando imaginar outras coisa, para não ficar tão nervosa como estava.
Joe chegou perto dela,
queria provocá-la mais e estava conseguindo.
- Sinto sua falta, Demi.-
ela não respondeu. – Às vezes me pego imaginando o nossos momentos juntos. Sei
de tudo que gosta. Lembro-me de tudo como se nunca tivéssemos separados. – O
fato era que Demi também lembrava, lembrava tão nitidamente, e também queria
reviver, mas alguma coisa impedia isso.
- Não vai me dizer que é
você quem fica mandando flores para minha casa todos os dias.
- Não, mas, eu ligo para
você todas as noites, às oito. -Joe disse como se contasse um segredo. – Então,
quem é esse que te manda flores?
- Eu não sei. – Demi sentou
na sua cadeira. - Agora, eu vou trabalhar, espero que não me atrapalhe. – Como
se a presença dele já não fosse atrapalhar. – Pelo menos, eu posso ocupar minha
mente com o meu trabalho e não posso ficar ouvindo as bobagens que você fica
dizendo.
- Bobagens? Não são
bobagens. São verdades.
- Guarde- as para você.
Tudo bem?
- Não posso mais. Ficamos
muito tempo sem nos falar e guardei muito tempo dentro de mim. Quero dividir
com você.
- Você não fez essa porta
emperrar, ou fez?
- Não, claro que não. Não
seria capaz de fazer isso, sei o quanto odeia quando fica trancada em um lugar.
Lembra quando a porta do banheiro travou assim como essa e você gritou como uma
louca até eu arrombar.
- Claro que eu lembro...
Fiquei apavorada. Aquele banheiro estava quente ainda pelo vapor e eu gritava
como louca.
- Ficou quase um ano sem
trancar o banheiro.
- Verdade.
- Lembro como se fosse
ontem: “Joe, me tira daqui” “Eu vou morrer”.
- Para de me imitar, Joe! –
Ela disse rindo.
- Pode voltar a trabalhar,
eu vou descansar aqui... – Joe sentou no sofá e tirou os sapatos, afrouxou a
gravata, o cinto, tirou o paletó e deitou com os braços cruzados.
Demi ficou observando
enquanto ele tinha os olhos fechados. Ela não conseguiria trabalhar, mas
tentaria só para tirar Joe e o beijo de sua cabeça.
E quem disse que Joe
conseguiria dormir, Demi estava perto demais.
Em torno de cinco da tarde,
ainda estavam presos naquela sala. Joe ainda estava deitado no sofá e Demi em
sua mesa. Quando Joe fitou Demi, percebeu que ela olhava o nada. Totalmente sem
concentração.
- Eu sei que foi difícil
para você. Quando descobriu tudo, devia ter vontade de me matar. Mas tente se
lembrar das coisas boas do nosso casamento. O inicio dele, foi muito bom. Não
digo, só pelo sexo, mas por tudo que compartilhamos.
- Eu não entendo. Quando
nos casamos, você ficou um bom tempo, mais de anos, sendo muito gentil comigo,
Joe.
- Eu gostava de você, mais
do que achava. Depois Ashley começou a dizer que se eu continuasse te tratando
do mesmo jeito você ia enjoar de mim. Eu ainda queria o dinheiro e fiquei com
medo. Por isso, agi daquela forma.
- Eu não teria te largado
se continuasse me tratando bem.
- Eu sou um cachorro mesmo.
Eu tinha você e não aproveitei. – ninguém disse nada. Até que... – Eu quero que
você seja feliz, Demi.
- Eu sou feliz.
- Não, preciso descordar. A
única coisa que faz é trabalhar, precisa sair, precisa conhecer pessoas,
namorar. Eu não quero continuar te vendo assim, por minha causa. Eu sei que eu
fui o motivo dos seus sorrisos falsos. Saía de casa, conheça pessoas.
- Não quero.
- Quer. Hoje mesmo, você
vai sair com Selly e Mi.
- Elas já me convidaram e
eu recusei. Elas estarão com os namorados e eu sozinha.
-Não. Você vai procurar
alguém para conversar. Alguém que não fale só de trabalho, nem precisa
namorar... Só fale.- Joe levantou do sofá foi até Demi, tirou-a da cadeira – Eu
queria muito que me beijasse, Demi.
- Como? Já me beijou hoje,
Joe.
- Não, quero que você me
beije. Lembra quando eu estava como o ogro, e você queria a minha atenção e me
beijava e eu não retribuía? Eu queria retribuir, mas Ashley não me deixava.
- Você era um otário, Joe.
Se eu soubesse que era tão idiota assim, eu não me apaixonava por você!
- Por favor... Beija-me.
Não
era um sacrifício para Demi, ela já queria beijá-lo de novo mesmo. Por que não
fazer isso, agora...
CONTINUA......
PARA CONTATO WHATSAPP : (24) 99851-9390
Lindo, lindo parabens, pensei q ñ ia mais postar, ainda bem q voltou por isso posta mais pfv
ResponderExcluirAi meu deus eles se Beijaram.
ResponderExcluirVc nao pode demora assim, pra posta um capitulo. Desse jeito eu vou ter um infarto.
Adorei o capitulo e Poste logo!!!
Esta perfeitoooo ❤️❤️❤️
ResponderExcluirDivo ❤️❤️ Eita eles se beijaram ❤️
Estou curiosa para saber quem é o cara que manda flores para a demi.
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Beijos