sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Capítulo 35:



Demi Lovato

- Me diz o que te deixa tão tristonha.
- Eu estou com muito medo, Joe. Pode parecer bobeira minha, mas... Eu sinto que o meu bebê está cada vez mais distante de mim. – Era loucura, eu sei, mas era isso que eu sentia quando pensava no meu bebê.
- Não entendi, Demi. Ele está aí no mesmo lugar de sempre. Pequenino como ele é. – ele disse fofo. Joe realmente era muito fofo.
- Eu sei, você sabe, mas não é o que eu sinto, entende? Samanta, minha obstetra, disse que talvez mais uma emoção como a de hoje e ele não aguente.
- Ela disse isso? Que mulher fria!
- Não, Joe. Ela não queria me contar, eu que implorei!
- Precisamos ir embora dessa casa, então. Vamos morar em outro lugar, Demi.
Eu estava exausta demais para falar mais alguma coisa, eu sabia que se falasse mais uma palavra referente ao bebê eu iria chorar.
- Vai dar tudo certo, Demi. Você vai ver!
Eu queria mais do que ninguém, acreditar nas palavras de Joe, mas eu sabia que alguma coisa ia acontecer e nada ia ficar certo. Eu estava pressentindo.
- Com tudo isso, eu esqueci de lhe mostrar uma coisa. – Eu desci correndo e fui buscar a sacola que eu havia deixado na sala. Eu tinha feito compras com as meninas depois que saímos da confeitaria. Não demorou mais que uma hora. – Eu comprei para o nosso bebê. – tirei um macacão verde. – Esse – tirei um amarelo - é para o bebê de Selly, mas eu ainda não contei, vou dar mais tarde.
- Bebê de quem? – perguntou assustado.
- De Selly! É segredo, ela não contou ao Nick ainda, mas ela está gravida.
- Isso é legal, muito legal! Hei, o que acha de ficar na casa de Selena ou Miley?
- O que?
- Precisamos nos mudar só para confundir Wilmer, pelo menos até nosso bebê nascer. Elas não vão se importar de nos abrigar por um tempo.
- Joe, não é um tempo. São sete meses, meu amor. – eu suspirei - Eu prefiro que procuremos um apartamento, ou coisa assim, para ficar por um tempo. Assim moraremos aqui ainda, mas passaremos um tempo lá. O que acha?
- Não sei... Eu vou pensar no caso. Vamos dormir?
- Claro! O dia foi cansativo hoje.

Dormimos abraçados como todas as noites. Joe me deixava calma. Gostaria que ele me fizesse esquecer as coisas ruins que passavam na minha cabeça, mas não, essas coisas me atormentavam tanto que não tinha como sair.
O fato de eu poder perder meu bebê a qualquer momento me deixava muito magoada e isso estava afetando Joe mais do que eu queria. Ele parecia forte, mas Joe era fraco, principalmente a coisas que se referiam aos seus sentimentos. Joe estava muito envolvido com o nosso bebê como se fosse dele realmente, então uma perda seria ruim para ele assim como seria para mim.
Isso ficou na minha cabeça durante toda a noite, e o resultado disso foi que eu tive um pesadelo terrível.
Sonhei que eu havia dado a luz a um bebê morto!
- Demi! – Joe me chamou, mas fora do meu sonho. Eu abri os olhos sentia meu corpo malhado pelo suor e minha respiração estava pesada. Eu estava chorando em meu sonho, mas na vida real também. Aquele sonho era tão real! – Foi só um pesadelo. – Joe disse me abraçando e me confortando.
Eu sabia que era um pesadelo, meu medo era que ele se tornasse real.

O dia seguinte logo estava raiando do lado de fora.
Um sol muito forte brilhava logo pela manhã, era um dia bonito. Acordei na frente de Joe. Ele estava atrasado e eu tinha que acorda-lo.
- Joe, meu amor! – beijei seus lábios e ele acordou sorrindo. – Você está atrasado.
- Ah, não me importo! Quero ficar aqui com você. - ele me abraçou. – Quando eu quiser, eu vou. – ele disse sorrindo e logo em seguida me beijou. – Quer me contar o sonho de ontem?
- Não. Não quero nem me lembrar, Joe. Foi horrível! – disse querendo afastar esse pensamento de mim.
- Estava pensando, e você tem razão. Vamos procurar um apartamento. Então vai ter que voltar ao seu local de trabalho para procura-lo.
- Que maravilha! Posso aproveitar e resolver umas coisas por lá?
- Se isso te faz feliz, faça!
Isso tornou o dia mais bonito ainda.

Chegamos à imobiliária e todos queriam cumprimentar, me abraçar, me parabenizar pelo noivado e disseram coisas agradáveis...

Na sala de Joe vimos inúmeros apartamentos...
- Joe, esse parece ótimo! É pequeno e não vamos gastar muito. Afinal, teremos de manter duas casas.
- É verdade. Quando o bebê nascer poderemos voltar.
- Concordo. E alugar esse apartamento depois.
- Parece ótimo, Demi. Quer visitar o apartamento?
- Não. Vamos nos mudar logo. Ele já está mobiliado, Joe. É só levar as roupas! Quanto mais cedo, melhor! – disse saindo.
- Onde vai?
- Para minha sala, lembra que eu ia resolver umas coisas?
- Lembro. Claro que lembro. Va lá! – ele disse sorrindo.

Resolvi tudo com Val, falei tudo que ela precisava saber e disse que ela poderia me mandar tudo por e-mail, pois iria trabalhar em casa. Ela confirmou e logo Joe já estava na minha sala me chamando por ir embora. Despedi-me das pessoas que eu julgava necessário e saímos.
- Aonde vamos? – perguntei quando percebi que o caminho não era o de nossa casa.
- Almoçar num restaurante que tem por aqui. Eu gosto!

Já estávamos almoçando...
- Está sorrindo feito uma criança, Demi.
- Eu gosto de me sentir útil. – respondi somente.
- Está se sentindo inútil? – assenti como um mais ou menos. - Está carregando um bebê, dando vida a ele. Quer coisa mais útil que essa?
- Não, não quero. O problema é que às vezes, você ou os nossos amigos me tratam como uma doente. Eu sei que é delicado, mas não precisa de tanto. Não sou dependente de ninguém. Se não estivéssemos juntos, eu estaria cuidando sozinha de tudo.
- Ah, não mesmo! Acha que eu ia deixar? – rimos.
Realmente o Joe não ia deixar.

Duas semanas depois e já tínhamos resolvido todo o assunto do apartamento e já estávamos lá há dez dias. Ou seja, quatro dias depois de o escolhermos.
Eu estava ótima, não tinha sangramentos desde aquele dia.
Estávamos no casamento de Miley e Liam.
A festa estava maravilhosa, tudo estava maravilhoso. A cerimônia foi linda e pelo que Mi me falou “tudo que eles tinham planejado”.
A Selena já tinha contado ao Nick que estava grávida e ele amou a notícia, eu disse que ele ia gostar. Estava tudo bem, mas aquela sensação de perda ainda me incomodava.

Continua...
Eu queria que a vida, quer dizer, as histórias fossem boas no sentido de felicidade desde o inicio ao fim, mas elas não iam ser legais ou boas propriamente ditas, seriam sem fundamento. Por isso, que as histórias tem um vilão ou uma vilã, assim ela fica mais... emocionante!
É por isso que as novelas das 8, que começa às 9, são de mais sucesso!
Estou dizendo isso, porque as coisas vão se complicar ainda mais com Joe e Demi e eles vão precisar do apoio de vocês.
Se vocês não tiverem gostando, me falem... Eu posso tentar fazer alguma coisa, não escondam nada de mim.
Deixo aqui meu e-mail para contato: barbara_rbdsd@hotmail.com
Twitter (que eu não entro): Bah_RBDSD
O que acharam do visual do blog? Tive medo de trocar!
Beijão!
BahChris...s2

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Capítulo 34:



Joe Jonas
Demi estava demorando muito para chegar, eu estava preocupado, mas não demostraria isso agora. Ou seja, não iria ligar para ela.
Demi estava se sentindo muito presa, ela precisava sair, isso ia fazer bem ao bebê e para ela. Afinal, não devemos levar tudo que o médico diz ao pé da letra. Era repouso, mas ela precisava sair um pouco.
Quando a porta abriu e Demi entrou com as meninas rindo, diga-se de passagem, meu coração pareceu aliviar-se, como um balão que quando está sendo cheio e acidentalmente ele solta e saiu “voando e soprando”.
- Oi Joe! – Demi sorriu. Deixou uma sacola que ela tinha nas mãos no chão e veio me abraçar. – Demorei muito?
- É mais ou menos. – disse aliviado. – Se divertiu?
- É... Mais ou menos.
- Ué, por quê?
- Uma criatura desagradável apareceu para nos assustar. – disse Selly brincalhona.
- De quem estão falando?
- Wilmer Valderrama, o monstro – Mi dramatizou.
- Essa cara já passou dos limites!
- Concordo, Joe. – disse Demi. – Temos que fazer alguma coisa.
- O que pretende fazer Demi? Ligar para o polícia? Eles têm coisas mais importantes para cuidar. É uma bobeira! Uma hora ele vai desistir. É só porque está no início, ele acabou de ser chutado e acha que foi traído.
- Essa é boa! – Demi começou a rir.
- Você o conhece bem, não é Demi? Como ele é?
- Não entendi a pergunta, Mi.
- Digo, ele é de guardar mágoas?
- Acho que sim. Não sei se o conheço mesmo. Foram dez anos, mas de mentiras, Mi. Não conta mais!
Não era nem preciso dizer que estava com ciúmes, não é mesmo? Odeio quando ela fala nele. Não sei por que, mas só de Demi falar o nome dele, eu me sentia enciumado.
- Então eu vou indo, gente! Eu ainda tenho uma coisa para fazer. - disse Selly.
- Eu vou indo também... Estou muito cansada! O dia foi maravilhoso, devíamos fazer isso mais vezes.
- Verdade, eu gostei muito! – Demi disse sincera, pelo menos foi o que eu percebi.
Depois que as meninas foram.
- Fiquei te esperando aqui e você não chegava, eu sentia a sua falta! Essa casa sem você é chata!
- É mesmo? Joe, eu vou ao banheiro que eu estou apertada, mas eu já volto. – Demi subiu rápido e eu fiquei rindo.
Ela era tão natural que... Era só Demi! Não consigo explicar o quanto ela ser natural era maravilhoso.
Fiquei sorrindo feito um idiota na sala, eu tinha uma mulher tão perfeita na minha frente por anos e não percebia!
- JOE! – Demi gritou assustada. Eu corri para o encontro dela.
- O que houve? – perguntei quando ela estava chorando no quarto.
- Estou sagrando de novo, Joe.
- Está sentindo dor, Demi? – perguntei calmo. Quer dizer, não estava exatamente calmo, mas para a situação e em vista de como Demi estava, eu estava calmo.
Com o grito de Demi até Lívia havia subido para ver o que era. Ela era tão atenciosa conosco.
- Não, Joe. Não sinto dores.
- É muito sague?
- Não, só um pouco. – ela chorava muito.
- Demi, olha nos meus olhos. – ela o fez chorando. – Vai ficar tudo bem! Você confia em mim, não confia?
- Sim, Joe. Eu confio em você. – Queria acalma-la.
- Vamos, eu vou te levar ao hospital, mas temos que ficar calmos, tudo bem? – ela assentiu.
- Lívia, ligue para a médica de Demi avise que estamos indo para lá.
- Sim, Sr. Joseph.

No caminho Demi chorava em silêncio.
- Demi, vai ficar tudo bem. – segurei a mão dela, que estava sobre as pernas, para mostrar que estava ao seu lado.

Quando chegamos ao hospital, a médica nos esperava. Levou Demi para dentro e me deixou do lado de fora, sem notícias durante quase uma hora. Mi, Liam, Nick e Selly já estavam no hospital comigo. Eu não queria chorar, mas quando recebi o abraço de Selly e Mi, eu não aguentei.
- Voltei para buscar meu celular que tinha deixado lá e Lívia me contou. Poxa, ela estava tão bem.
- Eu sei, ela só viu quando foi ao banheiro, Mi! Ela ficou assustada e eu também. Agora, eu não sei o que está acontecendo lá dentro. Ninguém me dá notícias! – no mesmo instante uma enfermeira se aproximou.
- Sr. Jonas? Joseph Jonas?
- Sou eu. – me aproximei dela. – Alguma notícia de minha noiva e meu filho?
 - Sim, os dois estão bem. Sua noiva pediu que eu avisasse. Daqui a pouco poderá vê-la. – Senti um enorme alívio.
- A senhora sabe exatamente o que aconteceu?
- A gravidez de Demi é complicada, o senhor já deve saber. Hoje ela deve ter tido algo que a fez ficar nervosa ou abalada e isso causou o sangramento. Do mesmo modo quando...
Não ouvi mais o que a enfermeira disse, só veio Wilmer em meus pensamentos. Esse homem tinha que sumir de nossas vidas ou ele acabaria matando o próprio filho, ou melhor, o MEU filho.
- Eu não acredito que aquele idiota consegue machucar a Demi, até mesmo quando ela nem o ama. - comentou Selly.
- Pode entrar no quarto 23, a Sra. Jonas te espera. – A Demi não era Jonas, mas quando a enfermeira falou, eu me senti feliz.
Entrei no quarto e Demi estava colocando os sapatos, para podermos ir embora.
- Oi, meu amor. – fui para perto dela e a beijei- Já sei o que houve. - a abracei.
- Então, já sabe que está tudo bem. Não precisa ficar chorando, tá? – ela deve ter percebido que meu rosto estava vermelho. – Faz-se de forte perto de mim, mas chora feito uma criança quando está longe!
- Eu queria te confortar. – ela me abraçou.
- Verdade que todos vieram? – ela perguntou não acreditando e mudando de assunto.
- Sim, Mi voltou para buscar algo, Lívia contou e ela trouxe todos com suas preocupações. – rimos da minha piada sem graça e fora de hora. - Falando em Lívia, vou ligar e dizer que está tudo bem, ela estava preocupada quando saímos.
Liguei para Lívia e depois fomos para casa com todos em nosso encalço. Era bem desnecessário, Demi precisava descasar.
E como se lessem meus pensamentos, não ficaram nem cinco minutos. Acho que era só para saber se estávamos bem, se chegaríamos bem, ou algo do tipo.
- Eu vou tomar um banho e dormir.
- Não vai jantar?
- Não, já são quase onze horas, Joe. – ela subiu e estava triste.
Fui para cozinha conversei um pouco com Lívia, pedi para preparar um lanche para Demi e um para mim e depois a liberei.
Cheguei ao quarto com a bandeja e Demi estava saindo do banho.
- Pedi Lívia para preparar um lanche para nós. Não quero que durma com o estômago vazio e depois me acorde de madrugada faminta. - brinquei.
Sentamos e comemos em silêncio. Dessa vez, o silêncio tinha um motivo maior e eu queria saber o que era.

Continua...
Olá meninas! Primeiramente, feliz Natal atrasadinho! Kkkk
Bom, parece que as coisas estão começando abalar para Joe e Demi, não é mesmo? Se eu fosse vocês me preocupava com isso, principalmente com Wilmer, esse ogro chato! Eu já tive um Wilmer em minha vida, digo... O cara não era tão lindo e nem tão musculoso quando o Wilmer é, mas era chata tanto quanto. Kkk Só para descontrair um pouco.
Meninas, comentem mais. Preciso saber o que estão achando, assim posso julgar a quantidade de capítulos que posso postar para vocês. Quanto mais me mostram o que pensam eu posto uma quantidade que faça vocês terem certeza de algo ou desistirem da ideia. Ainda acham que Demi vai perder o bebê? Têm uma ideia de como ou quando?
Beijos... S2
BahChris


Postarei em breve!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Capítulo 32 e Capítulo 33:



Joe Jonas

- Por mim, casaria hoje. - Eu a beijei. – Amei a nossa noite, Demi.
- Eu também, Joe.
Depois disso ela ficou quieta. Não porque estava envergonhada, ou porque não tinha gostado do nosso “momento”, mas sim porque estava comendo.
- Espero que esse negócio de “comer por dois” seja verdade. Se não, você vai passar mal.
- Para com isso, Joe! Eu estou com fome, eu disse que estava.
- Verdade, você disse. - concordei observando-a. - Vai deixar eu comer um, ou vai comer minha mão quando eu tentar pegar? – brinquei. Demi bateu no meu ombro.
- Se demorar a pegar, você vai ficar sem, seu bobo! – peguei um pedaço de bolo e comemos em silêncio.
- Eu vou tomar um banho... Lívia deve estar chegando. Isso se ela já não estiver lá embaixo. Eu dei uma chave para ela. –a campainha tocou. – Vai atender ou quer que eu atenda?
- Pode deixar que eu vou... Deve ser as cartas. – desci de hobby para o caso de Lívia estar lá embaixo.
Abri a porta, era um entregador de flores.
- Posso ajudar? – perguntei, pois ele estava distraído.
- Desculpe, senhor. Pediram para entregar essas flores à Senhora Demetria Lovato, é aqui?
- Sim, é aqui. Só que ela está ocupada, portanto pode deixar que eu entrego para ela. Não se preocupe.
- Pode assinar aqui? – ele mostrou onde eu devia assinar. – Obrigado! – fechei a porta contendo-me a pegar o cartão e saber quem tinha mandado flores para a minha Demi. Será que foi o Wilmer? Se fosse ele eu devia ler o cartão, mas se não fosse... Eu não deveria ler.
Não queria que Demi soubesse que Wilmer sabia sobre o bebê, mas devido à insistência dele, acho que eu terei de fazer isso.
O envelope que estava com o cartão, estava escrito de “De Ashley para Demi”. Ashley? Por que ela estava mandando flores à Demi? O que ela queria dessa vez?
Fiquei tanto tempo olhando as flores que deu tempo de Demi tomar banho se trocar e descer.
- Que linda essas flores, Joe! É de quem?
- São suas...
- Minha? – perguntou mostrando espanto e depois ficou séria.- Se for de Wilmer não quero nem tocar nelas.
- Não, Demi. Não são de Wilmer. São de Ashley!
- Ashley? A sua ex?
- Sim.
- Não quero as flores.
- Tem um cartão. – Ergui o cartão. Deu para perceber que Demi ficou curiosa para ler o cartão. Foi quando percebi que devia contar a ela o que eu sabia.  Era injusto esconder isso dela, as meninas tinham razão. Devo conversar com Demi. – Quer ler o que cartão?
- Tenho medo, mas estou curiosa.
- Antes que tente qualquer coisa. Eu preciso te contar uma coisa.
- O que, Joe? Parece preocupado. É grave?
- É... Mais ou menos.
- Então diga!
- Primeiro, vamos sentar. – deixei as flores, que ainda estavam em minhas mãos, e as coloquei em cima da mesa de centro. Peguei na mão de Demi e a levei para sentar-se ao meu lado. Ficamos de frente, mesmo sentados de lado. – Ontem, num momento de distração seu eu peguei, no lixo, o cartão que Wilmer te deu.
- Por que fez isso? – ela não parecia ofendida, só curiosa.
- Queria saber o que ele queria com você. Saber se era só pedir perdão ou se ele queria mais alguma coisa.
- Tem algo lá que eu deva me preocupar, Joe? – ela perguntou agora nervosa.
- Demi, Wilmer sabe que está grávida e que o filho é dele.
- Como? Quem contou? – Agora de nervosa ela ficou histérica. – Como ele descobriu isso, Joe? Quase não contamos a ninguém! Não contei a ninguém que poderia contar a ele e a maioria das pessoas que contamos, falamos que era seu, mas que droga! Como isso aconteceu?
- Não sei, meu amor! Fique calma, por favor! Pode fazer mal a você e ao bebê.
- Eu estou calma. – Demi disse se sentando e tentando controlar-se. – Isso é injusto comigo, Joe. Só porque estava tudo dando certo, isso tem que acontecer!?
-Eu também fiquei nervoso quando li o cartão, Demi. Não posso julgá-la por isso. Eu tentei arrumar a situação.
- O que você fez? – perguntou curiosa e esperançosa.
- Fui até a casa de Wilmer e disse a ele que o bebê era meu. Disse que o concebemos no dia que você voltou de viagem.
- E ele?
- Eu não sei, eu saí depois. Ele tinha falado umas coisas que me deixou nervoso e eu falei isso. Eu fiz mal?
- Não, Joe! Claro que não! – ela sorriu e me abraçou. – Espero que ele tenha acreditado, porque essa vai ser a verdade daqui para frente. Pelo menos ele vai achar que eu o traí! – ela sorriu vitoriosa. – Te amo, Joe!
- Eu também te amo, minha princesa!
- Você fica me chamando de princesa, mas eu não tenho nada de princesa.
- Claro que tem! – disse sério. Por um momento achei que ela tinha se assustado. – Você é linda, meiga, elegante, simpática, educada, delicada, linda, poderosa, responsável, gentil e linda. – Demi sorriu um pouco sem graça, ela odeia receber muitos elogios.
- Você disse linda três vezes. Por que poderosa?
- Disse linda três vezes, porque você é muito linda! – ela sorriu de novo. - E poderosa, porque você tem o poder de me deixar louco por você. É a minha princesa.
- Continuo discordando de você. – beijou-me – Obrigada!
Nós dois nos afogamos naquele momento “você é tudo para mim” que acabamos esquecendo as flores. Meu olhar foi diretamente nelas quando me lembrei, e Demi fez o mesmo.
- O que a gente faz, Demi? As flores são suas.
- Bom, se eu não ler o cartão, você vai ler mesmo... – ela brincou. - Então... Vamos abrir. – Ela pegou o cartão sobre a mesinha e leu em voz alta.

Docinho, o único meio de te escrever sem Joseph ficar sabendo é com o nome de outra pessoa. Coloquei Ashley, porque ele jamais abriria.
Não esqueça que te amo, posso criar seu filho como se fosse meu.
Eu te perdoo.
Te amo!
W.V.


Demi rasgou o cartão, pegou as flores, saiu da sala e voltou sem nada.
- O que você fez? – perguntei curiosa.
- Joguei-as no lixo! Quem deu devia ir para lá também. Ridículo! – eu gargalhei. Demi é muito engraçada quando fica brava, não combina com ela. Uma pessoa tão alegre como ela.
Passamos a manhã toda nos melando, sem exageros! Era ótimo estar com a Demi. Conversar com ela, a amar. Tudo com ela é maravilhoso!
Infelizmente, estava na hora de ir.
- Por que não fica até Selly vir me buscar?
- Porque faltam só trinta minutos e eu já fiquei longe a manhã toda, Demi. – a beijei. – Tchau! Te amo.
- Também te amo.

Capítulo 33:
Demi Lovato
Joe foi e eu me senti sozinha de novo.
Pensando no cartão do Wilmer, eu quase tive vontade arrancar a cabeça dele. Ridículo! Como ele diz que me perdoa? Ele que tem que pedir perdão para mim por todos os anos que ele me enganou.
Não queria ficar pensando naquilo o tempo todo. E quando digo “naquilo”, estou me referindo ao Valderrama.
A campainha tocou, era Selly, que veio me buscar.
- Oi, Selly! – disse animada.
- Oi Demi! Que animação toda é essa?
- Está tudo maravilhoso hoje, podemos ir?
- Claro! Estamos atrasadas, a Mi já me ligou cem vezes. – ela foi andando em direção ao carro e eu acompanhei.
No caminho Mi ligou de novo...
- Mi sabe ser chata quando quer. – comentou Selly. – Atende para mim, Demi?
- Alô. – falei com Mi.
– Demi? Ah, já estão juntas. Que bom, eu já estou aqui há trinta minutos.
- Não tínhamos marcado as duas?
- São duas e quinze.
- Avisa a Mi que o transito está horrível. – Selly pediu.
- Mi, Selly disse que o transito está horrível.
- Eu sei, por isso vim cedo. – ela riu. – Acha que vai demorar muito?
- Não, estamos há cinco minutos daí.
- Então espero vocês em frente ao ateliê. Tudo bem?
- Sim. Beijos. – desliguei o telefone quando Mi retribuiu meus beijos. – Ela vai esperar-nos em frente ao ateliê. – repeti.
Como eu havia dito, em cinco minutos estávamos estacionando o carro.
- Nossa Mi! Custava esperar só um pouquinho? – disse Selly, um pouco irritada.
- Sinto muito se temos horário. – Mi respondeu.
- Meninas, o que está havendo com vocês? Nunca brigaram!
- Acontece que Selena Marie está nervosa com alguma coisa desde hoje cedo e não conta para ninguém. Nem para mim!
- Isso te Incomoda? Será que não posso ter segredos? Tenho que dividir tudo com você?
- É, é isso que amigas fazem! – Soltou Mi.
- Desculpa, amiga! – Selly pediu a abraçando. Não entendi muito bem o que estava acontecendo, mas alguma coisa acontecia ali.
- Eu te desculpo. Só não briga comigo de novo. - avisou Mi.
- Tudo bem, eu aguento isso! – eu disse. – O que aconteceu aqui?
- Nada, Demi! – respondeu Selly. – Depois eu conto para vocês o que realmente está acontecendo comigo.
- Vamos entrar! – Mi chamou animada.
Miley foi rápido até o balcão, e avisou à atendente quem era e o que ela queria, a atendente assentiu e foi para dentro, logo veio uma senhora nos atender.
- Miley, os vestidos de vocês ficaram lindos! Os mais lindos que já fiz, com certeza. – a moça disse com entusiasmos.
- Que ótimo!

A senhora que atendia como Rose, entrou conosco em uma sala onde poderíamos trocar de roupa. Mi entrou com seus vestidos de noiva, Selly com rosa longo e eu com um verde até os joelhos.
Meu vestido tinha um detalhe em costura na frente. Era maravilhoso, só que alguma coisa aconteceu que o vestido não me servia.
- Mi, Selly, podem me ajudar, o vestido não quer fechar! – Pedi saindo do provador.
- Como assim não quer fechar? – perguntou Mi indo me ajudar.
- Nossa Mi! Seu vestido é lindo! – eu disse surpresa com a maravilha que Mi havia escolhido. O vestido era a cara dela. Bem, foi ela quem desenhou, né? Esqueci de mencionar, a loja também eram delas. O que facilitavam as coisas.
- Demi, você engordou um pouquinho, né? – disse Selly sem graça, com medo da minha reação, mas era mais que natural, eu estava grávida. Só que haviam só três semanas que tínhamos tirado a medida.
- Selly, só três semanas que tiramos as medidas é impossível eu ter engordado tanto e tão rápido!
- Pelo que Joe falou, você come muito!
- É, isso é verdade! Tem falado tanto com Joe assim?
- Digamos que passamos muito tempo juntos procurando o anel perfeito para você e sabemos que o Joe é muito lerdo para escolher esse tipo de coisa e sem contar que ele não entende nada de joias.
- Isso, também é verdade. O que vamos fazer?
- Temos que chamar a costureira agora, e vê se fecha a boca até o casamento, Demetria. – disse Mi brincando.
Miley estava linda com aquele vestido de noiva.
A costureira não sabia que eu estava grávida, então fez um vestido justo, para o meu corpo de três semanas. Selly disse que havia explicado que estava grávida e que ela deve ter esquecido, mas tanto faz, o fato é que o vestido tinha conserto. Graças a Deus, talvez em duas semanas não dê para fazer outro.
Saindo dali, fomos para uma confeitaria em frente o ateliê delas. Era a melhor de todas!
Não tínhamos esquecido que Selly tinha algo a nos contar. Sentamos na mesa do fundo da confeitaria.
-Conte-nos, Selly! O que está acontecendo?
- Ai meninas. Eu nem sei como falar isso, eu preciso contar, mas eu estou com medo.
- Como assim? Desenvolve, estou ficando preocupada! É algo grave?
- Sim, quer dizer, eu não sei se é grave.
- Pelo amor de Deus, Selena conta! Da última vez que veio com esse papo, me disse que tinha casado. Não vai me dizer que se divorciaram?
- Não. Claro que não! Eu estou grávida!
- Não vejo nada ruim nisso, Selena. – fui sincera. Só eu sabia o quão maravilhoso era estar grávida!
- Nick não quer um filho.
- Ele disse isso? - Perguntei incrédula.
- Sim, disse que um filho agora seria suicídio. Disse que estamos muito bem, que nos mudamos há pouco tempo, temos pouco tempo de casados e devíamos aproveitar para nos conhecermos melhor.
- Ele tem razão, mas esse bebê não foi premeditado por ninguém. Então tem que continuar.
- Claro que eu vou continuar, mas e se Nick quiser separação?
- Ele não vai querer. Ele disse isso, porque com certeza tinha achado que era só um plano, mas se contar que está grávida, ele vai entender, Selly! Vai até gostar! – confortei Selly.
- Acha mesmo?
- Tenho certeza. – eu disse. – Veja o meu caso: o bebê nem é de Joe. Não tínhamos nada e às vezes ele fica mais animado com a chegada dele do que eu. E tem feito de tudo para nos confortar. Inventou uma mentira, vocês acreditam?
Depois que terminamos a conversa e nosso lanche, saímos.
Estávamos saindo da confeitaria, quase entrando no carro de Selly para eu voltar para casa, afinal já estava fora a tarde toda. Já eram seis horas e Joe, meu noivo, estava quase chegando. Levei um susto quando alguém me puxou, quase gritei, mas quando vi que era Wilmer eu não o fiz.
Selly e Mi estavam comigo, nada de muito grave poderia acontecer.
- Que susto você me deu, seu ridículo!
- Docinho, não acha que está fazendo tempestade num copo de água? Larga esse retardado e volta para mim? Eu prometo criar o seu filho.
- Me larga! – eu tirei meus braços dele e entrei no carro.
- Por que você não some da vida dela? Só faz mal as pessoas! – Selly enfrentou-o.
- Desaparece, meu filho! – disse Miley indo para o seu carro.
Selena deu a partida.


Continua...
Que coisa! Wilmer não desiste nunca?!
O que esse “encontro” rápido pode causar, hein meninas? Consegui deixa-las curiosas?
Beijos...s2

Em breve eu posto mais, portanto comentem!