Capítulo 26:

Demi Lovato

Eu queria dormir mais depois que Joe saiu da cama. Uns minutinhos depois que ele saiu, eu ouvia murmurinhos e não consegui. Parecia briga, será que aconteceu alguma coisa?

Eu desci as escadas rápido, pois cada vez que eu chegava perto era mais alto e ouvi a voz de Wilmer.

- Eu preciso falar com ela!

- Mas..

- Wilmer? O que está fazendo aqui? – perguntei.

- Eu vim atrás de você. Preciso conversar com você.

- Eu não quero conversar com você e nem queria te ver, muito menos ouvir a sua voz. É melhor você ir embora, agora.

- Demi, porque vendeu seu apartamento? Porque foi embora da minha vida dessa maneira? Porque está morando com ele?

- Você ainda pergunta? Tem coragem de me fazer uma pergunta dessas?! Eu não consigo acreditar nisso! – eu estava me sentindo mal. Não sabia porque, mas estava. Eu precisava sentar. – Você me usou durante dez anos e depois vem dizer que eu te deixei?

- Eu não te usei, eu queria terminar, mas ela sempre fazi...

- Chega! – gritei. - Não quero ouvir a sua voz! Não suporto mais. Você teve dois filhos enquanto estava comigo, tem ideia do que é isso? Fez-me de idiota! Como eu pude cair na sua jogada, Wilmer? Não entendo! Fui tão burra e não percebi. Estava tudo na minha cara, não desconfiei de imbecil que eu era.

- Não, Demi. A culpa é minha, eu reconheço. Você não era burra, nem idiota, imbecil menos ainda. Eu me aproveitei de você, confesso. Mas era com você que eu tinha a felicidade. Só com você. Eu odeio a minha esposa.

- Cala a boca! Vá embora, Wilmer, você só trás desgraça. Fique bem longe de mim, está me ouvindo? – disse com firmeza e voltei para o quarto.

Quase que eu pedi para ele ficar longe do meu filho, mas ele iria desconfiar que era dele também. Passou pouco tempo e Joe estava lá comigo, me confortando, me dando palavras de carinho e apoio.

Agora tenho certeza de que Wilmer não foi nada para mim, só deixou meu filho. E, se um dia o amei, não o amo mais.

Logo me recuperei, a tontura que senti passou rápido. Precisamente depois que saí de perto dele.

- Está melhor?

- Sim, Joe. Obrigada!

- Demi, se quiser ficar com ele... Não precisa ficar presa a mi...

- Joe! - disse mais alto. - Jamais pense uma coisa dessa, ouviu? Nunca mais repita isso.

- Eu só achei que...

- Achou errado! A menos que você queira...

- Não, não... O que eu quero é você, Demi! – Joe me beijou.

Dessa vez, eu não fiz papel de idiota e demorei para corresponde-lo. O beijo partiu naturalmente. Agora o beijava normalmente, assim como beijaria o amor da minha vida.

Aliás, a cada dia que se passava era isso que eu imaginava. Joe era tudo para mim.

Bom, passou um mês! É rápido demais.

Os dois casaizinhos já escolheram as casas que queriam, já voltaram a trabalhar e tudo. Estavam felizes. Miley, principalmente, estava muito empolgado com o casamento dela com Liam. Estava próximo, faltavam duas semanas para o casamento.

Estava com alguns sangramentos e fui à obstetra, ela me disse que minha gravidez é de risco. Ou seja, parei de trabalhar e me vigiavam vinte quatro horas por dia!

Lívia passou a ser nossa ajudante. Ela fazia tudo que Joe mandava, inclusive me vigiar, ela era uma ótima companheira e vigilante.

Joe me proibiu de trabalhar, como meu futuro marido e como meu chefe.

- Joe, não aguento ficar aqui sem fazer nada. - Resmungava antes de ele sair.

- Princesa, sua médica foi bem clara quando disse “repouso”.

- Eu preciso de alguma coisa nova! Eu preciso sair, sabe? Odeio ficar em casa sem nada para fazer.

- É como um fim de semana, mas ele vai durar meses

- Não faz sentido, Joe.

- Está certo, quer jantar fora?

- Não é lá essas coisas, mas eu aceito. – ele me beijou.

- Eu tenho que ir. – eu arrumei a gravata dele.

- Assim é melhor, vai ficar parecendo que não tem mulher. Vai vir almoçar comigo?

- Sempre. - ele me beijou.

- Vai mandar os números para mim? –perguntei sorrindo. Ele fez uma cara de reprovação. - Ah, Joe eu só vou fazer esforço mental.

- Ah, tudo bem, Demi. Eu mando por e-mail. – eu o beijei em agradecimento.

- Te amo! – Esse “te amo” era frequente. E saía naturalmente, porque era verdade. Eu o amava, e não era somente como um amigo, era um pouco mais que isso.

Já passara duas horas depois que Joe saiu. Lívia já estava comigo, já conversava como sempre fazíamos, mas ainda sentia que faltava alguma coisa.

Olhei pela janela e vi Wilmer estacionar o carro na porta da casa. Corri para a cozinha, pedi para Lívia mentir dizer que eu não estava. Nunca mais quero conversar com ele.

Fiquei espiando da escada, na verdade estava ouvindo.

- Desculpe, Senhor, mas a senhora Demi não está.

- Que pena! Ela tem hora para chegar?

- Não, ninguém me avisou nada.

- É bem a cara da Demi mesmo. – Desde quando esse homem me conhece? – Você pode deixar isso com ela quando ela chegar? Eu vou ao meu carro pegar uma coisa e você entrega, por favor? – ele perguntou todo sedutor.

- Claro. – Passou um tempo.

- Muito obrigado!

- De nada. – Lívia respondeu e fechou a porta. Eu fui correndo saber o que era. – Ele pediu para te entregar isso! – eram flores. Rosas vermelhas, minhas preferidas. – E esse cartão.

Peguei o cartão, mas sem coragem para abrir.

- Lívia, pode ficar com as rosas, eu não quero. E esse cartão, pode jogar no lixo também. Não quero nada dele.

- São tão lindas.

- Vindas de quem veio, não valem nem a beleza. Pode ficar com elas, eu não me importo.

Continua...

Tudo pode acontecer galera. Não vou dizer muito, deixarei que a mente de vocês fantasiem. Escrevam suas ideias quem ainda não fez e as meninas que fizeram... Acertou algumas coisinhas, hein!

Fiquem espertas!

Passei para deixar esse capítulo, mas estou atrasada.

Beijos... Até o próximo!