Capítulo 4: I Hate You, Don’t Leave Me
Eu o amava tanto!
Eu o queria tanto. Eu não
acreditava que ele estava fazendo isso comigo, eu não conseguia acreditar. Meus
olhos estavam mesmo vendo aquilo? O meu homem estava transando com outra onde
um dia dormimos juntos e fizemos amor.
Eu era muito fraca para essas
coisas. Meus olhos encheram de lágrima que escorreram mais rápido do que eu
podia pensar. Eu pensei que ele queria fazer uma surpresa para mim, quando na
verdade ele só veio cedo para se enroscar com outra em sua cama.
– Demi, meu amor, não é nada
disso que você está pensando! – uma frase clichê. Eu deveria soltar um “Eu não
estou pensando, eu estou vendo” que também era outra frase clichê?
Eu não conseguia fazer nada,
ou pensar... Eu só fiquei parada olhando para ele e chorando.
Dessa vez eu pensei que daria
certo. Eu jurava que ia dar certo, pensei que ia me casar.
Ele estava parado, nu, com um
travesseiro tapando seu órgão masculino.
– Me desculpe. Eu ia
conversar com você antes, mas não deu tempo....
– Tudo bem. – eu soltei a
porta que eu ainda estava segurando e saí, andei devagar até a porta de
entrada.
O que eu disse? Tudo bem? Eu
realmente ia sair humilhada? Não. Obvio que não.
Eu voltei para o quarto, ele
estava terminando de colocar a roupa. Eu vi uma TV de plasma na cômoda do
quarto. Linda cômoda. Dei um empurrão e ela caiu no chão estourando. Ouvi um
grito da vadia que estava na cama, nua ainda. Puxei o edredom que a cobria e
puxei o seu cabelo até que ela caísse no chão gritando, lhe dei um soco na
barriga nua. Eu poderia ter batido mais se Wilmer não tivesse me segurado.
Eu me debatia e ele me
segurava mais forte, até que eu parei, ele pensou que eu tivesse me acalmado,
mas assim que ele me soltou eu dei uma joelhada em seu pênis. Espero que ele
não o use por um bom tempo.
– Isso é para você aprender
que ninguém me faz de idiota, seu otário.
Eu não me orgulho do que eu
fiz, mas eu fiquei duplamente mais leve fazendo isso.
Entrei no meu carro e dei a
partida acelerada, o porteiro tentou falar comigo, mas eu nem me importei. Não
estou ligando para nada mais.
Liguei o rádio e começou a
tocar uma música muito triste, com uma melodia mais triste ainda. Desliguei o
rádio com uma força brutal que afundou o botão.
Eu não queria ficar pensando
nisso, mas aquela imagem me torturava.
Os dois quase se fundindo,
gemendo, suados, extasiados, amando um ao corpo do outro. Wilmer provavelmente
nem se quer pensou em mim. Ele estava aliviando o seu próprio prazer. Ele só
queria se enterrar no corpo de qualquer uma.
Ele teria coragem de olhar
para mim depois? Ele teria coragem de me tocar? Como ele podia ser tão sínico?
Eu estava tão triste, estava
me sentindo um lixo.
Dirigi de volta para o meu
apartamento. Estacionei o carro, fechei as janelas, limpei minha lágrimas que
teimavam em cair, funguei fingindo me recompor, que eu chorasse só no meu
apartamento sem ninguém testemunhando.
Por sorte fui a única no
elevador, apertei o numero do meu andar e esperei. Tentei não pensar em nada,
mas era tão difícil. Eu conseguia ouvir o som dos gemidos ecoando pela minha
cabeça, eu conseguia olhar a minha cara de surpresa. O elevador parou, eu saí
já pegando as minhas chaves e abrindo a minha porta.
– Que bom que você chegou! –
exclamou Joseph. Era só o que me faltava. – Eu pensei que você tivesse ido até
a casa de seus pais. – Oh, os meus pais! – Eu não deveria ter te contado nada,
seu pai vai ficar muito chateado comigo se souber. Onde diabo você... ?
– Ah, Joseph, por favor cale
a boca e me deixe! – exclamei terminando de abrir a porta. Eu não queria que a
minha voz soasse tão chorosa, mas eu já estava aos prantos de novo.
– Demi, o que aconteceu? – eu
tentei fechar a minha porta, eu até a fechei, mas Joe entrou. – O que
aconteceu? – ele perguntou de novo.
– Aconteceu que os homens são
todos uns imbecis! É isso que aconteceu! Só pensam em sexo, só pensam no seu
próprio prazer! São todos uns cretinos.
– Demi, me conte!
– Eu vi... Eu não queria ter
visto, mas eu vi Wilmer transando com outra no apartamento dele. O pior é que ele não me disse que tinha
voltado. – eu chorei de novo.
– Demi, eu...
– Ah, Joe, me deixe sozinha.
Se alguém perguntar por mim você diz que eu sumi, que eu morri. – eu fui para
cozinha, procurei algo na geladeira, algo com álcool, algo como uma vodka, um
whisky, um vinho... – Oh, inferno! – exclamei quando não achei nada disso.
Há anos eu parei de comprar
bebidas alcoólicas. Especificamente, desde que Joe foi morar na casa da frente.
Joe me abraçou pela cintura,
em outras situações eu teria tirado a mão dele e mandado ele ir embora, mas eu
estava necessitada de um carinho. Eu queria beijos, queria abraço, eu queria
ser aninhada, eu queria chorar no ombro de alguém. Entretanto, eu não queria
contar a ninguém o que eu vi, o que eu fiz, só de ter contado ao Joe isso
acabou de vez comigo. Eu sabia que precisava chorar, eu precisava chorar
bastante.
Eu virei e abracei Joe, eu
deitei minha cabeço no ombro dele e eu
chorei tudo que eu queria chorar.
Nós ficamos abraçados no meio
da cozinha. Enquanto eu chorava, ele fazia carinho na minha cabeça. Eu me senti
tão segura, tão cuidada que eu não pensei em soltar dos seus braços que me
seguravam com carinho.
Joe me levou até a sala e me
sentou no sofá, se sentando ao meu lado. Eu ainda soluçava, eu não via pena em
seu olhar ou no modo como Joe fazia
carinho. Ele não dizia nada e de certa forma isso era ótimo, eu não queria que
ninguém dissesse nada. Ele sabia que eu só precisava de carinho e tempo para
pensar.
Aconteceu o mesmo com Joe anos
atrás, ele sabia exatamente o que eu estava sentindo.
Flashback**
Joe estava namorando uma de nossas administradoras,
antes de Liam ser contratado pela People. O nome dela era Patricia, como ela
era uma tremenda de uma Patty, todo mundo a chamava assim e ela achava que era
um apelido carinhoso.
O que todos não sabiam era que Patty, além de ser...
Patty, era uma piriguete de carteirinha. E justo com quem ela tinha se meter?
Sim, Joe.
Ele sempre foi e continua sendo um ótario, quando se
tratava de mulheres. Ele só vê a beleza, pega todas, transa com todas e quando
elas se cansam vão embora. Digo, não que ele fosse um santo, mas pelo o que me
lembro antes de Patty, Joe só ficava com as namoradas. Era obvio que ele não
queria casamento, obvio que se alguma coisa desse tipo acontecesse, não era o
Joe, não o Joe que eu conhecia.
O fato é que a tal Patty, não sabia o que era
fidelidade.
Foi num dia comum de novembro, que Joe e eu
estávamos discutindo mais uma vez sobre a revista. Não era novidade para ninguém,
mas eu queria uma nova capa e Joe não me queria ceder, porém eu sabia ser chata
e petulante. Até hoje eu convencia Joe sendo chata. Ele não queria me ouvir
mais, tinha dado a palavra final quando entrou no banheiro masculino.
– Joe, vai ser bom para a revista! Não seja hipócrita!
v Demi, eu já disse qu... – ele parou bruscamente de
falar arregalando os olhos, incrédulo.
Não só ele viu, como eu também vi. Josh Steet, um
entrevistador da revista com as calças arriadas no meio da perna e nossa
querida e amada Patty de quatro com a saia enrolada como um cinto na cintura.
Preciso entrar em detalhes?
Eu nunca vi Joe tão derrotado como eu vi naquele
dia. Ele simplesmente foi até o Josh, acertou um soco na cara dele e saiu. Eu
fui atrás, obvio. De inicio eu senti prazer em ver o Joe bravo, mas depois que
eu fui atrás dele e percebi que ele estava chorando fiquei com pena. Era a
última coisa que ele queria.
Joe ia entrar no carro, mas eu não deixei.
– Demi .. – ele limpou as
lágrimas. – me deixe entrar. Preciso ir para casa. Nós já conversamos, eu não
vou mudar de ideia.
– Tudo bem. – o abracei. – Fique calmo! Eu vou te levar para casa, você
não tem condições de dirigi.
Joe assentiu e entrou no banco do carona, liguei
para minha secretária avisando que Joe e eu estávamos em uma pequena reunião e
dela iríamos para casa e que todos poderiam ir assim que o expediente acabasse,
pedi que ela avisasse a secretária de Joe.
Não falei muito, pois Joe ficou sério por muito
tempo. Subimos para o apartamento dele, ele sentou no sofá e cobriu os olhos
com as mãos. Foi quando eu percebi que batendo em Josh, ele tinha se machucado.
– Onde está a caixa de primeiros socorros? – eu precisava ajudá-lo de
alguma forma. Joe não respondeu, mas eu peguei a minha e sentei ao lado dele e
peguei a sua mão.
Depois que terminei de limpar o machucado da mão de
Joe, ele me agradeceu.
Não só me agradeceu como ficou olhando nos meus
olhos. Eu sabia exatamente o que o Joe estava pensando, mas eu sabia que não
viria boa coisa, então... Como eu suspeitava não era um bom pensamento. Joe me
beijou.
Ele me beijou de um jeito sôfrego, meu primeiro
impulso foi tirá-lo de perto de mim, afinal nós praticamente nos odiávamos. Só
que eu me lembrei que os homens conseguem aliviar a dor, o stress e o ódio apenas
transando... com sexo casual para ser
mais exata.
Eu estava sem namorado há um tempo e não me importei,
foi um ato sem pensar, correspondi ao beijo urgente que Joe me dava, não
paramos no beijo. Joe tirou a minha blusa e eu me aprecei em tirar a blusa dele
também, tudo estava acontecendo rápido demais... eu não estava conseguindo
processar bem.
Faltava pouco para o ato ser consumado, faltava bem
pouco, nós dois estávamos lúcidos. Eu só estava querendo ajudar Joe.
Os beijos dele apesar de urgentes e selvagens eram
maravilhosos. Não lembrava há quanto tempo ninguém me dava um beijo assim. Joe
sabia como deixar uma mulher louca de desejo e eu não sabia porque a Patty
piriguete estava o traído.
Joe estava tão desesperado por sexo que ele tirou a
minha roupa mais rápido do que eu poderia imaginar. Eu não era tão experiente
em sexo, como Joe era. Eu não transava com vários, era só com os meus namorados
e eu já achava isso demais.
Era a primeira vez que eu estava tendo sexo casual
com alguém.
Eu estava só de lingerie e Joe só estava de boxe, já
estávamos ofegantes e eu imaginava o próximo ato. Se já estava bom só nas
preliminares urgentes de Joe, imagina o ato em si.
E foi maravilhoso! Joe sabia mesmo como fazer “o
negocio” bem feito, eu me sentia tão leve e... Bem. Foi no sofá da casa dele,
mas eu não estava me importando com isso e isso geralmente era um empecilho
para mim.
– Isso não devia ter acontecido. – eu disse, ainda ofegante, suada e
esperando meu corpo voltar ao estado normal.
– Mas foi bom. – ele disse ainda ofegante e deitado sobre o meu corpo.
Depois desse dia, o meu ódio pelo Joe só fez
aumentar.
Eu não esperava que ele me ligasse no outro dia, ou
me mandasse flores, chocolates com bilhetes carinhosos, muito menos que
repetisse a dose. Não, ele não contou a ninguém. Aquilo foi o nosso segredo.
O problema foi Joe virar o pegador de vez. Depois daquele dia, cada dia uma vadia diferente
entrava no seu apartamento e não estou exagerando.
Flashback**
Só que na minha condição, eu
não queria sexo, eu não queria homens, eu não queria nada que não fosse chorar.
– Quer que eu faça algo por
você? – mexi a cabeça em negativo.
– Só não me deixe sozinha.
Deitei minha cabeça nas
pernas do Joe e fiquei lá por um tempo até parar de chorar.
– Eu sei exatamente o que
está sentindo.
– Dói tanto. – eu disse. – Eu
o amava, Joe. Eu o amava.
– Eu sei, mas ele não era bom
o bastante para você.
Joe me obrigou a tomar banho,
eu fui relutante, porque por alguma razão estranha eu não queria ficar longe
dele por muito tempo. Joe pediu comida para nós dois, já era mais de duas horas
e eu não percebi que estava com fome até comer.
– Quer assistir um filme
comigo? – perguntei quando a vontade de chorar queria me tomar de novo.
– Se não for um desses filmes
melosos de apaixonados...
– Nem eu quero ver esses
filmes idiotas hoje. – fui até a minha estante. – O que acha de Resident Evil?
– Hum... Bom!
– Eu faço a pipoca.
Meu telefone tocou até cair
na caixa postal.
– Demi, eu... Eu sinto muito
pelo o que você viu. Eu realmente não queria que você visse. Eu ia conversar
com você, eu ia pedir para terminarmos. –a ligação caiu. Ele ligou mais uma vez
e caiu na secretária eletrônica. – Recebi uma proposta para trabalhar só na
filial do Chile. Não vou viajar tanto mais, essa vida está me cansando. Eu
realmente sinto muito... – caiu mais uma vez, ele ligou de novo. – Eu quero que
saiba que eu te amo e sempre te amei. –
Fui até o telefone e o arrebentei da tomada. – O meu celular tocou, eu tirei a
bateria sem ver quem era.
– Terminei de fazer a pipoca.
Assistimos todos os filmes do
Resident Evil.
Era quase meia noite quando
Joe decidiu que era hora de ir embora e eu sabia que nós voltaríamos a nossa
rotina de cão e gato no dia seguinte, era só uma questão de tempo.
A presença dele foi muito
importante para mim nesse dia, eu era grata por isso, como um dia ele foi grato
comigo e exatamente como naquela fez, agiríamos como se esse dia não tivesse
acontecido. Se alguém me perguntar se eu já transei com Joe, eu vou negar até a
morte e se alguém me perguntar se eu já estive num cômodo com Joe por horas sem
brigar só com carinho, eu também ia negar. Era o nosso segredo, só nosso.
Joe me ajudou a guardar o
colchão, os lençóis e lavar algumas louças, ele era prendado às vezes e quando
ele chegou perto da porta para abrir, a campainha tocou.
Estranhamos o horário, mas
Joe abriu a porta. Demos de cara com Wilmer. Minha vontade era de voar no
pescoço dele e bater até sair sangue, mas Joe agiu por mim. Acertou-lhe um soco
antes de seguir para o seu apartamento. Eu fechei a minha porta.
Wilmer foi embora. Espero que
não volte mais. Nunca mais.
XXX
Estamos amando isso! Continuem assim,
está sendo maravilhoso!
Já sabem que quanto mais comentários,
mais postes!
Obrigada pelo aviso, Anne.
Ela fez o favor de me avisar que já
haviam mais de dez, por isso que eu amo vocês.
Comentem mais e eu posto mais!
Perfeito!!! eu quero dar uma surra no Wilmer, mas só o soco que Joe deu nele valeu a pena ;)
ResponderExcluirpensei até que Joe e Demi iriam repetir a cena de quando Joe foi traído hahaha Aguardo um hot!!
Beijoos, <3
To com preguiça de digitar, mas quero mais kkk'
ResponderExcluirBeijos~
To chocada joe e demi ja Transaram O_O .
ResponderExcluirEstou adorando a Fic. O Capitulo estava perfeito.
Poste logo!! Bjs
Amando !!!! Posta mais por favor!!!
ResponderExcluirPosta mais
ResponderExcluirSe der faz maratona
Ameeeeeeeeeeeeeeeeeiiiii....que fofo o Joe cuidando da Demi..na minha opinião ele gosta dela só esconde isso...posta logooooooooooo please
ResponderExcluirQue fofo Joe cuidando da Demi
ResponderExcluire maravilhosos ele batendo no Wilmer <3, adorei o que a Demi fez hahahah. Espero que esse trate não volte
Posta Logo
Beijos
Perfeito!! Aquele Wilmer arg idiota!!! Amo a fic! O Joe deu um murro no wilmer ehehe! kiss :*<3
ResponderExcluirto amando essa fic,posta logo outro u.u
ResponderExcluirposta logo pfvr
ResponderExcluirestou amando <3
Posta logo
ResponderExcluirAmei o capítulo muito muito. Esse Joe é um fofo! OMG eles já transaram jamais poderia imaginar isso.... Estou besta até agr ... Perfeito :)
ResponderExcluirContinuaa
Fabíola Barboza
Oi!! Cap está perfeito!!! Estou amando a fic!!! Bju!!
ResponderExcluirque perfeito <3
ResponderExcluirto amando
posta logoo
beijos
Que perfeito eu to amando a Fic é muito perfeita!!!
ResponderExcluirPosta loooooooogo por favor
beijos!!