quinta-feira, 31 de julho de 2014

Capítulo 24: I Hate You, Don’t Leave Me



No caminho Demi olhou para fora e não quis falar com Joe, ela estava mais do que chateada, mais do que brava com o homem. Um brinquedo sexual, assim era como ela se sentia. Alias, foi disso que ele a chamou, uma boneca inflável que ele usa quando quer.
Joe colocou o carro em uma vaga qualquer e antes de ele puxar o freio de mão, Demi já havia saltado. Medo, raiva, arrependimento, surpresa... alguns sentimentos que ela tentava dominar. Ela podia dar adeus à revista, esta seria de Joe e ela não podia fazer mais nada. Seu pai estava relutante em opera-la.
Na sala de espera, Demi viu Denise e Paul nitidamente assustados.
– Como está minha mãe?
– Ela está sedada e seu pai está conversando com o médico. Foram feitos muitos exames nela, querida.
– Por que não me ligaram mais cedo?
– Assim que soubemos viemos para cá e te ligamos.
– Como ela está? – perguntou Joe logo atrás de Demi.
– Está sedada agora, Joe.

Demi sentou no sofá, abaixou a cabeça segurando-a com as mãos. Joe sentou ao seu lado, ele sabia que ela estava brava com ele, mas não recusaria um carinho. Jonas fez carinho nas costas da mulher, ela suspirou fundo. Ele teve medo de ela dizer alguma coisa que os deixasse em má situação. Uma vez que até a família Jonas era a favor do casamento. Denise levou as mãos aos céus agradecendo a nora que conhecia a família.
Paul agradeceu pela a empresa não sair das mãos de quem sempre pertencia, ele tinha medo de uma qualquer depois de um golpe qualquer pedir alguma parte da revista. Ele, como Patrick, sempre quiseram que a família ficasse entre os Jonas e Lovato.

Demi não recusou o carinho, o sentia, sabia que Joe estava ao seu lado, mas não recuou. Ela queria mais, ela queria poder chorar nos braços dele, mas era orgulhosa demais.
– Demi, não fiquei nervosa. – disse Denise. – Quer falar sobre outra coisa? – Demi negou. Queria ficar quieta e chorar se fosse possível. – Quer falar do seu casamento?
– Não vai mais haver casamento nenhum.
– Como assim? – Denise esbulhou os olhos, ela e Diana já estavam com quase tudo planejado, desde o dia que Demi disse que elas poderiam planejar.
– Conte para sua mãe, Joe, porque não vai mais haver casamento.
– Ela está brava comigo, mamãe e agora ela está nervosa. Não dê ouvidos, ainda vamos conversar. – Demi virou os olhos, mas antes que pudesse retrucar e contar toda a verdade, seu pai entrou na sala de espera, encarando Demi.
– Como ela está pai?
– Oh, querida! Eu gostaria de dizer que ela está bem, mas eu estaria mentindo. O médico disse que a doença avançou demais desde a última consulta e não foi muito tempo.
– Posso vê-la? – Demi perguntou.
Patrick ainda estava falando da esposa, mas ela não quis ouvi-lo mais.
– Pode, mas ela está sedada, está dormindo.

Demi viu a mãe dormindo tranquilamente, parecia que nada tinha acontecido, mas ela sabia, pela expressão de seu pai, que tudo estava longe de tranquilo antes de ela chegar.
A partir dali Demi sabia o que significava, ela teria que ceder antes dos seis meses completos, ela agora teria que dizer a Joseph que ele comprasse, era uma esperança, uma única esperança de ver sua mãe bem outra vez, senão... Lovato chorou sobre sua mãe, sentia tanto por ela está assim. Queria poder fazer algo e mudar a situação, sem que isso mexesse com o seu orgulho.
Depois de limpar as lágrimas e se recompor, Demi passou pela sala de espera chamando Joe para ir embora, em seguida despediu-se de seu pai, Denise e Paul.
Demi chorou no carro, com o orgulho ferido. Teria de pedir isso a Joe.
– Demi, pare de chorar, por favor.
– Você não tem entende, Joe. Você...Esquece.
– Eu gostaria de poder ajudar, de poder fazer algo para não ver você chorar. Ver você chorar, acaba comigo. Eu não sou capaz de ver isso.
– Estou muito mal, Joe. Não é só pela minha mãe, mas pelo o que você disse, pela mentira, pela circunstancia, pelo meu pai, pelo meu emprego...
– Sobre o que eu disse, eu peço desculpas. Eu estava nervoso e preocupado com você. Você não serve só para sexo, não foi isso que eu queria dizer. Eu estava nervoso com tudo e eu sinto muito.
– Sinto muito não vai fazer diferença. – ela disse limpando as lágrimas. – mas para o que eu sirvo, então?
– Muitas coisas.
– Como o que, por exemplo?
– Para brigar... – ele disse fazendo graça, Demi bateu em seu braço. – Hei, estou dirigindo! Você é uma ótima editora, é difícil para eu dizer isso, mas você é, eu nunca poderia tomar conta de toda a resta sozinho. Você é uma ótima amiga, sei pelo modo como trata Selly e Mi, e você é uma ótima namorada. Sei que não somos namorados de verdade, mas se de mentira é tão bom assim, imagina se fosse verdade? Você é uma boa cozinheira, uma boa enfermeira, é boa em sexo, é boa em ser carinhosa,  é boa para guardar segredo, cuida e se preocupa com a sua família... Eu poderia dizer mais, mas estou concentrado no volante. – finalizou sorrindo.
– Obrigada.
– Me desculpe pelo o que eu disse.
– Eu desculpo você, mais uma vez. – Joe olho rapidamente e sorriu docemente para a mulher.
– Quer que eu fique com você no seu apartamento? – perguntou agora preocupado com ela.
– Não. Obrigada, eu posso lidar com isso sozinha. – Demi entrou no seu apartamento.

****

Joe entrou tirando os sapatos, a camisa, e abriu o botão da calça.
– Joe! – Demi abriu a porta com a chave que Joe havia lhe emprestado depois do incidente do vizinho, eles trocaram as chaves. – Eu disse que não queria que ficasse no meu apartamento, mas eu posso ficar no seu. Eu realmente não quero ficar sozinha hoje. – disse envergonhada para o homem quase sem roupas na sala.
– Quer me acompanhar no banho? – ela sorriu indo atrás de Joe.

Depois do banho compartilhado Joe e Demi estavam deitados na cama dele, Demi estava deitada sobre seu ombro enquanto o Joe acariciava os braços descobertos da mulher. Demi ainda não havia tirado tudo aquilo da cabeça, suspirou não sabendo o que fazer.
– O que foi? – Joe acariciou a cabeça dela. – Sua mãe vai ficar bem...
– Não é só isso. São tantas coisas, que eu... Não quero falar sobre isso, Joe. Só quero tirar tudo da minha cabeça.
– Talvez se me contar, vai sair da sua cabeça.
– Outro dia... Hoje não. – Demi olhou Joe, se aproximou e o beijou.
 Beijou com muito carinho.
– Boa noite.
Ainda nos braços do Jonas, Demi dormiu e talvez aquela noite tenha sido a noite de sono mais tranquilo que ela teve nos últimos dias.

****

Tanto para Demi quanto para Joe, aquele dia foi um dia diferente. Eles acordaram juntos, tomaram banho juntos, foram para o trabalho juntos sem nenhuma discussão, talvez estivessem se dando melhor agora ou enxergavam o quanto são bons juntos e não era só de sexo, não era só no trabalho.
Demi respondeu ao e-mail do gerente do banco, tentando argumentar, mas o senhor continuou dizendo que não poderia ajudar, Demi tentou pedir ajuda para o plano de saúde dos pais, mas como ela mesma sabia era impossível. Apesar dos pais terem dinheiro tinham um péssimo plano de saúde. Demi, derrotada, engoliu o orgulho e encheu-se de determinação. Apenas Joseph poderia pagar essa operação, claro, em troca dos cinquenta por cento das ações da família Lovato.
Demi andou devagar até o elevador, ele usava um macacão preto e saltos bege.
O coração dela dava pulos de tanto nervosismo. Pela primeira vez, engoliria seu orgulho para abandonar o seu maior sonho, faria isso pelos seus pais, pela felicidade deles. Demi saiu elevador, viu Nick conversando com Bryan, acenou para ele que sorriu abertamente para ela. Ela continuou andando em direção a sala de Joe, que há muito tempo já era intima, os dois passavam muito tempo juntos naquela sala, como na sala dela também resolvendo inúmeros problemas relacionado à revista. De fato, seu pai mal trabalha na revista, como o Sr. Jonas aparecia poucas vezes, por isso os dois tinham resolver e descascar todos os pepinos e abacaxis... Juntos.

Demi abriu a porta sem bater e sem deixar que a secretária de Joe anunciasse sua entrada. Ela assustou-se quando viu seu pai, se levantando e apertando a mão de Joe.
– Você não sabe o bem que está fazendo a nossa família. – disse o pai de Demi.
– Pai?
– Demi?
– O que...?
– Demi, estava fechando negocio com Joe. – disse seu pai sorrindo.
– Fechando negocio com Joe... Não se lembra que eu deveria saber disso? Afinal de contas, eu queria comprar as ações.
– Querida, as coisas mudaram de figura. Agora, você e Joe estão noivos, irão se casar. As ações serão dos dois em conjunto, não é mesmo?  Não achei...

 “Não, papai, não vai ter casamento! Nós não iremos nos casar!” era essas coisas que passavam pela cabeça de Demi..

– Como está a mamãe? – Demi resolveu perguntar antes de dizer algo que seu pai não gostaria de ouvir.
– Demi, os médicos disseram que se quisermos a cirurgia, este é o melhor momento. Ela não está nada bem, querida. Eu preciso ir, é horário de visitas e eu quero estar com a sua mãe. – Patrick beijou o topo da cabeça da filha e saiu despedindo-se de Joe, fechando a porta em seguida.
– Você deveria ter falado comigo. Você sabe muito bem que não vamos nos casar, isso é roubar. Nós tínhamos um trato, Joe. Não tem casamento! Ontem mesmo falamos disso, eu disse que íamos terminar tudo. Você enganou ao meu pai.
– Demi, podemos mudar a situação.
– Como quer que mudemos a situação? Quer que eu case com você de verdade?
– Não é má ideia.
– Você só pode estar brincando!
– Nossos pais querem tanto, nós nos damos tão bem, Demi.
– Nós brigamos o tempo todo, você está louco.
– Já passamos da idade de casar, querida e se você pensar bem, é a única maneira de você ter a revista que você tanto quer.
– Por que você quer isso?
– O maior sonho de nossos pais, Demetria é nos ver juntos, trabalhando juntos sem brigar por partes da revista. Eu tenho certeza que eles ficariam mais felizes ainda se tudo isso ficasse entre uma única família, Demi. A nossa família.

Demi sabia que Joe estava certo, era a felicidade dos pais deles, mas e a felicidade dele e a felicidade dela? Isso não contava mais?.


XXX
Então, meus amores!
Mais um capítulo para vocês. Esperamos que tenham gostado.
Essa fic infelizmente está nos seus capítulos finais.
ÚLTIMAS EMOÇÕES!
Será que tem casamento?
Será que a mãe de Demi melhora?


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Capítulo 23: I Hate You, Don't Leave Me



Joe respirou algumas vezes antes de ir atrás dela. Só Demetria conseguia abala-lo sexualmente só com um beijo e caricias. Durante o almoço, Diana tinha algumas falhas de memória, como errar o nome de Joe varias vezes e esquecer momentaneamente de como pegar o garfo e a pronuncia de algumas palavras, sua mãe estava doente e Demi ficou triste ao perceber isso. Havia até se esquecido da provocação que havia prometido a si mesma que faria em Joe. Sua mãe era a mais importante.

O almoço terminou e Demi não conseguiu disfarçar a tristeza que sentia no momento. Joe tentava animá-la a todo momento soltando algumas piadinhas que sabia que ela não ia gostar, mas ela não se importou, sorriu mostrando claramente que não estava prestando atenção na conversa.
– Que cara é essa, minha filha? Não parece com o rosto de uma mulher que praticamente acabou de se tornar noiva.
– Desculpe, eu... Só estava pensando em algumas coisas.
– É sobre o que houve no apartamento? Eu acho que Joe não devia deixá-la dormir mais sozinha naquele apartamento. Pensei que esse prédio fosse seguro, mas depois do que houve.
– O prédio é seguro papai. Ele era morador do prédio também, eu acho que não devemos colocara culpa no lugar, além disso a culpada fui eu, se não tivesse agido... Quer dizer, se tivesse dado a chave a Joe ao invés de deixa-la debaixo de extintor de incêndio, ele não teria descoberto e invadido meu apartamento.
– Demi, por que deixava a chave lá?
– Joe tentou me alertar, mas só nós dois morávamos na cobertura, eu jamais ia imaginar que alguém... enfim, foi estupidez da minha parte.
– Por sorte nada aconteceu.
– Eu ainda acho que não deve deixa-la sozinha, Joe.
– Desde sexta não nos desgrudamos um só segundo. – Joe disse e Demi lhe sorriu cúmplice.

Conversaram mais um tempo e Demi achou que estava ficando tarde. Ela estava exausta pelo ataque na casa dela, pelo passeio do dia anterior e pelo sexo loucamente inesquecível com Joe. Ele percebeu o quanto Demi ficara perturbada com a situação de sua mãe, mas em momento algum disse alguma coisa e isso de certa forma mexeu com Joe.
– Na minha casa ou na sua? – Joe perguntou.
Demi riu alto.
– Tanto faz, as duas estão se tornando quase uma só.
– Tem razão! Devíamos pensar seriamente nisso.
– Em que?
– Sobre o casamento. Olha, estão todos felizes com essa possibilidade seria a solução de todos os nossos problemas.
– Você deve ter bebido demais, Joe. – ela encerrou o assunto. – Ainda deve estar passando o jogo dos Yankes que você queria ver. Se quiser pode ficar no meu apartamento e podemos comer pizza enquanto assistimos.
– Você não gosta de jogos.
– Mas eu torço pelos Yankes. – Demi foi sincera.
Joe pegou a mão dela e beijou a costa. Fazendo um carinho gostoso.


Dias depois...


Joe estava no apartamento da Demi. Não era mais novidade que um dormia na casa do outro quase todas as noites, exceto quando eles brigavam, porque eles ainda brigavam. Ela estava acordada, já fazia dias que não dormia bem por causa de toda essa situação. Não só por transar sempre com Joe, mas a revista que estava saindo de sua família e sua mãe com uma doença incurável que seu pai tinha esperanças de melhoria com uma cirurgia caríssima.

Demi se via numa situação gritante de desespero. Parecia que só ela raciocinava naquele lugar, Joe só pensava em sexo o tempo todo era bem óbvio que ele não imaginava o que acontecia, até porque os problemas eram da família dela, já que ele compraria a parte de seu pai.

Demetria olhou Joe dormir de bruços, aquelas costas largas de um corpo atlético e totalmente ardente. Ela não se via sem esse corpo mais nem um dia de sua vida. A mulher suspirou pensando nisso. Ela levantou devagar da cama alcançando seu penhoar e em seguida seguiu para a sala. Seu notebook continuava sobre a mesa de centro, onde Joseph havia colocado alegando que ela trabalhava demais e precisava aliviar o estresse.
Sabe como? Sim, com sexo.
E muito bom diga-se de passagem.

Demi suspirou mais uma vez, sentindo um calor incomodo lembrando do trabalho das mãos de Joseph em seu corpo. Por que só aquele homem despertava essas sensações de prazer nela? Por que parecia que ela não ia viver sem Joseph? Por que parecia que o mundo desabaria sobre sua cabeça?

Logo lembrou novamente de sua mãe. Sempre foi uma mulher tão forte e estava sendo dominada por uma doença invencível. O que mais doía em Demi era saber que não havia uma cura, ela morreria com aquela doença. Nem todo o dinheiro do mundo faria sua mãe voltar a ser quem era e seu pai estava cego de esperança apostando tudo o que tinha pela recuperação de sua esposa amada.

Demi resolveu espantar todos esses pensamentos, precisava parar de se lamentar dos problemas e encontrar soluções para resolvê-los. Assim que o computador ligou, um som avisando duas novas mensagens no seu e-mail. Demi abriu cuidadosamente.

O primeiro email era de Carmem que mandava seu artigo atrasado, Demi leu rapidamente sabendo que teria que revisar algumas partes complicadas de entender, ou que causava ambigüidade. Carmem era uma nova colunista que a pouco saíra da faculdade, ela escrevia ótimos textos, mas a falta de experiência era visível. Demi depois de baixar e ler o texto, resolveu guarda-lo em uma pasta e depois abriu o outro e-mail. Era do gerente do banco alegando que o pedido de empréstimo de Demi foi recusado pela central e que ele já não poderia ajudar mais.
– Demi! – chamou Joe, que mal conseguia abrir os olhos e andando até ela de samba canção. – Por que saiu da cama?

Demi fechou rápido o notebook, com medo de Joe saber que sua única alternativa de pagar a cirurgia de sua mãe foi recusada. Um nó se fez em sua garganta. A intenção de Demi não era mais comprar a parte de seu pai, e sim pagar a cirurgia de sua mãe, por mais que talvez fosse inútil, ela poderia dizer que eles tentaram uma recuperação. Patrick amava trabalhar, seria injusto que ele vendesse a Demi ou até mesmo a Joe.
– Estou sem sono.
– São quase quatro da manhã. – ele disse perto dela.
Demi foi para a cozinha preparar um lanche, queria ficar longe de Joe.
– O que aconteceu? – Joe perguntou.
Estava estranhando o comportamento dela.
– Nada que seja da sua conta.
– Demetria, às vezes eu acho que você é bipolar. Tem hora que estamos bem nos divertindo e de repente você fica toda frigida de novo. É por isso que nenhum homem fica tanto tempo com você! Com esse humor instável... Parece uma louca, mulher doente! - Demi olhou para Joe incrédula pelo o que ouvia. – Você vai continuar sozinha!
– Se eu sou louca e doente, por que ainda fica no meu apartamento? Por que pede minha companhia? Por que me deu esse anel idiota?
– Para fazer o que nós sabermos fazer de melhor! Sexo!.

Aquele nó que apareceu, e já estava se desfazendo voltou. E ainda maior.
Os olhos de Demi encheram de lágrimas, ela não enxergava Joe, estava cega de ódio.

– Desculpe, Demi. Não foi isso que eu quis dizer.
– Você poderia querer dizer qualquer coisa, mas o que você disse é o que conta, Joseph. – a lágrima desceu devagar e Demi limpou rapidamente. – Quer saber de uma coisa? Amanhã nós vamos dizer que não namoramos mais, porque eu cansei de toda essa farsa. É sexo que você quer, é só o que eu posso te dar, certo? Só não espere mais isso de mim, Jonas. Suas chaves estão na mesa do abajur, já teve seu sexo por hoje, pode ir para casa.
– Demi, não faz assim!
– Eu só sou capaz de te dar sexo, Joe. E você já teve o bastante... sai da minha casa! Agora.
– Demi....
– Por favor, Joe. Basta ir embora!
– Eu vou, mas amanhã precisamos conversar. – Joe pegou a chave na mesa de centro e o telefone tocou. Assim como Demi, Joe estranhou. Era quatro da manhã. Demi sentiu um aperto no coração sabendo que algo ruim havia acontecido.
– Oi! – atendeu rápido.
– Desculpe, Demi. Estava dormindo? Joe está aí com você?
– Não, Denise, eu estava acordada. Sim, Joe está aqui... Aconteceu alguma coisa? São quatro da manhã.
– Eu preciso falar com Joe, Demi é um assunto muito sério.
– Tudo bem. – Demi passou o telefone, mas não saiu de perto. – Sua mãe.
– Oi, mãe!
– Joe, eu preciso que você fique tranquilo, se não Demi pode ficar histérica.
– O que aconteceu?
– Diana, teve uma crise. Acordou de madrugada agredindo Patrick gritando e querendo fugir dele, não reconheceu. Patrick teve que chamar a ambulância. Diana esta muito mal, Patrick ligou para nós sem saber o que fazer e como dar a noticia a Demi. Eu achei que como namorado dela, você seria a melhor pessoa para...
– Eu já entendi.
– Diana, está no hospital de sempre sabe onde é?
– Claro que sei.
– Eu acho que Patrick quer Demi por perto, pode explicar para ela e traze-la?
– Claro. Obrigada por me avisar, mãe. – Joe desligou o telefone.
– O que aconteceu, Joe?
– Demi, preciso que fique calma agora. – falou cuidadosamente – Seu pai precisou levar sua mãe no hospital.
– Por quê?
– Ela teve uma crise, mas pelo que mamãe falou já está tudo bem,

Demi correu para o quarto pegando a primeira roupa que encontrava, Joe acompanhou colocando a roupa que estava no chão do quarto. A mulher estava completamente cega de preocupação. Mal sabia o que ia fazer.
– Qual hospital que ela está?
– Eu vou te levar.
– Eu não vou fazer sexo no hospital, não precisa ficar perto de mim.
– Demi, você não está em condições de dirigir. Por favor, me deixe te levar.

Ela não respondeu, continuou colocando suas roupas e Joe entendeu esse sinal, como se fosse um afirmativo. Ele sabia que ela estava brava e ela tinha razão para ficar. O que ele disse não tinha perdão, não era a primeira vez e dificilmente ela esqueceria.
Demi estava assustada e amedrontada demais por sua mãe para se importar com Joe naquele momento.

XXX
Hei meninas!!
Sabem que nós amamos vocês, não é? Então comentem!


terça-feira, 22 de julho de 2014

Capítulo 22: I Hate You, Don’t Leave Me

 Demi abriu os olhos e viu Joe ao lado dela.
Ele estava dormindo, sereno e o som da respiração dele era tão calma que ela teve vontade de dormir de novo. Sorriu ao lembrar do sexo incrível da noite anterior. Não só da noite, mas do dia todo. O sexo na porta, o sexo na cama, o banho juntos mais do que divertido, o passeio em Jersey, o jantar agradável, o sexo oral maravilhoso – que só de lembrar já fazia Demi se excitar novamente. Ela suspirou ao pensar que tudo isso ai acabar algum dia.
Infelizmente.
– Bom dia. – disse Joe com a voz rouca e sexy pelo qual Demi estava amando ouvir.
Sentira falta disso durante o tempo que estavam separados.
– Bom dia! – Demi sorriu virando-se para ele. – Você está com cara de quem transou a noite toda.
– Eu transei a noite toda. Uma mulher me acordou às cinco da manhã me estuprando.
– Está reclamando?
– Obvio que não, eu só... Bom, isso foi excitante, sexy e maravilhoso. Poderia fazer isso novamente. Talvez todas as noites se preferir. Aliás, eu não imaginava que um sexo oral poderia fazer uma mulher ficar tão excitada dessa maneira.
– Ai, Joe. – Demi ficou vermelha. – Não seja idiota!
– Me dê um beijo de bom dia.
– Eu não vou beijar você depois do que disse.
– Vai ficar me devendo um beijo, fique sabendo.
– Idiota! – Demi disse se levantando seguindo para o banheiro.
– Gostosa. – ela mostrou a língua em seguida, achando divertido.

Joe preparou um café rápido quando esperava Demi sair do banho e ela terminou arrumando a mesa acrescentando frutas, geleias e pão fresco que buscou rapidamente numa padaria que tinha por perto. Ela não admitiria, mas estava tentando retardar o tempo que tinha perto de Joe.
O café da manhã foi agradável, Joe fazia piadinhas constrangedoras que fazia Demi querer virar uma formiga, mas gargalhava achando graça no ego enorme que seu namorado tinha.
Seu namorado?
Exatamente. Namorado.

Demi já estava acostumada a estar no carro de Joseph. Antes era um incomodo estar dentro do carro do cara que ela detestava, mas agora depois de todo o sexo que eles experimentaram e todo o divertimento que eles podiam ter juntos, era algo natural.
Assim que entrou no carro de Joe, a mulher ligou na estação que queria, sem se importar com o que Joseph iria dizer, eles gostavam do mesmo estilo de música. Quando Joe entrou no carro, lhe agradou o som que vinha da rádio, Paramore, os primeiros acordes de The Only Exception estavam ecoando pelas caixas de som traseiras. Ele sorriu e aumentou o volume, certamente aprovando a decisão de Demi.
Eles não precisavam conversar durante o caminho, mas o homem não conseguia ficar quieto por muito tempo perto dela.
Amor, o que vai dizer para os nossos pais?
– Não me chame de “amor” nesse tom, Joe.
– Pensei que íamos interpretar.
– Nós iremos. – respondeu triste.
Não queria mais interpretar.
– O que foi?
– Só estou cansada das mentiras, Joe. Só isso!
– Seus pais não vão gostar se dissermos hoje que terminamos, ainda mais com o que houve no seu apartamento na noite de sexta-feira. – Demi bufou sabendo que o homem tinha razão.
De certa forma, ela gostaria de acabar com a farsa, mas ela gostaria que alegria que sentia ao lado dele permanecesse. Ela queria parar com as mentiras, mas será que gostaria que se tornasse realidade ou se ver livre de Joe.
– Nos jornais está dizendo que estávamos brigados e ele se aproveitou do momento, pois eu não estaria. – Joe disse comentando do atentado de sexta.
– O jornal está correto. – disse somente.
– Demi, por favor, vamos conversar sobre isso. – Joe estacionou o carro.
– Joe, eu não quero falar disso. Eu ainda não estou pronta.
– Os nossos pais vão fazer perguntas, Demi. Você precisa falar disso.
– Eu fiquei com medo, em pânico, eu pensei que tudo ia acabar ali. Eu tive tanto medo, você não imagina e eu não quero falar disso, nem com você, nem com meus pais. Eu não quero!
– Eu disse a sua mãe que você estava bem, Demi.
– Anda conversando com a minha mãe?
– Eu sempre falo com ela. Desde que nós começamos a namorar.
– Não estamos namorando
– Sinto lhe informar, mas nós transamos, nos beijamos, somos um casal para quase todo mundo, estamos e posamos juntos em todos os lugares e temos brigas frequentes. Querida, sinto em lhe informar que isso é um namoro.
– Você me irrita, Joseph!
– Eu também te amo. – Joe disse avançando para beijá-la, mas Demi virou o rosto para o lado da janela.

Ele insatisfeito pela segunda vez, tirou o cinto de segurança, segurou no rosto da menina e a beijou. Ela tentou negar, mas quando Joe forçou a passagem do beijo, ela cedeu o beijando de volta. Apesar das brigas o beijo era bom e não adiantava ela negar, ou tentar resistir, ela caia nos beijos dele.

O locutor anunciou a música de Jessie J com B.o.B., e Prince Tag começou a tocar quando Demi já estava totalmente perdida com o beijo de Joe. Ele sabia que logo ela iria se acalmar e relaxar, pois já a conhecia muito bem, e por isso, desgrudou dos lábios dela, sem aviso e voltou a dirigir. Sem se importar como ela ia se sentir, se ela queria mais. Apenas fingiu que não haviam acabado de se beijar. Aquilo tudo foi pelo beijo negado da manhã, Demi sabia disso.

Ele estava dando as coordenadas do jogo e Demetria não estava gostando disso. O rumo dessa história tinha que mudar, ele não podia continuar no comando do jogo e fazendo-a de idiota. O carro parou em frente à casa dos pais de Joe e ela saltou do carro antes de Joe tirar a chave da ignição, ele sabia que ela estava brava com ele e faria desse almoço, que era “tarefa fácil”, algo extremamente difícil.


Demi tocou a campainha, por sorte Denise demorou mais do que o necessário a tempo de Joe chegar do lado de Demi e posar como casal perfeito. Demi abraçou Denise, há tempos não se viam e certamente estavam com saudades. Atrás dela estava seu pai, que estendeu os braços abraçando-a apertado.
– Eu fique apavorado quando li sobre o que tinha acontecido.
– Eu estou bem papai. – ela odiava admitir, mas... – Se não fosse por Joe, eu certamente não estaria.
– Joe, meu genro, eu devo tanto a você. – Patrick largou Demi para abraçar Joe.

De longe, Demi viu sua mãe sentada conversando com Paul, ela estreitava os olhos, sinal claro de quem estava pensando mais do que devia. Diana virou o rosto e viu Demi, a senhora abriu o sorriso maior que podia e se apressou em abraçar Demi.
– Oh, querida! – Diana abraçou apertado. – Se algo tivesse acontecido com você, eu não ia sobreviver. Eu já não estou bem, querida. Sem você eu não sou nada.
– Mamãe, fique tranquila. Eu estou bem agora, não aconteceu nada comigo. – Diana não desgrudou da filha, depois que ela cumprimentou Paul, sentaram na sala para conversar um pouco antes do almoço.
– Fiquei tão feliz com a perspectiva de um casamento.
– Casamento? – Demi perguntou assuntada e Joe abaixou a cabeça, com certeza não era pra falarem desse assunto.
– Eu fiquei triste de saber que você contou a Diana e não contou para mim, Joseph.
– Contou o que? – Demi já estava ficando nervosa imaginando mais do que sua cabeça poderia suportar.
– Querida, Joe nos contou sobre o casamento. Eu só imaginei que você estaria usando uma aliança.
– Eu mandei fazer uma aliança para ela. Eu quero que ela desfile com uma bela aliança no dedo.
– Eu já disse que não vou usar aliança nenhuma.
– Demi! – Sua mãe assuntou.
– Perdemos alguma coisa?
– Não, papai, eu que perdi uma coisa. Por que eu não sabia de casamento nenhum.
– Oh, estragamos a surpresa! – exclamou Diana. – Oh, me desculpe, Joe. Eu não sabia de que ainda iria fazer o pedido. – a mãe de Demi levantou do sofá. – Vamos deixá-los conversando, eu sinto muito.

Demi queria matar Joe e o olhar dela era claro quanto a isso, já não bastava o que ele fez no carro. Agora, inventar uma coisa dessas para sua mãe estava deixando-a mais nervosa. Sua mãe estava doente, mal podia lidar com as lembrança do passado.
– Me perdoe. – ele disse quando seus pais já não estavam por perto. – Não foi desse jeito que eu...
– Cale a boca, Joseph. Você não podia ter feito isso, você não podia inventar uma história dessas para a minha mãe sem nem pensar em falar comigo primeiro. Eu estou mais do que brava com você. É ridículo! Você é ridículo!
– Calma, Demi. Não foi bem assim que tudo aconteceu. Eu disse alguma coisa que faz a sua querida mãe pensar que íamos nos casar.
– O que disse?
– Eu só estava querendo animá-la, ela estava triste pela doença e por não poder estar perto de você no momento difícil, estava se sentindo culpada e disse que ia morrer, eu disse algo sobre nossos futuros filhos e sobre ela poder ver o nosso casamento. Ela surtou, Demi. Não tenho culpa
– Você jura?
– Juro. Eu fiquei sem graça de dizer que não era desse jeito.
– Essa mentira está indo longe demais.
– Assim que sua mãe melhorar, a gente vê isso. – Demi assentiu, mas ainda estava brava. – Eu falei sério sobre a aliança. Eu realmente mandei fazer!
– JOSEPH!
– O almoço está servido. – chamou Marie, a governanta da casa Jonas.
– Disfarça essa cara de noiva arrependida e me acompanhe até a sala de jantar. – Demi estava emburrada, mas sorriu, depois de ver o sorriso sincero de Joe.

Demi invés de segurar na mão dele, como Joseph esperava, partiu para um beijo. Óbvio de que ela não tinha esquecido o beijo do carro e ela pegaria mais pesado com ele. O beijo parecia normal, as línguas se entrosavam em sintonia, Joe não estava achando estranho o fato de Demi beijá-lo sem nada em troca, mal ele sabia que aquilo não era apenas um agrado, aquilo era uma revanche.
Demi soltou um breve e falso gemido, apenas para provocá-lo, vindo da garganta que fez Joe assustar.Em seguida ela abaixou as mãos que acariciavam as costas de Joe colocando-a por dentro da camisa pólo dele, acariciando com as pontas do dedo de modo sexy. Ela sabia que ele gostava. Joe sorriu por entre o beijo, mas não pensou em tirar as mãos dela do contato com sua pele. A carícia de Demi era intencional, queria deixar Joe com gostinho de quero mais como ele havia feito mais cedo.

Antes que pudesse pensar, Demi passou a mão por dentro da calça do homem, vendo-o recuar com medo de onde aquele beijo quente acabaria. Entretanto a mulher não se importou, sorriu novamente de um jeito sexy e enfiou os dedos dentro da calça dele, seguindo para a parte da frente quase encostando a ponta de seus dedos em seu pênis. Ela agarrou a calça dele trazendo-o mais para perto dela, quando ele tentava recuar.
– Está brincando com fogo, querida.
– Estou apenas começando. – Demi selou os lábios dele e seguiu para a sala de jantar.


 DEMOREI, MAS POSTEI.
NOS DESCULPE!