Capítulo 12: I Hate You Don’t Leave Me

Capítulo 12: I Hate You Don’t Leave Me

Demi preferiu não ver Joe saindo.

Ela não acreditou no que haviam acabado de fazer, e por um momento se sentia muito aliviada e satisfeita, então preferiu tomar outro banho, e depois foi para sala com o seu pacote de pipoca pronto. Não poderia mais agir como se nada tivesse acontecido.

Joe voltou para o seu apartamento sorrindo, agora ele tinha entendido porque tanta agressividade. A vontade dele era de voltar lá e fazer tudo de novo.

No dia seguinte, Demi estava se sentindo renovada e descansada, toda a frustração e o desejo reprimido haviam sumido e tudo para Demi era felicidade. Estava tão feliz que resolveu colocar uma música dançante, ainda estava escolhendo a música quando a sua porta da frente foi aberta por Marie que havia chegado.

Optou por Can’t Remember to Forget da Shakira feat. Rihanna.

– Está animada hoje, querida?

– Acordei inspirada hoje. – respondeu Demi. – Huum, o que está fazendo aqui? Hoje não é o seu dia.

– Joe pediu para eu vir te chamar pra tomar café com ele. Ele disse que é um pedido de desculpas pelo sábado. Acho que ele se enganou, não foi domingo que ele passou mal?

– Foi, mas... – Demi desistiu de tentar explicar, poderia ser complicado. – Agradeça-o por mim e diga que eu vou comer algo rápido por aqui.

– Tudo bem. – disse ela saindo do apartamento de Joe.

*****

Joe entrou no apartamento de Demi sem avisar, e não se assustou quando viu Demi dançando como louca, na sala e de vestido florido. Há quanto tempo ela não usava vestidos assim? Ele estava acostumado a vê-la sempre de terninho, bem ... tirando as vezes que ele invadiu seu apartamento de robe, camisola, shorts.

 Ele se esqueceu do que ia dizer, apenas parou e observou Demi cantar e dançar fazendo gracinhas com aquela musica animada. Quando Demi se virou e viu Joe parou imediatamente, e sumiu com o sorriso ficando séria automaticamente.

– Que espanto toda essa animação. – disse ele querendo provocá-la.

– Eu sempre acordo assim. – Demi disse indiferente

– Claro, hoje você deve estar um pouco mais inspirada. – Demi seguiu para a cozinha, precisava de um pouco de café. Mas Joe a seguiu... Logo na cozinha com Joe por perto?

–Não sei por quê! – disse ela se fazendo de desentendida.

– Claro, não houve nada, como também não aconteceu nada no meu sofá naquele dia. 

Demi ignorou servindo-se de uma xícara de café.

– Aceita? – ela olhou para ele e só então percebeu o corte na testa do homem.

O corte foi superficial, mas era visível e deveria ter doido. Ela com um corte daquele teria chorado horrores.

– Claro. – ela serviu uma xícara para ele e voltaram para a sala, a cozinha era perigosa. – Eu queria que você tomasse café comigo, precisamos conversar.

– Sobre o que? Se veio tentar me fazer desistir de comprar a...

– Ainda está com essa ideia maluca?

– Não é uma ideia maluca, Joseph! Sabe muito bem que eu amo a revista e eu não vou deixá-la para você.

– Não é deixá-la para mim, Demetria. É para o bem de sua mãe, ela está doente.

– Eu estive pesquisando sobre a doença e conversei com muitos médicos, inclusive o médico de minha mãe. As chances de ela se recuperar são mínimas, Joe. Talvez meu pai esteja abrindo mão da revista por nada, essa cirurgia não tem garantia nenhuma. Depende do estagio da doença, da pessoa... Minha mãe ainda está bem e ela pode retardar a doença por mais dez anos, mas meu pai não quer perdê-la, Joe.

– Você é tão egoísta que prefere a revista do que a recuperação do sua mãe.

– Não há chances! – Demi disse brava.

– E se houver? E se ela se recuperar depois da cirurgia.

– Eu vou comprar, Joe. Desista!

– NÃO VAI. – Joe gritou.

– Foi realmente para isso que você quis tomar café da manhã comigo?

– Não achou que eu ia ficar de beijinhos com você no café depois de ontem, achou? – ele perguntou debochado. – Na verdade eu ia...

– Não quero saber! – gritou tirando a xícara da mão do homem. – Vá embora daqui. – ela riu de tanto ódio que sentiu naquele momento – Você é um ridículo e se eu fosse você saia da minha casa ou eu sou capaz de fazer outro corte neste seu rostinho lindo. – debochou voltando para a cozinha.

– Não, Demi! Precisamos conversar. Agora! – Joe foi atrás dela.

– Eu não vou e não quero conversar com você.

– Então transar pode, mas conversar não? Larga de ser ridícula, Demetria.

Demi só percebeu que estava agredindo Joe quando a sua mão já estava sendo esfregada no rosto de Joe com um pedaço de bolo. Joe não pensou duas vezes segurou a mão da mulher tirando-a de seu rosto e a beijou-a em seguida segurando-a firmemente pela cintura. Demi lutou contra, e de toda maneira tentou se afastar, mas já estava comprovado de que ela amava os beijos dele e não resistiria.

O beijo dele não era doce, era agressivo, era uma lição que Joe estava dando em Demi.

Entretanto a mulher sentia o gosto adocicado do bolo que esfregou na cara do homem.

– Seu ESTUPIDO! – ela exclamou quando o beijo foi parado por Joe. – Cretino.

– Quer mais?

– Não, eu quero que você me largue. Eu preciso trabalhar.

Joe largou Demi quase derrubando-a no chão, mas ela fingiu não se abalar e saiu dali antes dele entrando em seu quarto como se nada tivesse acontecido. O carro de Joseph não estava mais no estacionamento. A mulher estranhou e soube no mesmo momento de que ele estava aprontando alguma coisa. Joe nunca saia mais cedo, a menos que houvesse acontecido algo de que ela não sabia.

Demi entrou no carro e tentou sair o mais rápido que pode.

Quando chegou na revista, parecia que estava tudo em ordem, faltavam três dias para a revista ser publicada e Demi ainda precisava revisar alguns textos antes de serem impressos. Ela pode ver toda sua equipe concentrada, tanto que estava tudo silencioso.

O celular de Demi tocou quando ela saiu do elevador , chamando toda atenção do local para si, era uma chamada de Joe.

– Bom dia! – cumprimentou como sempre faz.

Miley fez sinal com as mãos indicando algo para Demi, que a mesma não entendeu. Os gestos eram confusos, algo como alguém morto enforcado e andando. Demi fez careta e andou para sua sala, resolvendo então ignorar a chamado de Joseph. Miley entendeu que Demi não percebeu os sinais e escreveu em uma folha branca.

“ESTÁ NAMORANDO O JONAS?”

A careta dessa vez foi pior, e Demi deixou escapar um ruído ainda estranhando o silencio. Fez sinal negativo para Miley, ela escreveu no verso da mesma folha.

“ELE ESPALHOU PARA TODA A REVISTA QUE ESTÃO!”

– CRETINO! – Demi exclamou alto, já estava na porta da sua sala, deixou sua bolsa na sua sala e saiu indo tirar perguntas com Joe, mas antes que ela chegasse na metade do caminho o elevador abriu exibindo um Joseph todo social conversando com três dos patrocinadores da revista.

Parece que o confronto ficaria para outra hora.

O desespero de Miley era visível, Selly estava branca como papel, Nick conhecia tão bem Demi que sabia que ela estava pronta para atacar. Ainda bem que ela pode se recompor à tempo, e Joe querendo provocar ou talvez alertar Demi, sorriu docemente.

– Querida, ainda bem que está aqui! Os Srs. Mendes, Dench e Harris vieram fazer uma visita à nossa revista e também nos fazer uma proposta. – logo virando para os patrocinadores – Senhores, vocês se lembram de Demetria Lovato?

– Como poderia esquecer moça tão linda. – disse Sr. Mendes. – Com todo o respeito, Sr. Jonas.

“Quer merda é essa?”

Demi se questionou enrugando a testa para Joe. Nick que estava atrás dos patrocinadores, sussurrou  para ela, e felizmente ela pode entender.

“Não desmente, vamos lucrar”

Jogada de marketing? Joe não poderia pensar tão longe e tão rápido assim.

Demi pensou.

Joe abraçava Demi de lado e a mesma sorria, imaginando que estava agindo naturalmente, mas seu sorriso era falso. Ela queria matar Joe, até tremia de raiva naquele momento.

– Preciso voltar para a minha sala. – disse Demi saindo do aperto de Joe.

– Meu amor, teremos uma reunião em quinze minutos.

– Por isso, preciso ir a minha sala e preciso que conversar com você agora.

– Bom, eu vou levar os senhores para tomar um café enquanto isso. – Nick saiu com os patrocinadores e Joe segurou a mão de Demi acompanhando-a para ir a sua sala.

– Antes que diga qualquer coisa, em minha defesa era só uma brincadeira, mas eu não sei como chegou ao ouvido deles.

– Você comeu merda? Você tem ideia do que fez? Uma mentira sem pé nem cabeça, todo mundo sabe que eu odeio você. – Ela queria gritar, mas tinha medo que os patrocinadores ouvissem por isso sussurrou histérica.

– Eu estava só brincando. – Joe se defendeu.

– Está vendo onde essas suas brincadeiras nos levaram? Você é um idiota. Você é mais que um idiota, é um imbecil, burro, estúpido, energúmeno, cretino...

– Já acabou?

– Não. Seu... CORNO.

– Demetria, agora você foi longe demais! – Joe disse apontando um dedo para a mulher que estava vermelha de tanta raiva. – Para todos os efeitos, nós estamos namorando e você me chama de corno, o que vão pensar de mim? Aliás, o que vão pensar de você, não é?

– Joseph, eu estou com tanta raiva de você que eu sou capaz de te machucar nesse instante.

– Ainda mais? – perguntou ele apontando para o corte na testa, agora tampado com um band-aid – Eu mandei uma mensagem para uma pessoa aqui da revista e disse que tínhamos nos acertado e estávamos namorando, eu sabia que essa mensagem ia vazar, ainda mais depois do seu showzinho de ontem de me atirar coisas. Depois recebi o e-mail do meu pai me avisando da visita dos patrocinadores não dava mais tempo de voltar. Não te avisei, porque eu não imaginei que alguém contaria, mas eles descobriram.

– E porque temos que fingir? É só dizer que foi engano, foi uma fofoca, uma brincadeira.

– Não deu tempo, eu estava pronto para desmentir, mas eles vieram com uma história de que isso vai estourar a venda das revistas.

– Eu não gosto de mentir.

O fato na verdade, não era Demi gostar ou não de mentir. Mas não deu tempo de desfazer o mal entendido, em uma todos ainda comentavam sobre isso, até os seus pais, e isso estava estressando Demi. Por isso, ela resolveu que não deixaria essa mentira ir tão longe, seus pais já estava fantasiando muitas historias para deixar essa farsa continuar.

***

Demi entrou na sala de Joseph.

– Querida, eu sei que não temos segredos um com outro, mas não gosto que entre assim na minha sala.

– Desculpe, eu não sabia que estava ocupado.

– Não, nós já terminamos. – disse Robert. – Fica combinado assim, Joe?

– Claro. – Joe disse apertando a mão do homem, assim que ele saiu Demi fechou a porta.

Joe percebeu o quanto Demi estava apavorada. Ela demonstrava está apavorada, era isso ou Joe estava claramente vendo coisas.

– Joe, eu vou contar toda a verdade aos meus pais. Eu não aguento esconder deles, eu não posso com isso... Eu não consigo. – Demi disse com lágrimas nos olhos.

– Demi, fique calma! – Joe disse em um tom baixo, ele não estava entendendo muito bem do porque ela está assim.

– Não posso! – exclamou. – Minha mãe me mandou um e-mail com links para noivas. Ela está achando que eu vou me casar! E com a doença dela isso tudo fica mais complicado.

– Eu sei, eu entendo. – Joe disse entendendo o por que de  Demi está com tanto medo. – Eu acho que seu pai vai entender, agora sua mãe...

– Eu sei... Está difícil conversar com ela... e... – Demi percebeu que eles não eram namorados, colegas e muito menos amigos. Joe não estaria interessando na sua história com a mãe doente. – Você não quer saber disso. – ela disse por fim.

– Não, eu quero. Seu pai teve que ir mais cedo, parece que sua mãe não está se sentindo bem. Eu acho que você deve ir também, talvez consiga conversar com seu pai.

– Acha mesmo? Eu não gosto de sair antes da hora, às vezes eles precisam de mim e...

– Eu estarei aqui para o necessário.

– Vou pedir um táxi, Joe.  – disse Demi. – Viemos juntos para não dar muito na cara, lembra? – explicou quando Joe fez careta.

– É mais fácil eu te levar do que ficar aqui se remoendo esperando um taxi. – ele disse.

– Não precisa, eu tomo um taxi.

– Eu te levo. – Joe falou autoritário e ao mesmo tempo calmo.

****

Joe estacionou o carro em frente à casa dos pais de Demi, a casa que foi dela há anos.

Estava tudo do mesmo jeito, o jardim continuava impecável. Isso significava que sua mãe ainda estava cuidando daquele jardim maravilhoso.

– Quer que eu entre com você? – Joe perguntou desligando o carro.

– Não, obrigada. Acho que posso sozinha. – ela disse tirando o cinto.

– Sabe que pode contar comigo sempre que quiser. – Joe disse segurando a mão de Demi.

– Não, eu não sei. – Demi soltou sua mão de Joe. – Nós não nos damos bem Joe, e você me assusta quando me diz essas coisas.

– Eu só estou querendo deixar tudo em paz com a gente

– Em paz? Já tentamos tantas vezes ficar em paz e nunca deu certo. Não vai ser agora, por causa de uma mentira ridícula que você inventou que tudo vai dar certo.

– Conversamos sobre isso mais tarde. – disse querendo encerrar a discussão.

– Eu não quero conversar sobre isso, eu quero acabar com isso. – ela disse abrindo a porta do carro. – Obrigada pela carona.

Demi saiu e logo entrou na casa do pais.

– Oi, querida! Saiu cedo hoje? – seu pai veio recebê-la quando viu o carro de Joe na entrada da casa. – Por que não chamou seu noivo para entrar.

– Ele precisa voltar para a revista.  Joe me disse que mamãe não estava bem, e decidi vir vê-la.

– Claro, Joe tem feito muito bem para você, não é mesmo? Percebi o quanto tudo mudou depois que vocês se acertaram. Eu sempre soube que iam se dar bem um dia. Não tão bem assim, confesso, mas imaginava vocês em paz.

– Papai, precisamos conversar sobre isso mais tarde.

– Claro, suba, sua mãe está no quarto.

XXX

Olá meninas! Esperamos que esteja gostando.

Como sempre vocês arrasaram nos comentários.