sexta-feira, 19 de julho de 2013

Capítulo 28:



Em casa Demi e Caroline se jogaram no sofá.
- Eu estou muito feliz não de não ser tia. – Carol disse.
- Eu também estou feliz por isso. Esses últimos dias foram os mais tensos de toda a minha vida e eu achando que iria descansar.
- Quem mandou ser boazinha e ajudar a todos. – elas riram. – Por que meu pai não veio para cá com Lucas?
- Ah, pelo que eu conheço dele, deve estar dando uma bronca no seu irmão, Carol. E eu espero que isso sirva de lição para você também, florzinha. Sexo não é brincadeira, viu?
- Eu ainda sou virgem. – a menina disse corando.
- E eu fico muito feliz de ouvir isso. Continue assim até o seu casamento, não queremos passar outro susto desses. – elas riram de novo.- Não estou dizendo que é proibido, só estou tentando dizer que podemos aproveitar os namoros de outras maneiras. Minha mãe diz sempre que nessa idade é bom ficar só nos amasso, que quando casássemos iriamos descobrir outra maneira de aproveitar os tais amasso.
- Nunca se casou, não é Demi?
- Não. Eu quase me casei uma vez, mas... aconteceu uma coisa e eu não pude me casar.
- O que aconteceu?
- Eu tinha dezenove anos, admito que era muito nova para casar e também muito bobinha, sabe? Mas eu o amava, não mais do que se... Digo, eu o amava e estava disposta a casar. Eu acreditava que ele era meu príncipe encantado. – Demi riu debochando de si mesmo. - Três dias antes do casamento, o meu noivo me levou ao motel. Ele disse que devíamos... “ensaiar” para a lua-de-mel. Como eu disse: era muito boba e fazia sempre tudo que ele queria. Seu pai odiava esse meu noivo, por isso. Eu acabei dormindo com ele naquela noite, foi quando perdi a minha virgindade. No dia seguinte, ele cancelou o casamento. – Demi respirou fundo para continuar a história. - Mentimos para os convidados falando que descobrimos que não nos amávamos e ia ser um castigo nos casarmos, mas ELE havia cancelado porque já havia dormido comigo e disse que eu não era boa naquilo.
- Eu sinto muito, tia Demi.
- Oh, querida! Eu já superei... Faz muito tempo!
- Por isso, não quis se casar até hoje?
- Não, desde aquela época... eu não tive nenhum noivo. Eu comecei a selecionar os caras com quem eu ficava. Eu tinha um sonho e faria de tudo para consegui-lo alcançar com proeza, mas os homens só queriam o sexo e depois de tê-los, eles iam embora, ou eu não os queria porque não gostava de nenhum deles.
- Que sonho era esse?
- Eu, como toda garota, sonhava em me casar com o homem perfeito e ter filhos. Na verdade eu queria mesmo era só ter filhos, mas eu precisava me casar para isso.
- Hoje em dia é só ter dinheiro. – Carol comentou. – Existem clinicas especialistas em inseminação artificial.
- É verdade, mas antes não tinha isso. Sem contar que o preço é altíssimo!
- Talvez seja.
- Eu sei que é difícil para você falar sobre isso. Papai também não gosta de falar sobre a vida amorosa que ele teve, principalmente, pela minha mãe.
- Gostaria de conhecê-la?
- Às vezes gostaria de ter uma mãe de verdade, mas quando penso no que meu pai nos contou essa vontade passa e penso que eu tenho você, que nem é minha tia de verdade, mas é como uma mãe para mim. – Demi abraçou a menina.
- Eu fico feliz por isso, meu amor.- Na verdade Demi queria chorar horrores, mas se conteve.
Joseph sempre dizia “eles têm você como uma mãe”, mas ouvir diretamente de Caroline era mais verdadeiro e emocionante.
Os olhos de Demi chegaram a ficar vermelhos.
- Não precisa chorar. – dito isso, Demi não conseguiu mais segurar.
- Por que está chorando, Demi? – Joe entrou na casa de Demi como se fosse sua. Como era Joe e Lucas Demi nem ligava, mas sempre lembrava-se mentalmente de fechar a porta quando estivesse sozinha.
- Nada. Eu vou lá em cima e já volto. – Demi subiu e as lágrimas ainda desciam.

Alguém bateu na porta, Demi estava lavando o rosto no banheiro de seu quarto.
- O que foi? Por que está chorando?
- Oh, Joe! Caroline me disse umas coisas tão lindas que eu não resisti. – Joe a abraçou.
- O que ela disse?
- Que mesmo eu não sendo a tia de verdade, eu sou como uma mãe para ela. – Joe abraçou mais a amiga, lembrando-se do desejo que ela tinha de querer ser mãe.

Dias se passaram depois daquele susto que levaram. Wilmer nunca mais procurou Demi e ela deu graças a Deus por isso. Caroline e Lucas ficaram mais próximos ainda com Demi, pois ela sempre ficava na casa deles e eles sempre na casa dela. Esse “eles”, inclui Joe também. Eles não estavam namorando, mas passavam algumas noites juntos como amantes.
Demi já não se arrependia tanto como antes, mas gostaria que a situação fosse diferente. Só que agora, ela já estava acostumando a viver daquela maneira. Não procuraria mais um marido, nem namorado, mas também não ficaria sozinha. Sempre tinha Joe ou os filhos dele para lhe dar alegria. O desejo de querer ter um filho ainda não tinha passado, mas os dias continuavam passando. A cada dia Demi se sentia mais velha e para enfatizar esse pequeno problema, estava chegando seu aniversário.
- O que carinha triste é essa? – Joe perguntou quando Demi acordou e não disse uma só palavra a não se um “bom dia”.
- Na semana que vem... É... Não, Joe! Esquece!
Os dois ainda estavam deitados, Demi no ombro de Joe.
- Só porque semana é seu aniversário você ficou triste desse jeito? – Joe perguntou com naturalidade e Demi sorriu por ele ter lembrado.
- É... Você lembrou!
- Jamais esqueceria um dia tão maravilhoso. Já pensou no que vai fazer?
- Não, eu não vou fazer nada. Gente velha não comemora o aniversário. – Joe riu.
- Você não está velha, está linda. Só tem mais experiência!
- Ah, que maravilha! – disse irônica. – Eu preferiria não ter vivido tanto tempo. É frustrante! Eu só queria uma coisa em toda a minha vida e eu não consegui.
- Eu já disse que sua hora vai chegar.
- Vai chegar! – disse convicta.
- Não vai me desmentir como sempre?
- Não.
- Hum... O que está tramando ou escondendo?
- Nada. – Demi disse. – Quer dizer, eu estou tramando algo sim, mas... eu não vou contar ainda. Preciso ter certeza.
- E quando essa certeza chega?
- Talvez hoje à noite. – ela disse.
- Demi, você está grávida?
- Oh, quem dera! Ainda não...
- Você está me assustando! – ele disse. – Me conta o que é?
- Não. Eu juro que vai ser o primeiro a saber. Hoje a noite eu conto.
- Está bem... Eu gostaria de te levar para jantar no dia do seu aniversário, pode ser?
- Por que justo nesse dia? Para esse dia eu quero ficar o dia inteiro em casa sem fazer nada.
- Pode ficar, mas...no jantar eu vou te levar para comer.
- O que pode te fazer mudar de ideia?
- Nada.

- Então, iremos jantar! Agora, levanta daí que temos que trabalhar, meu querido!

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Oie, amores!
Espero que tenham gostado de " Amor Autêntico ". Escrevi com muito carinho e gostaria que registrassem o que acharam.
Posso contar com isso?
Amos vocês <3