Em
casa Demi e Caroline se jogaram no sofá.
-
Eu estou muito feliz não de não ser tia. – Carol disse.
-
Eu também estou feliz por isso. Esses últimos dias foram os mais tensos de toda
a minha vida e eu achando que iria descansar.
-
Quem mandou ser boazinha e ajudar a todos. – elas riram. – Por que meu pai não
veio para cá com Lucas?
-
Ah, pelo que eu conheço dele, deve estar dando uma bronca no seu irmão, Carol.
E eu espero que isso sirva de lição para você também, florzinha. Sexo não é brincadeira,
viu?
-
Eu ainda sou virgem. – a menina disse corando.
-
E eu fico muito feliz de ouvir isso. Continue assim até o seu casamento, não
queremos passar outro susto desses. – elas riram de novo.- Não estou dizendo
que é proibido, só estou tentando dizer que podemos aproveitar os namoros de
outras maneiras. Minha mãe diz sempre que nessa idade é bom ficar só nos
amasso, que quando casássemos iriamos descobrir outra maneira de aproveitar os
tais amasso.
-
Nunca se casou, não é Demi?
-
Não. Eu quase me casei uma vez, mas... aconteceu uma coisa e eu não pude me
casar.
-
O que aconteceu?
-
Eu tinha dezenove anos, admito que era muito nova para casar e também muito
bobinha, sabe? Mas eu o amava, não mais do que se... Digo, eu o amava e estava
disposta a casar. Eu acreditava que ele era meu príncipe encantado. – Demi riu
debochando de si mesmo. - Três dias antes do casamento, o meu noivo me levou ao
motel. Ele disse que devíamos... “ensaiar” para a lua-de-mel. Como eu disse:
era muito boba e fazia sempre tudo que ele queria. Seu pai odiava esse meu
noivo, por isso. Eu acabei dormindo com ele naquela noite, foi quando perdi a
minha virgindade. No dia seguinte, ele cancelou o casamento. – Demi respirou
fundo para continuar a história. - Mentimos para os convidados falando que
descobrimos que não nos amávamos e ia ser um castigo nos casarmos, mas ELE
havia cancelado porque já havia dormido comigo e disse que eu não era boa
naquilo.
-
Eu sinto muito, tia Demi.
-
Oh, querida! Eu já superei... Faz muito tempo!
-
Por isso, não quis se casar até hoje?
-
Não, desde aquela época... eu não tive nenhum noivo. Eu comecei a selecionar os
caras com quem eu ficava. Eu tinha um sonho e faria de tudo para consegui-lo
alcançar com proeza, mas os homens só queriam o sexo e depois de tê-los, eles
iam embora, ou eu não os queria porque não gostava de nenhum deles.
-
Que sonho era esse?
-
Eu, como toda garota, sonhava em me casar com o homem perfeito e ter filhos. Na
verdade eu queria mesmo era só ter filhos, mas eu precisava me casar para isso.
-
Hoje em dia é só ter dinheiro. – Carol comentou. – Existem clinicas
especialistas em inseminação artificial.
-
É verdade, mas antes não tinha isso. Sem contar que o preço é altíssimo!
-
Talvez seja.
-
Eu sei que é difícil para você falar sobre isso. Papai também não gosta de
falar sobre a vida amorosa que ele teve, principalmente, pela minha mãe.
-
Gostaria de conhecê-la?
-
Às vezes gostaria de ter uma mãe de verdade, mas quando penso no que meu pai
nos contou essa vontade passa e penso que eu tenho você, que nem é minha tia de
verdade, mas é como uma mãe para mim. – Demi abraçou a menina.
-
Eu fico feliz por isso, meu amor.- Na verdade Demi queria chorar horrores, mas
se conteve.
Joseph
sempre dizia “eles têm você como uma mãe”, mas ouvir diretamente de Caroline
era mais verdadeiro e emocionante.
Os
olhos de Demi chegaram a ficar vermelhos.
-
Não precisa chorar. – dito isso, Demi não conseguiu mais segurar.
-
Por que está chorando, Demi? – Joe entrou na casa de Demi como se fosse sua.
Como era Joe e Lucas Demi nem ligava, mas sempre lembrava-se mentalmente de
fechar a porta quando estivesse sozinha.
-
Nada. Eu vou lá em cima e já volto. – Demi subiu e as lágrimas ainda desciam.
Alguém
bateu na porta, Demi estava lavando o rosto no banheiro de seu quarto.
-
O que foi? Por que está chorando?
-
Oh, Joe! Caroline me disse umas coisas tão lindas que eu não resisti. – Joe a
abraçou.
-
O que ela disse?
-
Que mesmo eu não sendo a tia de verdade, eu sou como uma mãe para ela. – Joe
abraçou mais a amiga, lembrando-se do desejo que ela tinha de querer ser mãe.
Dias
se passaram depois daquele susto que levaram. Wilmer nunca mais procurou Demi e
ela deu graças a Deus por isso. Caroline e Lucas ficaram mais próximos ainda
com Demi, pois ela sempre ficava na casa deles e eles sempre na casa dela. Esse
“eles”, inclui Joe também. Eles não estavam namorando, mas passavam algumas
noites juntos como amantes.
Demi
já não se arrependia tanto como antes, mas gostaria que a situação fosse
diferente. Só que agora, ela já estava acostumando a viver daquela maneira. Não
procuraria mais um marido, nem namorado, mas também não ficaria sozinha. Sempre
tinha Joe ou os filhos dele para lhe dar alegria. O desejo de querer ter um
filho ainda não tinha passado, mas os dias continuavam passando. A cada dia
Demi se sentia mais velha e para enfatizar esse pequeno problema, estava
chegando seu aniversário.
-
O que carinha triste é essa? – Joe perguntou quando Demi acordou e não disse
uma só palavra a não se um “bom dia”.
-
Na semana que vem... É... Não, Joe! Esquece!
Os
dois ainda estavam deitados, Demi no ombro de Joe.
-
Só porque semana é seu aniversário você ficou triste desse jeito? – Joe
perguntou com naturalidade e Demi sorriu por ele ter lembrado.
-
É... Você lembrou!
-
Jamais esqueceria um dia tão maravilhoso. Já pensou no que vai fazer?
-
Não, eu não vou fazer nada. Gente velha não comemora o aniversário. – Joe riu.
-
Você não está velha, está linda. Só tem mais experiência!
-
Ah, que maravilha! – disse irônica. – Eu preferiria não ter vivido tanto tempo.
É frustrante! Eu só queria uma coisa em toda a minha vida e eu não consegui.
-
Eu já disse que sua hora vai chegar.
-
Vai chegar! – disse convicta.
-
Não vai me desmentir como sempre?
-
Não.
-
Hum... O que está tramando ou escondendo?
-
Nada. – Demi disse. – Quer dizer, eu estou tramando algo sim, mas... eu não vou
contar ainda. Preciso ter certeza.
-
E quando essa certeza chega?
-
Talvez hoje à noite. – ela disse.
-
Demi, você está grávida?
-
Oh, quem dera! Ainda não...
-
Você está me assustando! – ele disse. – Me conta o que é?
-
Não. Eu juro que vai ser o primeiro a saber. Hoje a noite eu conto.
-
Está bem... Eu gostaria de te levar para jantar no dia do seu aniversário, pode
ser?
-
Por que justo nesse dia? Para esse dia eu quero ficar o dia inteiro em casa sem
fazer nada.
-
Pode ficar, mas...no jantar eu vou te levar para comer.
-
O que pode te fazer mudar de ideia?
-
Nada.
-
Então, iremos jantar! Agora, levanta daí que temos que trabalhar, meu querido!
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Oie, amores!
Espero que tenham gostado de " Amor Autêntico ". Escrevi com muito carinho e gostaria que registrassem o que acharam.
Posso contar com isso?
Amos vocês <3