Querida Demi,
Não sei como
começar a escrever essa carta. Ela tem um objetivo.
Eu queria poder
ter coragem suficiente para sair da minha casa, bater na sua porta e dizer que
te amo, mas eu sou tão covarde que decidi escrever uma carta – mesmo que eu não
saiba se vou enviá-la a você.
É tão difícil
falar dos nossos sentimentos, muito mais escrever.
Peço desculpa se
te fiz de “passatempo” esses anos todos, eu juro que o que eu queria era ter um
momento com você. Só acho que não fiz isso da forma mais correta. Foi a única
maneira que encontrei para te beijar sem ter que falar dos meus sentimentos,
que é muito difícil para mim.
Eu te amo e não
sei ficar muito tempo longe de você. Aliás, nem eu, nem meus filhos. Caroline e
Lucas gostam tanto de você, e sei que gosta deles também. Isso me deixa feliz,
e é outro motivo para dizer o que sinto, mas eu não consigo. Eu tenho medo.
Sabe que eu tenho
evitado casamento desde o dia que Chelsea me deixou, mas se eu soubesse,
realmente, que me ama, eu me casaria com você. Juro. Só que você nunca disse
nada a respeito. Nem nos nossos momentos de intenso amor. O que me faz ser
covarde e não dizer o quanto te amo.
O modo como você
fala, seu sorriso, seu modo olhar, até a sua maneira de respirar me faz
suspirar por você. Eu poderia ficar horas te olhando sem sentir tédio.
Você é a mulher
que eu quero ao meu lado quando dormir e quando acordar, mesmo com a cara
amassada e mau hálito, e dizer que amo. É a mulher com quem eu quero ter
filhos. Bom, mais filhos. É a mulher que eu quero encontrar sentada na sala com
os nossos filhos me esperando quando chegar do trabalho. Bom, no nosso caso,
quando chegarmos juntos de um dia com excesso de trabalho, de mãos dadas e
sorrindo, porque temos a nossa família. E depois, buscar nossos filhos no
colégio.
Demi, esse lugar
será seu para sempre. Nenhuma outra mulher no nosso sistema solar merece esse
lugar além de você.
Beijos de um
completo idiota que te ama e não tem coragem de dizer isso porque é covarde.
Joe Jonas
2002
Demi
terminou de ler a carta e chorava, como uma criança. Como pode ter deixado Joe
escapar dessa forma? Por que nunca prestou atenção nisso?
-
Carol, essa carta tem mais de dez anos, meu bem. As coisas mudam em dez anos.
-
Mas o amor que você sente por meu pai, já é mais antigo do que isso. Por que o
dele tem que ser descartável?
-
Por que... Se ele me amasse teria me impedido de ir embora. Se já me amou uma
vez, não corresponde no agora. – Demi disse.
-
Não, eu não acredito que não vai tentar. SE meu pai é um idiota em nunca ter
falado, por que você tem que ser, tia Demi. – Carol levantou entregou a Demi a
chaves do carro. – Vá atrás do meu pai e não volte antes de ter resolvido tudo
com ele. – disse colocando Demi para fora de casa.
Demi
fez o que Carol disse, não tinha nada a perder. A amizade já tinha ido faz
tempo.
Ela
tocou a campainha da casa e Lucas atendeu a porta.
-
Meu pai foi na casa da tia Miley e do tio Liam – disse o menino sonolento. Demi
correu para lá.
Tocou
a campainha freneticamente.
-
O que foi, Demi? – perguntou Mi.
-
Cadê Joe?
-
Ele saiu daqui tem dez minutos disse que ia buscar Carol na sua casa. Aconteceu
alguma coisa?
-
Não. Está tudo bem! – disse correndo para o carro.
Ao
passar um uma rua paralela, viu o carro do Joe. Ela entrou nessa rua nem
ligando que era contramão e o carro do Joe vinha em sua direção.
-
Quem é o doido? Demi. – ele freou quando viu a mulher frear também. Saíram do
carro quase ao mesmo tempo. Joe saiu furioso e Demi aliviada. – Demi, sua
maluca!
-
Joe, por favor, me escuta! – ela tinha a carta nas mãos e ainda chorava.
Entregou a ele. – Me diz se o que está escrito nessa carta é verdade na
realidade de hoje. Se não for, eu prometo que eu nunca vou comentar sobre isso,
mas se for...
-
É verdade! – disse ele também chorando. – É verdade, eu te amo e sempre te
amei! – Demi sem conseguir dizer mais alguma coisa a agarrou pelo pescoço
beijando-o.
-Eu
também te amo, Joe... Eu te amo! – ela dizia o beijando!
E
assim termina a descoberta de um amor que daria tudo para dar certo desde o
inicio, mas que por medo de perder uma amizade, eles nunca conseguiram contar
ou compartilhar o que sentiram.
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